Tristeza

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No momento em que reencontrei minha família, senti todo o peso do medo que eu estava sentindo ir embora! Não percebi que foi o meu medo que selou o poço e me afastou para sempre de InuYasha, como fui uma garota Baka.

​Como eu queria poder voltar no tempo e consertar meu erro, minha fraqueza. ​

​Os primeiros dias foram uma tortura, vê o InuYasha sendo levado de volta e eu não pude nem me despedir dele. Como eu chorava, não conseguia comer, não tinha ânimo para fazer nada. Parecia que meu coração tinha sido arrancado junto com a volta dele para era Feudal, no primeiro momento pulei logo atrás, mas dei de cara com o fundo do poço.

Literalmente o fundo do poço, este estava fechado e lacrado eu jamais poderia voltar para ele! Minhas férias foram horríveis, eu realmente dessa vez havia ficado doente, e nem minha mamãe ou o vovô precisaram inventar nada. A minha solidão estava me matando aos poucos, cada dia um pouco mais....

Já era abril e eu deveria começar no secundário, afinal havia me esforçado tanto para entrar e alegrar minha família. O máximo que eu poderia fazer era me esforçar para agradar eles, que me ajudaram e me cobriam nas minhas faltas e idas para a era Feudal.

Ninguém tinha culpa que estava infeliz, mesmo estando cercada por pessoas que me amavam....

O começo foi bem complicado Eri, Ayumi e Yuka me perguntaram sobre meu namorado ciumento e violento e como responder que ele estava lacrado à 500 anos atrás. Então só pude mentir, dizer que havíamos terminado e que ele fora embora de Tokyo. Claro elas não aceitaram, muito isso pois elas viam o quanto eu estava sofrendo sem ele por perto. Eu já não era mais a mesma pessoa, não sentia ânimo para nada, não conseguia sorrir facilmente e qualquer coisa me fazia chorar. E todos os dias em que eu chegava da escola corria para o poço come ossos na esperança de ele abrir novamente. Esperanças vãs as minhas, pois ele sempre se encontrava do mesmo jeito, um fundo cheio de terra. Então saía mais uma vez e voltava para casa com a mesma cara.


Foi assim por um ano inteiro, e realmente aceitei que jamais o veria novamente, que só me restaria as lembranças, lembrar dos toques de suas mãos que as vezes arranhava por causa das garras, do sabor dos seus beijos, enfim dele InuYasha o único homem a qual amei de verdade!

​No ano seguinte no começo das aulas me inscrevi em um máximo de projetos e cursos que conseguia. Se era para agradar, eu me esforçaria ao máximo também. Deixaria à todos felizes a minha volta. Passei mais tempo com as minhas amigas Eri, Ayumi e Yuka​, para compensar os dois anos praticamente de ausência a qual as deixei as cegas. Fazíamos vários trabalhos juntas, o único grupo a qual eu fazia sozinha era o de arco e flecha, pois eu sentia falta das aventuras e também para poder pensar em InuYasha.

Eu sabia que uma hora ou outra teria que seguir adiante, então optei por fazer uma formação de professora, gostaria de ensinar as crianças a escreverem no futuro. E era algo que deixaria minha família feliz. Acompanhava sempre os trabalhos de meu irmãozinho Souta, que por sinal já estava da minha altura. Nem havia percebido o quanto ele tinha crescido nesses últimos anos. Bom a minha vida era seguidas de rotinas, tudo era metricamente calculado, nunca deixava um tempo sobrando para não cair em agonia, pois eu sabia que se tivesse tempo gastaria chorando e não era justo com minha família.

Entretanto todos os dias eu ia ao poço olhar com uma pontada de esperança de ter pelo menos um vislumbre dele.

Gostaria de saber como ele está? 
Se ele pensa em mim, como eu penso nele?! 
A vida tem que seguir....

[...]

​Do outro lado do poço, InuYasha sofria com a perda de Kagome, mas compreendia que do outro lado haviam pessoas que precisavam tanto dela quanto ele. Porém como dizer ao coração que sua importância não é tão grande assim.

Como tentar seguir uma vida longa e duradoura se a única pessoa capaz de ensinar ele a Amar estava presa em seu próprio tempo longe dele. E agora sem mais batalhas! A vida teria que continuar quer queira ou não. Ela gostaria assim pensava InuYasha.

​A cada três dias InuYasha ia ao poço come ossos para vê se conseguia passar para a era de Kagome, e sempre dava de cara com o nada. Esse nada era muito tangível, sofrido demais. Até Sesshoumaru tinha tentado ajudar, mas este não era muito bom em demostrar seus próprios sentimentos.

Então sempre terminavam com uma briga. Sango e Miroku haviam se casado e logo tiveram gêmeas, duas lindas meninas parecidas com Sango. Sempre que podia InuYasha passava com eles, pois assim tentava substituir a falta que Kagome fazia em sua vida. Agora ele ajudava o monge a exterminar espíritos malignos e até mesmo Yõkais de algumas vilas para obter o próprio sustento. Pois claro o monge tarado havia aumentado muito bem sua família! rs.

InuYasha ficou na vila da velha Kaede, no fundo ele tinha medo de ir embora e Kagome aparecer e ele não está lar para vê-la. Então moraria lá para sempre ou até todos partirem. Com o tempo e os trabalhos junto ao monge Miroku, ele acabou por construir sua própria casa, perto da árvore sagrada e que também ficava mais próximo do poço aonde daria para sentir o cheiro de sua Kagome.

Era vans essas esperanças, mas ele precisava de algo para se apoiar, para poder seguir adiante. Ele sabia que depois de muitos anos todos ali iriam morrer, e seria nesse momento ao qual ele mais iria sofrer com a perda.

Sesshoumaru deixou a menina Rin aos cuidados da velha Kaede afirmando que esta precisava conviver com os humanos. Não foi o momento mais alegre de todos, entretanto ele sabia que seria melhor assim. Pois via o quanto seu meio irmão estava sofrendo e o quanto isso iria demorar a passar. Então ele tinha o mesmo medo, se apegar demais a garota!

Quase dois anos e meio haviam se passado, InuYasha já tinha terminado de construir sua casa, bem na verdade a casa ele fez pensando em Kagome, era mais ou menos parecida com a dela. Era um jeito de agradecer por tudo que ela lhe ensinou, mesmo não estando lá para ver. As vezes ele ajudava a velha Kaede e a menina Rin a colher ervas e outras coisas que a velha sacerdotisa precisasse. E sempre ia com o monge em seus trabalhos, sempre ocupando a mente.

Sempre na lua nova de cada mês Sesshoumaru ficava por lá com as desculpas de trazer presentes para Rin. E o mesmo acabava cobrindo a falta de InuYasha quando este estava em sua condição de humano. E geralmente ocorria muitos ataques de Yõkais, e Sesshoumaru tinha medo de a menina Rin que já não era tão menina assim agora pois estava a se aproximar de seu aniversário de 18 anos. A vida seguia o seu fluxo. InuYasha jamais esquecia Kagome

[...]

A vida seguia de ambos os lados, sem que jamais um esquecesse o outro. 
Como um amor tão grande como esse iria perder para o tempo? 
Amor, amor e amor
Não vivemos sem, quando estamos com ele não lhe damos o devido valor e sofremos.


Redescobrindo O Amor - Vol 1Where stories live. Discover now