refratário

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— Vou levá-lo para a minha casa — avisou.

Viu então a rainha das bruxas se assustar, virando-se em direção à porta do quarto de hóspedes com uma mão no peito. Símbolos de proteção e constelações tatuados em suas falanges e antebraços, além do dragão lhe colorindo as costas que só podia ser visto porque a fenda do vestido era exagerada.

— Eu fiz tudo o que podia pela criança — Lilith se desculpou —, mas as feridas eram muito profundas, receio que a febre possa piorar.

Cera colorida de velas queimadas pela metade derramavam poças pelo chão de mármore negro em um imensurável número de feitiços de cura diferentes.

Aquelas cores também manchavam o corpo antes em carne viva do anjo caído e Jungkook se perguntou quanta dor ele não sofrera por ter sido queimado ainda mais.

— Prometo pedir sua ajuda se ele apresentar qualquer sinal grave — cedeu ao se aproximar para pegar o menino no colo. — Mas entende o quanto ele é importante pra mim, não é? Em todos esse anos, é a primeira criatura que eu toco e não congela.

A viu morder o lábio para conter o choro enquanto amarrava seus cabelos de um tom perturbador de vermelho.

Todos ali eram capazes de compreender o que era lamentar por uma punição e a de Jungkook fora particularmente cruel.

— Eu tinha me esquecido de como é abraçar alguém — confessou em toda a sua autopiedade, beijando a criança na têmpora e arrastando os lábios até seu narizinho de botão.

érebo ❄ jjk + pjmWhere stories live. Discover now