TEXTO 35

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19 de Maio de 2019

Chega uma altura da vida, em que nos entregamos profundamente nas preocupações de outras pessoas, nos esquecemos dos nossos próprios problemas, nossas tristezas e nossos medos. Lutamos contra o tempo para melhorar a situação de outrem, e nós?

Acumulamos tudo aquilo que nos fere, dando prioridade ao próximo na esperança de vê-lo com um sorriso no rosto, e livre de todas suas turbulências. Vivemos a dor alheia, perdemos noites pensando nas palavras ou nas atitudes certas para cuidar dessa pessoa.

Atingimos todos os limites, lutando contra tudo e todos. Em muitos casos, nos esgotamos emocionalmente. Infelizmente, quando somos nós a necessitar de tal atenção, a reciprocidade não acontece, a pessoa outrora ajudada nem faz o mínimo para nos ver melhor.

Nos empurrando em arrependimentos amargos, em tantos "se eu soubesse", " na minha vez, ninguém se importa porquê?". É muito estranho, ver pessoas que um dia se refugiaram em nossos braços procurando conforto, nos abandonarem num piscar de olhos, sem uma explicação plausível.

Encontra outro ciclo de amigos, vive no maior sorriso, adquire novas conquistas, e no final das contas nem se lembra do quão somos importantes para essa reviravolta. A maior dor, é aquela que é causada por quem a gente confiou cegamente, abraçou e cuidou com todo amor e carinho.

PAREI DE PEDIR DESCULPAS AO MUNDO, E PEDI PARA MIM MESMO, PELO TEMPO QUE NÃO CUIDEI DA MINHA PESSOA.

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Textos Soltos Da MadrugadaWhere stories live. Discover now