a stranger in your house

5.3K 262 309
                                    


Camila Cabello point of view

O tempo já não estava bom há uns dias. A cidade estava um caos ultimamente. O frio inundava cada canto, trazendo junto com a chuva, trovões e relâmpagos para essa noite.

Eu estava aconchegada em minha cama. Havia acabado de sair de um banho quente e estava pronta para dormir quando...

Algumas horas atrás

— E como estão as coisas por aí, minha filha? - Mama pergunta, atenciosa. Suspiro apoiando o telefone entre o ombro e o ouvindo, para passar minha loção, nas pernas.

— Está tudo indo bem mamãe. Ontem fui ao mercado fazer compras. Minha rotina está tranquila até. - Respondo distraída.

Mama achava que eu deveria voltar para Filadélfia. Como eu me aposentei, e não há nada que me prenda na cidade, ela diz que seria a hora certa de retornar para o meu lar. Mesmo sentindo falta de sua companhia, não me vejo mais em Filadélfia há muito tempo. A mulher insistia em me fazer mudar de ideia. Era sempre assim. Desde que meu pai faleceu, mamãe se tornou extremamente carente e, solitária na maioria das vezes. Por isso, como filha única, tento lhe dar toda atenção devida ao decorrer dos dias.

Vivo uma vida tranquila. Boas condições. Estou confortável.

Encerro a ligação com minha mãe e deixo o telefone de lado.

As horas já estavam avançadas. Passamos bastante tempo conversando e eu não me dei conta do tempo passar. Hoje tive um dia cheio de pagar contas e fazer compras. Era o dia comum de mais um episódio da minha vida adulta.

Não sou casada. Nem tenho filhos. Bom, tenho um cachorro que se chama Iron e ele me basta no momento. Iron é um buldogue francês muito fofo e rechonchudo. Ele era o meu filho! Um amor de cão.

A casa estava em um total silêncio, e eu gostava dessa solidão gritante. Eu amava a minha própria companhia e minha independência. Eu amo o gostinho de sossego.

Deixo a loção corporal em cima do batente, apago as luzes e me deito.

Um frio de doer havia chegado a cidade. Eu precisava de um agasalho. Pensei, ao sentir a brisa gélida contra o meu corpo. Caminho rapidamente para próximo do armário já abrindo e pegando um grosso moletom para me esquentar nessa noite chuvosa.

Meu corpo choacalhava vez ou outra a cada vez que eu mantinha-me longe do meu endredom. Corro de volta para os lençóis me escondendo de baixo do aconchego e quentura das cobertas macias.

O frio inundava cada canto, trazendo junto com a chuva, trovões e relâmpagos para essa noite. Eu estava aconchegada em minha cama. Havia acabado de sair de um banho quente e estava pronta para dormir quando... O estridente som do telefone toca no andar de baixo. Ele tocava loucamente e eu praguejei as futuras e últimas gerações da terra.

Eu havia acabado de deitar! Estava tão quentinho e confortável....

Sou interrompida de meus pensamentos quando mais uma vez o som irritante do telefone toca, me fazendo levantar zangada da cama, e calçar minhas pantufas.

Mais quem poderia ser a essa hora da noite?!

Eu xingava mentalmente o infeliz que estivera ligando. Essa pessoa é alguém morto.

Desci as escadas rapidamente, sentindo o clima totalmente refrigerado. Parecia que estava chovendo aqui dentro.

Vou até a sala de estar, chegando, puxo o telefone do gancho com tudo.

— O que você quer a essa hora da madrugada? Não tem mais o que fazer? - Digo exaltada.

Ok, eu poderia ser simpática. Mas nesse momento, eu deveria ser tudo, menos simpática com esse indivíduo.

Imagines CabelloWhere stories live. Discover now