Capítulo 11

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Capítulo 11 – Algum dia


"Eu gosto de prever o futuro... mesmo que esse futuro seja minha imaginação e nele só aconteça o que quero."

×××


Estopim. 

Era isso o que movia Ana. 

Uma palavra, um detalhe, um brinco... 

Um estopim tirava o pior dela. 

Sabe aquela história de um passo para frente e dois para trás? Foi como se Ana tivesse dado uns quatro passos depois de um para frente. Ela sabe se realmente deu um passo seguinte, ou foi só resultado negativo. Foi como uma explosão, uma bomba atômica que atingiu todo mundo. 

_ Desculpa pelo transtorno, eu também não sei porque essas coisas acontecem comigo – ela sussurrou, dois dias depois, quando acordo numa maldita sala branca, presa por tirar de espuma e o sistema tão ferrado de sedativos que ela jurava que viu unicórnios brincando numa nuvem acima de sua cabeça. 

_ Está tudo bem – Christian murmurou. 

Ela finalmente havia voltado para o quarto, precisava tomar medicamentos que a deixava calma demais e injetar coisas na veia que ela não sabia o nome. 

Era como se tivesse sete anos novamente, era tão ruim quanto na época. 

_ Você não consegue controlar tudo, e está tudo bem - ele continuou. 

Era quase meia noite, ela não dormia, Christian permanecia na poltrona ao seu lado. 

_ Você não vai embora, não é? Por favor... – Ela pediu. 

_ Vou ficar até voce dormir, eu prometo – ele sussurrou, inclinando-se até estar com os labios em seu cabeça, beijando gentilmente. 

_ Então eu não quero dormir – devolveu ela. 

Christian riu baixinho, ainda com os lábios em seu cabelo. 

_ Você tem um cheiro bom demais para eu querer que você saia daqui – ela murmurou. 

O médico baixou a cabeça e tocou a testa na dela, os narizes se tocando. 

_ Vou voltar para você... Eu não posso ficar. Nem poderia está aqui agora, já passou da hora de eu sair do seu quarto. 

_ Odeio regras. 

_ É, eu tambem. 

O jeito que falavam era tao baixo quanto possível, como se só precisassem que eles dois escutasse, não as paredes ou o vento que entrava pela janela de tela. Somente eles. 

_ Preciso de você aqui. 

_ Não, você precisa dormir e nem vai perceber que eu não estou aqui. 

Ele nem sabia porque precisava tanto garantir que estaria com ela, era ate mesmo errado a garota adquirir dependência por um médico daquela forma. Mas Christian não podia mentir, gostava daquilo, gostava dela querer ele e não os outros, gostava de ser o preferido... queria que aqueles sentimentos não tivessem a ver com a mistura de emoções que sentia só em estar tao perto dela. 

50 Tons de Uma SalvaçãoWhere stories live. Discover now