Não Estou Só - Parte 2

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Ela acordou, rapidamente, passando os olhos em volta do local. Ela nota que ela está em uma espécie de mansão abandonada, com arredores de madeira, que parecia empoeirada. No teto, haviam velas que iluminavam o local, e estranhamente, as velas brilhavam azul. A primeira coisa que ela fez, instintivamente, foi jogar a mão direita até o Powertrix da mão esquerda, porém ela não consegue. Ela estava com os braços amarrados, e o corpo inteiro, menos a cabeça, amarrado, em cordas. A garota pareceu surpresa, e, rapidamente, desespero tomou sua mente.
- TEM ALGUÉM AQUI?! - Ela rugiu, em esperanças de achar alguém. Sua voz ecoou pelo quarto, mas, por alguns segundos, ninguém atendeu.
Sish estava sozinha naquele quarto. Amarrada, sem escapatória, e sem ninguém.
Sish começou a chorar, algumas lágrimas escorrendo. - Droga... eu não devia ter ido pro Sr. Sorvete naquele dia, e ter pêgo esse maldito relógio! - Ela falou para si mesma.
- É? -
Sish virou para a frente, e ela tomou um susto ao ver uma espécie de felino humanóide, com pêlo azul pálido e desgastado, com várias cicatrizes, e um olho só aberto, que brilhava em rosa. O felino abriu um sorriso arrepiante. - Sishily Petersson... - Ele murmurou.
- Ai, por que vocês sempre têm que falar meu nome completo? Já é a terceira vez! - Ela retrucou.
- Palavras estranhas de alguém que estava chorando agora à pouco... chore. Chore, criança. Sua dor me preenche e alimenta. - O monstro disse, aproximando sua mão com garras afiadas, do queixo da menina, acariciando ele levemente, fazendo um corte, que escorre sangue.
- Me deixa sair daqui. - Sish disse, tremendo nas cordas. Ela logo vê, que atrás do estranho felino, haviam várias silhuetas.
- Sair? - O monstro abriu um sorriso sarcástico. - Querida... você nunca vai sair daqui. Permita-me apresentar... - O felino saiu de perto do rosto de Sish. Seu corpo era magro, quase que esquelético, mas humanóide, com garras longas. Ele havia uma cauda, e haviam algumas pintas pretas no seu corpo. O felino estalou os dedos, e as velas atrás dele acenderam, revelando as silhuetas.
Sish vê, na esquerda, aquele mesmo lobisomem que ela lutou contra, segurando sua mãe, Cyberlia, nocauteada, e Nick, na outra mão. A garota ficou com muita raiva, tentando se soltar desesperadamente. Na direita, havia um estranho ser roxo, com uma janela no estômago, que havia vários gases e fumaças se contorcendo e rodopiando, como serpentes. O ser havia vários buracos grandes espalhados pelo corpo, para espalhar gases. Ele vestia uma roupa humana rasgada, e não parecia ter boca.
- QUEM É VOCÊ?! - Sish gritou, se contorcendo com muita força nas cordas.
- Eu sou Ecticka. Eu comando toda a máfia criminosa de Bellwood inteira. Geralmente envolvo humanos nos meus objetivos, mas parece que, para VOCÊ, eu tenho que envolver sobre-humanos. - O gato disse, caminhando pela sala enquanto falava. Ele virou para Sish. - Necro foi um subordinado meu... ao ver que, você é merecedora, valeu a pena eu interferir. Qual é meu objetivo? O que eu quero? - Ecticka limpou a garganta. - Crianças humanas. Suas almas. Gritos. Choros. O puro medo... eu me alimento puramente disso. Eu mandei minha máfia inteira sequestrar crianças, mas, parece que alguém impediu inúmeros dos meus sequestros. Quem? QUEM QUE FEZ ISSO?! - Ele gritou, dramaticamente. Ele fez uma longa pausa, virando para o lado, respirando fundo e ofegante, até virar para Sish lentamente. - ... você. -  Ele apontou para ela. - E, coincidentemente, VOCÊ é uma criança humana também. Portando um dos artefatos mais poderosos do UNIVERSO INTEIRO, mas, ainda assim, uma fraca, inútil, e PATÉTICA, criança humana. Devo dizer... ao descobrir esse fato, eu fiquei feliz. - Ele se aproximou dela. - Feliz de poder, finalmente, ter um inimigo pessoal. Alguém que eu vou ser reconhecido por atirar para baixo. Ganhei um nome, que vai me ajudar à conquistar a fama e poder, intergalácticos! - Ele disse, olhando para cima e gritando, fechando os punhos. Ele encarou Sish, curvando a coluna e olhando no fundo dos olhos da garota.
Sish pareceu com medo e confusa, enquanto algumas lágrimas escorrem do seu rosto.
Ecticka abriu um sorriso. - Isso... chore... EU QUERO OUVIR VOCÊ CHORAR ALTO! - Ele rugiu.
- E... E s-se eu não fizer isso? O q-que você vai fazer...? - Sish soluçou algumas vezes, enquanto falava. - Vai mandar s-seu lobo me arranhar, é? -
Ecticka abriu um sorriso. - Exatamente... YENALDOOSH! - Ele virou para o lobisomem alienígena. - TRITURE essa garota! - Ele completou.
O lobo olhou, e acenou com a cabeça para a ordem, largando Cyberlia e Nick no chão, enquanto o ser de gases segura eles no lugar dele. O lobisomem se aproximou de Sish, e jogou as garras para cima, antes de descer elas, com toda a força, fatiando algo... as cordas que deixavam Sish presa.
Sish sorriu, estando livre.
Ecticka ficou surpreso. - MAS QUE?! -
- Eu acabei de me tocar de uma coisa, sr. Ecticka... - Sish ligou o Powertrix, e bateu nele com toda sua força. Do Powertrix, o DNA alienígena foi percorrendo suas veias, deixando elas mais musculosas, enquanto seus braços crescem, e ao mesmo tempo, sua pele vai ficando vermelha, um vermelho escuro, ela também ficando maior, muito maior, maior até mesmo que Ecticka. Ela estava muito musculosa, e de repente, dois braços a mais surgem, um em cada lado dela. Sua roupa havia se adaptado. A garota olhou para Ecticka, fechando os punhos e se aproximando dele, enquanto ele dava passos para trás. - ...sabe do que eu mais tenho medo? É de perder minha família pra um alienígena vampiro maldito, e isso me deixa... - Ela bateu os punhos um no outro. - COM MUITA RAIVA! - Ela disse, antes de lançar um murro contra Ecticka, que salta para o lado.
- Então você ainda tem medo, não é? Não importa de que forma, raiva e tristeza sempre, sempre surgem do medo... - O gato alienígena correu em volta de Sish em alta velocidade, atacando várias vezes, não tendo muito efeito. - Medo de ser insuficiente. Medo do futuro. Medo da MORTE?! - Ele dizia, enquanto atacava furiosamente.
Sish franziu as sombrabcelhas, e bateu os quatro braços no chão, criando uma onda de choque e quebrando o chão, lançando Ecticka para longe e para baixo. Havia outro andar no chão, e o gato alienígena caiu nele. Sish aterrissou. - Pode ser verdade. Mas é nessas horas que eu lembro das palavras de alguém... ser uma heroína é ser a luz, a esperança mais brilhante, entre todo o medo e sombra! É isso que eu sou, e é por isso que eu luto! - Ela rugiu, pegando Ecticka pelo pescoço com o braço direito superior. - E você... vai pagar, por tudo que fez, por todo medo e tortura que você causou às criancinhas! - Ela disse, antes de fechar o braço esquerdo superior, e simplesmente chover o rosto do felino alienígena com socos, fazendo ele ficar deformado, e então, ela finalmente o finalizou, com um único soco que subia como uma lua minguante, no seu queixo, o jogando para cima, com força o suficiente para fazer um pequeno terremoto na casa.
Ecticka saiu voando pela casa, para cima, quebrando o telhado e saindo voando com tanta força que ele some da vista.
Sish arfava, e ela saltou para o andar superior. Ela olhou para o ser de gases e o lobisomem, e eles simplesmente saltaram pela janela, de, ironicamente, medo. Sish fechou os punhos, e caminhou até sua mãe e irmão desmaiados. O relógio brilhou azul, e ele descarregou. Ela voltou à forma normal, e abraçou a mãe e irmão, que estavam inconscientes. - Eu amo vocês... -
...
Espaço.
Na nave negra e vermelha, estava aquele robô pequeno e humanóide, que olha para cima, para a silhueta escura.
A silhueta se levanta lentamente, e era possível ver seu rosto. Parecia um polvo, ou uma polva, com olhos doursdos, que brilhavam. Ela vestia uma armadura dourada e branca, e ela sorriu levemente. Ela vestiu um capacete, e caminhou para a frente, vendo um holograma que mostrava a Terra. Ela virou para o robô. - Eu vou fazer isso eu mesma. - Ela disse, parecendo determinada enquanto olhava para o holograma, que havia o rosto de Sish nele.

Continua...

Sish πOnde as histórias ganham vida. Descobre agora