CAPÍTULO 3

132 30 182
                                    

A escolha

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

A escolha.

Se eu for, meu pai irá me deserdar de toda a fortuna que ajudei ele a conquistar. Apesar de que isso não me incomoda... eu só me importo de que ter que deixar MINHA fortuna, para o idiota do Diego. Ele não moveu um dedo para erguer o escritório de advocacia. O engraçado é que meu pai parece gostar mais do Diego, do que de mim... seu próprio filho.

Para onde ir? Respondendo à pergunta: para o Brasil, visitar minha avó paterna, que está muito doente. Fazia anos que não tinha notícias dela, já que ela está no Brasil e eu estou na Alemanha.

Após o ocorrido de 15 anos atrás, no sítio da minha avó, fui proibido de voltar lá e para isso não acontecer, meu pai se mudou para a Alemanha. Aqui ele conheceu Magda Kannenberg. Uma alemã, que é meio brasileira. Ela já tinha um filho, Diego Miller Kannenberg, que na época tinha uns 15 anos, ele era 2 anos mais velho que eu. Nunca nos demos bem. Já eu e Magda, houve uma conexão de mãe e filho. Me apeguei tanto a essa mulher, que até a chamo de mãe.

— John? — Meu pai me chama, me tirando dos devaneios. — Você já esqueceu essa história de ir para o Brasil? — Pergunta e me encara. Vejo um sorriso se formar nos lábios de Diego. Seguro à vontade de acabar com esse sorrisinho dele na porrada. Não sou agressivo, mas com ele é impossível não ser!

— Pai, o senhor já controlou minha vida por demais. Não acha que passou da hora de me deixar viver? — Questiono com certo rancor na voz. Me levanto da mesa com a respiração acelerada.

— Aonde você vai, John? SEU MOLEQUE MALCRIADO! — Esbraveja, sem mesmo se importar de estar em um dos restaurantes mais refinados da Alemanha. Ficamos cara a cara.

— Aonde eu vou? — Sorrio, mas um sorriso irônico. — A resposta é óbvia! — Digo o encarando.

— Já chega! — Ele segura meu braço com força. Posso ver chamas dançando nos seus olhos azuis. Magda percebe a situação e se levanta da mesa.

— Já chega disso, Alexandre... todos estão olhando para nós. Solta o John, agora! — Ela não pede, ela ordena. Ele não é de obedecer a ninguém, mas percebeu que estavam todos encarando a cena. — Sentem e se acalmem. — Ela pede.

— Me desculpe Magda, mas não posso. Tenho que preparar minhas malas, para ir para o Brasil hoje mesmo! — Deixo bem claro para onde vou. Diego parece um tanto confuso, quanto assustado e feliz. Que se dane essa maldita herança.

— Senta-se aí, maninho. Se acalma e escuta o pai, é melhor você esquecer essa história. — Diego fala. Incrível como alguém pode ser tão deplorável e falso como ele.

— Cala a boca, cínico! Você nem ele... — Aponto para meu pai. — Tem o direito de opinar sobre a minha vida. — Altero meu tom de voz. Todas as pessoas olham para nós, mas graças a Deus ninguém entende nada.

— Seu moleque! Agora você vai aprender — Grita vindo em minha direção. Ele me acerta com um soco, que faz meu rosto virar com impacto. — Vai embora e não ouse voltar nunca mais, seu desgraçado! Você não irá receber um centavo do meu dinheiro, seu bastardo ingrato.

Não Há Felizes Para SempreOnde as histórias ganham vida. Descobre agora