HaRRy poTTer E o VolDEmorT

3.2K 412 420
                                    

— Eu sei fazer um chocolate quente que é uma delícia, que tal? Você me ajuda a fazer as bebidas, e então… — Ele se aproxima, segurando em minha cintura, provavelmente ele gosta de tocar em mim, o que facilita muito nossas vidas, já que eu gosto da quentura dele em minha pele arrepiada. — sentamos nesse tapete, usamos essa coberta e eu leio para você, o que acha?

Me parece coisa de filme, e eu nem consigo responder de tanta felicidade que eu to sentindo nas coisas felizes que têm dentro de mim.

— Tremendo por dentro. — Kim sorri com a minha resposta, provavelmente entendendo que isso é o único sim que vai sair de mim. Tae coloca o livro na pequena mesinha de vidro que foi herança da minha falecida vovó (descanse em paz cinzas da vovó), e a única coisa que passa por minha mente é que preciso fazer um templo de Pudim de Leite para agradecer aos deuses a existência de Kim Taehyung na minha vida.

HaRRy poTTer E o VolDEmorT

— Certo, vamos ver se temos tudo o que precisamos na sua cozinha... — Taehyung é tipo aquelas pessoas que entra pela primeira vez na sua casa e já vai abrindo sua geladeira e perguntando por a garrafa de água, que deveria estar cheia, está ali vazia ocupando espaço. — Jeongguk, tem amido de milho?

Eu não sei o que é amido de milho. Mas como quero causar uma boa impressão, decido abrir os armários a procura do tal amido de milho que deve estar em um pacotinho. E se o milho é amarelo, pela lógica da vida, o tal do pacotinho também precisa ser amarelo. Me agacho a procura de alguma alma viva, vulgo inanimada, de amido de milho, contudo, a única coisa que encontro é um pacotinho de pipoca. E ao julgar pela cara às pipoquinhas, as bichinhas estragaram.

— Sim amiedo de milho. — Acabei dizendo um “sim” e um “amiedo” sem querer, quase penso em bater a minha cabeça no ferro branco da pequena portinha que sustenta o peso todo do meu corpo (se eu me desequilibrar eu levo o coitado do armário para um lindo passeio de: vamos se quebrar em conjunto no chão) — Aish. — Eu resmungo direitinho, percebe? Não sai nada de errado. Será que dá para conversar com alguém resmungando? Tipo se comunicando por sinais de fumaça que nem tem porcaria de fumaça alguma?

— Jeon, o que você está fazendo? Querendo se fundir com o armário? — Quase me assusto com a voz da minha mãe. De onde a pessoa apareceu? Será que ela virou um tatu e anda pela casa pelo piso? Será que eu sou um híbrido de tatu? — Ah, olá; prazer, mãe do menino que tá agachado.

— Kim Taehyung. — É muito bonito como “Kim Taehyung” sou sendo dito pelo dito Kim Taehyung. É tipo aquelas abertura dos filmes da Disney, sabe? Parece que o hyung tem seu castelo particular de cristal e usa ele para se erguer sempre. Agora estou imaginando ele dançando Let it Go enquanto canta para a neve que está livre e não vai se preocupar com o fim do mundo se transformando em gelo sólido. — Prazer em conhecer a senhora.

— Ah, querido Kim Taehyung, senhora tá lá no céu. Eu sou uma jovem que pariu uma criança meio esquisita. — Tudo bem, está na hora de me levantar e tirar o hyung de perto da minha mãe. — O que vocês estão fazendo na minha cozinha bonitinha? Ah, filho, arruma esse cabelo, está parecendo uma arapuca.

Eu não tenho ideia do que seja uma arapuca, só parece ser um vocabulário de mãe. Eu até poderia pensar em responder alguma coisa, mas seria uma bela de uma loucura, ainda mais com minha progenitora no mesmo lugar. Não que eu não goste de minha mãe, longe disso, eu a amo, só me sinto desconfortável falando com ela perto de outras pessoas, simplesmente porque ela fica morrendo de vergonha da maneira que eu falo, ou como me perco na maioria das conversas. Tento me controlar, mas é tão complicado. E quando pareço calmo, faço um certo esforço para isso, acabo me descontrolando ainda mais.

MistakeWhere stories live. Discover now