Garrafa de água

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O ruim do orgulho é  que a gente nunca sabe se está nos impedindo de ser trouxa, ou feliz.

  Nojo. É  o que eu sinto, eu segurava as lágrimas para elas não caírem. Caminhava pelas ruas da grande Seul. Não tão movimentada. - Já que era bem cedo.- Eu estava bem adiantada, sai tão cedo de casa. Meu rosto ainda ardia com o forte tapa da noite passada. Meu olhos direito estava levemente roxo. - resultado de eu ter tentado fugir. 

  Eu não era tão forte assim, talvez eu fosse fraca, insuficiente. Qual é  meu propósito aqui? Não tenho nada, meus pais além de brigarem o dia todo - sem contar as noites de gritarias. - Não me dão atenção e me "largam" em qualquer lugar. Eles dizem que eu fui um erro na vida deles, o que machuca bem fundo. Só queria o amor deles. Meu irmão,  não precisamos detalhar suas horríveis ações de ontem.

  Eu não tinha sequer vontade e qualquer disposição para ouvir alguma música. Suas letras triste ou motivadoras não me ajudariam agora. Se bem, que é quase todo dia assim. Ficou um pouco mais frequente depois que sua namorada o deixou. Ela deveria ter sido tratada como eu.

 Eu sei muito bem que eles ouviam gritos meus. Me pergunte se eles faziam alguma coisa? Nada.

 O céu estava mais escuro hoje. Talvez uma tempestade mais tarde. A escola estava mais vazia hoje, ou eu que não me importo com isso.

 Vemos casais apaixonados, o que não entendo por quê dessa melação toda em público. Acho que eu nunca entendi por não ter tido nenhum qualquer tipo de relacionamento. Mas, se eu dissesse que nunca tivesse me apaixonado, eu estaria mentindo. Eu me apaixonei a muito tempo por um garoto. Ele era quieto no canto dele, parecia comigo. Ele era diferente depois de o conhecer. Bem diferente. Ele queria ser popular, uma coisa bem ridícula - na minha opinião, perda de tempo.- de cem amigos que você faz no colégio, somente dois são levados para a vida toda, e olhe lá, as vezes, ninguém. Ele apenas me usou, depois ele me jogou fora. E eu, como idiota e totalmente desconhecida desse sentimento, fazia tudo e quando ele chegou em seu objetivo, eu fui jogada fora. Pessoas não são como bonecas, não podemos brincar com elas e depois guardá-las em caixas.

 Como cheguei cedo, bem cedo, apenas me dirigi a sala de aula e me sentei em minha mesa. Com o passar de muitos minutos, a sala foi tomada por pessoas, que se dirigiam para seus lugares. Não se atreviam a olhar para mim. Olhei para a mesa ao meu lado, vazia. Automaticamente me lembrei daquele menino de ontem. Como era seu nome? A sim, Kim Taehyung.

 Meus pensamentos foram cortados quando meus olhos encontraram na porta, seus olhos pretos penetrantes, que me encaravam. Desviei de seu olhar. Olhei para o chão e acompanhei seus passos até minha mesa, Nossa.

 Ele se sentou, mas não dirigiu uma palavra sequer a mim. Ficou em silêncio. A professora entrou, ela explicava seu conteúdo com clareza. Eu não tinha dúvidas sobre a matéria enquanto fazia os exercícios, mas notei  as dúvidas do platinado ao meu lado.

-Não se acustuma, mas, quer ajuda para resolvê-los? - ele continuou de cabeça baixa.

-Se puder. -Sua voz grossa e rouca soou perto de mim, me arrepiei levemente com o grave da mesma. - Mas,  antes, pode me responder algo?

-Seja breve. - Falei em um tom um pouco frio, o que eu não queria que saísse.

-Você está bem? - Fiquei sem o que falar por alguns minutos. Entre abri a boca procurando uma resposta. O que apenas saiu foi:

- S-Sim,  eu estou. - Menti claro, ele pareceu pensar. 

-Não minta para mim. -minutos depois ele disse. Devo dizer que ninguém se preocupou comigo faz um tempo. Ele me lembrou de Park Jimin - o que me usou e jogou fora. - Assim eu me preocupo.

My Sweet BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora