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26 de setembroQuerido Diário,Sinto muito ter passado tanto tempo, e eu não posso realmente explicarporque não escrevi – exceto que há tantas coisas que eu tenho medo defalar, até mesmo com você.Primeiro, a coisa mais horrível aconteceu. No dia que Bonnie e Meredith eeu estávamos no cemitério, um velho foi atacado lá, e quase morreu. Apolícia ainda não achou a pessoa que fez isso. As pessoas acham que ovelho é louco, porque quando ele acordou ele começou a delirar sobre"olhos no escuro" e árvores de carvalho e coisas. Mas eu me lembro do queaconteceu conosco naquela noite, e me pergunto. Isso me assusta.Todos ficaram assustados por um tempo, e toda a garotada teve que ficardentro de casa depois de escurecer ou sair em grupos.Mas já se passou quase três semanas agora, e não houve mais ataques,então a animação está se acabando. Tia Judith diz que deve ter sido algumoutro vagabundo que o fez. O pai de Tyler Smallwood até mesmo sugeriuque o velho pode ter feito isso à ele mesmo – mas eu quero ver alguém semorder no pescoço.Mas na maior parte eu estive ocupada com o Plano B. Até agora, está indobem. Eu recebi diversas cartas e buquês de rosas vermelhas de "Jean-Claude" (o tio de Meredith é um florista), e todo mundo parece teresquecido que eu já me interessei pelo Stefan. Então minha posição socialestá segura. Até mesmo Caroline não tem criado nenhum problema.De fato, eu não sei o que Caroline está fazendo esses dias, e eu não ligo.Eu nunca mais a vejo no almoço ou depois da escola; ela parece ter seafastado completamente de sua antiga multidão.Há somente uma coisa sobre a qual eu ligo agora. Stefan.Até Bonnie e Meredith não percebem o quão importante ele é para mim.Eu tenho medo de contar à elas; eu tenho medo que elas achem que eusou louca. Na escola eu uso uma máscara de tranqüilidade e controle, masdo lado de dentro – bem, a cada dia só piora.Tia Judith começou a se preocupar comigo. Ela diz que eu não como osuficiente nos últimos dias, e ela está certa.Eu não consigo me concentrar nas aulas, ou mesmo em algo divertidocomo a festa para arrecadação de fundos Casa Assombrada. Eu nãoconsigo concentrar em nada além dele. E eu nem mesmo entendo porque.Ele não falou comigo desde aquela tarde horrível. Mas eu vou te contaralgo estranho. Semana passada na aula de história, eu olhei para cima e opeguei olhando para mim. Nós estávamos sentados há alguns assentos dediferença, e ele estava virado completamente para o lado em sua mesa,simplesmente olhando. Por um momento eu me senti quase assustada, emeu coração começou a golpear, e nós simplesmente encaramos um aooutro – e então ele desviou o olhar. Mas desde então aconteceu mais duasvezes, e em cada vez eu senti seus olhos em mim antes que eu os visse.Essa é a verdade literal. Eu sei que não é minha imagianação.Ele não é como qualquer outro garoto que eu já conheci.Ele parece tão isolado, tão solitário. Apesar disso ser uma escolha própria.Ele foi um sucesso no time de futebol, mas ele não anda com nenhum dosgarotos, exceto talvez Matt. Matt é o único com quem ele fala. Ele não andacom nenhuma garota, tampouco, que eu veja, então talvez o rumor depolicial da narcóticos esteja fazendo um bem. Mas é mais como se eleestivesse evitando as pessoas do que elas estivessem evitando-o. Eledesaparece entre as aulas e depois do treino de futebol, e eu nunca o viuma vez sequer na cantina. Ele nunca convidou ninguém para seu quartona pensão. Ele nunca visitou a cafeteria depois da escola.Então como eu posso conseguir que ele fique em um lugar onde nãopoderá correr de mim? Esse é o verdadeiro problema com o Plano B.Bonnie diz, "Por que não ficar presa em um temporal com ele, então vocêsterão que se aninhar juntos para conservar calor corporal?" E Meredithsugeriu que meu carro quebrasse na frente da pensão. Mas nenhumadessas idéias é conveniente, e eu estou enlouquecendo tentando bolar algomelhor.A cada dia está piorando para mim. Eu me sinto como se fosse um relógioou algo do tipo, dando corda cada vez mais. Se eu não achar algo parafazer logo, eu vou –Eu ia dizer "morrer."A solução chegou à ela bem repentina e simplesmente.Ela sentiu pena de Matt; ela sabia que ele se magoara com o rumor Jean-Claude. Ele mal tinha falado com ela desde que a história vazou,geralmente passando por ela com um rápido aceno de cabeça. E quandoela o encontrou um dia em um corredor vazio do lado de fora de EscritaCriativa, ele não encontrava os olhos dela."Matt—" ela começou. Ela queria dizer à ele que não era verdade, que elanunca teria começado a se encontrar com outro garoto sem dizer à eleprimeiro. Ela queria dizer à ele que nunca quisera magoá-lo, e que ela sesentia horrível agora. Mas ela não sabia como começar. Finalmente, elasimplesmente disse sem pensar, "Sinto muito!" e se virou para ir paraaula."Elena," ele disse, e ela se virou. Ele estava olhando para ela agora, pelomenos, seus olhos prolongando-se nos lábios dela, em seu cabelo. Entãoele balançou sua cabeça como se para dizer que ele era a piada. "Esse carafrancês é de verdade?" ele exigiu finalmente."Não," Elena disse imediatamente e sem hesitação. "Eu o inventei," elaacrescentou simplesmente, "para mostrar para todo mundo que eu nãoestava aborrecido por causa–" Ela parou abruptamente."Por causa do Stefan. Eu entendo." Matt concordou, parecendo tantoameaçador quanto de algum jeito mais compreensivo. "Olha, Elena, aquilofoi bem babaca dele. Mas eu não acho que foi pessoal. Ele é desse jeitocom todo mundo–""Exceto você.""Não. Ele fala comigo, às vezes, mas não sobre nada pessoal. Ele nunca diznada sobre a sua família ou o que ele faz fora da escola. É como – como setivesse uma parede ao redor dele que eu não posso passar. Eu não achoque ele já deixou alguém passar aquela parede. O que é uma baita pena,porque eu acho que por trás dela ele está miserável."Elena ponderou isso, fascinada por uma visão de Stefan que ela nuncahavia consderado antes. Ele sempre parecera tão controlado, tão calmo edespreocupado. Mas também, ela sabia que ela mesma parecia desse jeitopara as outras pessoas.Seria possível que embaixo de tudo ele era tão confuso e infeliz quanto ela?Foi então que a idéia veio, e era ridiculamente simples. Sem planoscomplicados, sem temporais ou carros quebrando."Matt," ela disse, lentamente, "não acha que seria uma coisa boa sealguém fosse para trás daquela parede? Uma coisa boa para o Stefan,quero dizer? Você não acha que essa seria a melhor coisa que poderiaacontecer à ele?Ela olhou para ele intensamente, querendo que ele entendesse.Ele a encarou por um momento, então fechou seus olhos brevemente ebalançou sua cabeça em descrença. "Elena," ele disse, "você éinacreditável. Você torce as pessoas com o seu dedo, e eu não acho quevocê ao menos sabe que está fazendo isso. E agora você vai me pedir parafazer algo para emboscar Stefan, e eu sou um bundão tão idiota que euposso até mesmo concordar com isso.""Você não é idiota, você é um cavalheiro. E eu quero te pedir um favor,mas só se você achar que é certo. Eu não quero magoar Stefan, e eu nãoquero magoar você.""Não quer?""Não. Eu sei como isso deve soar, mas é verdade. Eu só quero–" ela parouabruptamente de novo. Como ela podia explicar o que ela queria quandonem ela mesma entendia?"Você só quer todos e tudo girando ao redor de Elena Gilbert," ele disseamargamente. "Você só quer tudo que não tem."Chocada, ela deu um passo para trás e olhou para ele. Sua gargantainchou, e calor se reuniu em seus olhos."Não," ele disse. "Elena, não fique assim. Sinto muito." Ele suspirou. "Tudobem, o que eu tenho que fazer? Atá-lo e jogá-lo na sua entrada?""Não," disse Elena, ainda tentando fazer com que as lágrimas voltassempara onde pertenciam. "Eu só queria que você fizesse com que ele fossepara o Baile de Boas-Vindas semana que vem."A expressão de Matt era estranha. "Você só quer que ele esteja no baile."Elena concordou."Tudo bem. Eu tenho quase certeza que ele estará lá. E, Elena... não háninguém que eu queira levar além de você.""Tudo bem," disse Elena após um momento. "E, bem, obrigada."A expressão de Matt ainda estava peculiar. "Não me agradeça, Elena. Não énada... mesmo." Ela estava tentando decifrar isso quando ele se virou ecaminhou pelo corredor."Fique parada," disse Meredith, dando ao cabelo de Elena uma contorçãoreprovadora."Eu ainda acho," disse Bonnie do assento da janela, "que ambos estavammaravilhosos.""Quem?" Elena murmurou distraidamente."Como se não soubesse," disse Bonnie. "Esses seus dois caras queconseguiram um milagre de último minuto no jogo ontem. Quando Stefanpegou aquele último passo, eu achei que ia desmaiar. Ou vomitar.""Ah, por favor," disse Meredith."E Matt – aquele garoto é simplesmente poesia em ação...""E nenhum deles é meu," Elena disse categoricamente. Debaixo dos dedosexperts de Meredith, seu cabelo estava se tornando um objeto de arte, umamassa suave de um dourado torcido. E o vestido era legal; a cor violeta-gelo destacava o violeta em seus olhos. Mas mesmo para si mesma elaparecia pálida e dura, não levemente corada com animação mas branca edeterminada, como um soldado muito jovem sendo mandado à linha decombate.De pé no campo de futebol americano ontem quando seu nome foianunciado como Rainha das Boas-Vindas, havia apenas um pensamentoem sua mente. Ele não podia se recusar a dançar com ela. Se ele fossepara o baile de algum jeito, ele não podia recusar a Rainha das Boas-Vindas. E de pé em frente ao espelho agoa, ela disse isso para si mesma."Hoje à noite qualquer um que você quiser será seu," Bonnie estavadizendo tranqüilizantemente. "E, escuta, quando você se livrar do Matt,posso pegá-lo e confortá-lo?"Meredith bufou. "O que Raymond vai pensar?""Oh, você pode confortar ele. Mas, sério, Elena, eu gosto do Matt. E umavez que você vai se concentrar no Stefan, o seu ménage à trois vai ficar umpouco lotado. Então...""Oh, faça o que quiser. Matt merece um pouco de consideração." Elecertamente não está conseguindo comigo, Elena pensou. Ela ainda nãopodia exatamente acreditar no que estava fazendo com ele. Mas bem agoraela não podia se dar ao luxo de duvidar de si mesma; ela precisava de todaa sua força e concentração."Pronto." Meredith pôs o último prendedor no cabelo de Elena. "Ora, olhepara nós, a Rainha das Boas-Vindas e sua corte - parte dela, de qualquerjeito. Nós estamos lindas.""Esse é o 'nós' real*?" Elena disse zombateiramente, mas era verdade. Elasestavam lindas. O vestido de Meredith era um arrebatamento puro decetim vermelho-vinho, preso apertadamente na cintura e fluindo empregas no quadril. Seu cabelo escuro estava solto em suas costas. EBonnie, enquanto se levantava e se juntava às outras na frente do espelho,era como uma presentinho cintilando em tafetá rosa e lantejoulas pretas.* do original 'royal we'. É o uso do pronome 'nós' para se referir à umaúnica pessoa, alguém que tem um alto cargo, geralmente um monarca,bispo, papa, reitor.E quanto a si mesma... Elena escaneou sua imagem com um olhoexperiente e pensou novamente, O vestido é legal. A única outra frase queveio à sua mente foi violetas cristalizadas. Sua avó tinha mantido umpequeno jarro delas, flores de verdade mergulhadas em açucar cristalizadoe congeladas.Elas desceram as escada juntas, como tinham feito em cada baile desde asétima série – exceto que antes, Caroline sempre esteve com elas. Elenapercebeu com débil surpresa que ela nem mesmo sabia com quemCaroline estava indo hoje à noite.Tia Judith e Robert – em breve tio Robert – estavam na sala de estar, juntocom Margaret de pijama."Ah, vocês meninas estão todas adoráveis," disse tia Judith, tão agitada eanimada como se ela própria fosse ao baile. Ela beijou Elena, e Margarethlevantou seus braços para um abraço."Você está bonita," ela disse com a simplicidade dos quatro anos.Robert estava olhando para Elena, também. Ele piscou, abriu sua boca, efechou-a de novo."Qual o problema, Bob?""Em. Ele olhou para tia Judith, parecendo embaraçado. "Bem, na verdade,acabou de me ocorrer que Elena é uma forma do nome Helena. E poralguma razão eu estava pensando em Helena de Tróia.""Linda e amaldiçoada," disse Bonnie alegremente."Bem, sim," disse Robert, nãoa parecendo nem um pouco feliz. Elena nãodisse nada.A campainha tocou. Matt estava no degrau, em seu familiar casaco azulesportivo. Com ele estavam Ed Goff, o par de Meredith, e RaymondHernandez, o de Bonnie. Elena procurou por Stefan."Ele provavelmente já está lá," disse Matt, interpretando seu olhar."Escute, Elena–"Mas o que quer que ele fosse dizer foi cortado pela conversa dos outroscasais. Bonnie e Raymond foram com eles no carro de Matt, e mantiveramuma corrente constante de gracejos todo o caminho até a escola.Música fluia pelas portas abertas do auditório. A medida em que Elenasaia do carro, uma certeza curiosa passou por ela. Algo ia acontecer, elapercebeu, olhando para o volume quadrado do prédio da escola. O pacíficamarcha lenta das últimas semanas estava para engrenar em rápida.Estou pronta, ela pensou. E esperou que fosse verdade.Dentro, era um caleidoscópio de cor e atividade. Ela e Matt foram cercadospor uma multidão no instante em que entraram, e choveram elogios paraambos. O vestido de Elena... seu cabelo... suas flores. Matt era uma lendaem formação: outro Joe Montana, uma aposta certeira para uma bolsa deestudos atlética.No giro estonteante que deveria ser a vida e a respiração para ela, Elenacontinuou procurando por uma cabeça escura.Tyler Smallwood estava respirando ofegantemente nela, cheirando àponche e champagne e chiclete Doublemint. Seu par parecia homicida.Elena o ignorou na esperança de que fosse embora.Sr. Tanner passou com um copo de papel mole, parecendo que seucolarinho estava estrangulando-o. Sue Carson, a outra princesa de boas-vindas veterana, moveu-se esvoaçantemente e arrulhou-se sobre o vestidovioleta. Bonnie já estava na pista de dança, brilhando debaixo das luzes.Mas em lugar algum Elena via Stefan.Mais um sopro de Doublemint e ela iria passar mal. Ela cutucou Matt eeles escaparam para a mesa de refrescos, onde o Treinador Lyman iniciouuma crítica ao jogo. Casais e grupos iam até eles, passando algunsminutos e então se retirando para abrir espaço para os próximos na fila.Exatamente como se realmente fossemos realeza, pensou Elenaselvagemente. Ela olhou para os lados para ver se Matt dividia seudivertimento, mas ele estava olhando fixamente para sua esquerda.Ela seguiu seu olhar. E lá, parcialmente oculto atrás de um grupo dejogadores de futebol americano, estava a cabeça escura pela qual elaestivera procurando. Inconfundível, mesmo nessa turva luz. Uma excitaçãopassou por ela, mais de dor do que qualquer outra coisa."E agora?" disse Matt, sua mandíbula imóvel. "O atamento?""Não. Eu vou chamá-lo para dançar, é só. Eu esperarei até termosdançado primeiro, se você quiser."Ele balançou sua cabeça, e ela foi em direção à Stefan através damultidão.Pedaço por pedaço, Elena registrou informação sobre ele a medida em quese aproximava. Seu blazer preto era de um corte levemente diferente dosoutros garotos, mais elegante, e ele usava um suéter branco de caxemirapor baixo.Ele estava parado de pé, não se inquietando, um pouco afastado dosgrupos ao seu redor. E, apesar de poder ver somente seu perfil, ela pôdever que ele não estava usando seus óculos.Ele os tirava no futebol americano, é claro, mas ela nunca o vira de pertosem eles. Isso a fez se sentir tonta e animada, como se isso fosse um bailede máscaras e a hora de tirar as máscaras tivesse chegado.Ela se focou no ombro dele, na linha de sua mandíbula, e então ele sevirou em direção à ela.Nesse instante, Elena estava ciente de que era bonita. Não era só o vestido,ou o jeito como seu cabelo estava. Ela era bonita por si só: magra,imperial, uma coisa feita de seda e fogo interior. Ela viu seus lábios sesepararem levemente, reflexivamente, e então ela olhou em seus olhos."Olá." Era essa sua própria voz, tão silenciosa e segura de si? Seus olhoseram verdes. Verdes como folhas de carvalho no verão. "Você está sedivertindo?" ela perguntou.Agora eu estou. Ele não disse isso, mas ela sabia que era isso que eleestava pensando; ela podia ver no jeito como ele a encarava. Ela nuncaesteve tão certa de seu poder. Exceto que na verdade ele não parecia queestava se divertindo; ele parecia abatido, com dor, como se não pudessesuportar nem mais um minuto disso.A banda estava começando, uma música lenta. Ele ainda estavaencarando-a, absorvendo-a. Aqueles olhos verdes se escurecendo, ficandopretos com desejo. Ela teve a repentina sensação de que ele poderia puxá-la para si e beijá-la duramente, sem ao menos dizer uma palavra."Você gostaria de dançar?" ela disse suavemente. Estou brincando comfogo, com algo que não entendo, ela pensou repentinamente. E nesseinstante ela percebeu que estava aterrorizada. Seu coração começou abater violentamente. Era como se aqueles olhos verdes falassem comalguma parte dela que estava enterrada bem abaixo da superfície – eaquela parte estava gritando "perigo" para ela. Algum instinto mais velhoque a civilização estava dizendo à ela para correr, para fugir.Ele nunca se moveu. A mesma força que a estava aterrorizando a estavasegurando lá. Isso está fora de controle, ela pensou repentinamente. O quequer que estivesse acontecendo aqui está longe de seu entendimento, nãoera nada normal ou são. Mas não dava para parar agora, e mesmoenquanto estava assustada ela estava se deleitando com isso. Era omomento mais intenso que ela já tinha experenciado com um garoto, masnada estava acontecendo. Ele estava apenas olhando para ela, como seestivesse hipnotizado, e ela estava olhando de volta, enquanto a energiacintilava entre eles como lampejos de calor.Ela viu seus olhos se escurecerem, derrotados, e sentiu o pulo selvagem deseu próprio coração enquanto ele lentamente estendia uma mão.E então tudo se rompeu."Ora, Elena, como você está meiga," disse uma voz, e a visão de Elena foiofuscada por dourado. Era Caroline, seu cabelo castanho farto e lustroso,sua pele bronzeado com uma cor de bronze perfeita. Ela estava usando umvestido de lamê de dourado puro que mostrava uma inacreditávelquantidade ousada de pele perfeita. Ela escorregou um braço nu pelo deStefan e sorriu preguiçosamente para ele. Eles eram maravilhosos juntos,como um casal de modelos internacionais visitando um baile de ensinomédio, muito mais glamurosos e sofisticados do que qualquer outro nasala."E esse vestidinho é tão bonito," continuou Caroline, enquanto a mente deElena corria no piloto automático.Aquele braço possessivo casualmente ligado ao de Stefan dizia tudo à ela:onde Caroline tinha estado no almoço nas últimas semanas, o que elaestivera aprontando todo esse tempo. "Eu disse à Stefan que nóssimplesmente tínhamos que parar por um momento, mas não vamos ficarmuito tempo. Então não se importa se eu ficar com ele só para mim nasdanças, se importa?"Elena estava estranhamente calma agora, sua mente um zumbido vazio.Ela disse não, é claro que não se importava, e observou Caroline seafastar, uma sinfonia em castanho e dourado. Stefan foi com ela.Havia um círculo de rostos ao redor de Elena; ela se virou deles e foi atéMatt."Você sabia que ele vinha com ela.""Eu sabia que ela queria que ele viesse. Ela esteve seguindo-o na hora doalmoço e depois da escola, e meio que se forçando nele. Mas...""Entendo." Ainda presa naquela calma esquisita e artificial, ela escaneou amultidão e viu Bonnie vindo em sua direção, e Meredith deixando suamesa. Elas tinham visto, então. Provavelmente todos tinham. Sem umapalavra para Matt, ela se moveu em direção à elas, dirigindo-seinstintivamente ao banheiro das garotas.Estava lotado com corpos, e Meredith e Bonnie mantiveram suasobservações radiantes e casuais enquanto a olhavam com preocupação."Você viu aquele vestido?" disse Bonnie, apertando os dedos de Elenasecretamente. "A frente deve estar presa com super bonder. E o que ela vaiusar no próximo baile? Celofone?""Tiras," disse Meredith. Ela acrescentou em voz baixa, "Você está bem?""Sim." Elena pôde ver no espelho que seus olhos estavam claros demais eque havia um ponto de cor queimando em cada bochecha. Ela amaciouseu cabelo e se virou.A sala se esvaziou, deixando-as em privacidade. Bonnie estava ocupando-se nervosamente agora com o laço de lantejoulas em sua cintura. "Talveznão seja afinal uma coisa tão ruim," ela disse silenciosamente. "Querodizer, você não pensou em nada além dele por semanas. Quase um mês. Eentão talvez seja para o melhor, e você pode se concentrar em outrascoisas agora, invés de... bem, perseguir ele."Até tu, Brutus? Pensou Elena. "Muito obrigada pelo apoio," ela disse emvoz alta."Ora, Elena, não fique assim," Meredith interpôs. "Ela não está tentando temagoar, ela só acha que–""E eu suponho que você também acha? Bem, isso é ótimo. Eusimplesmente vou sair e achar outra coisa para me concentrar. Comooutras melhores amigas." Ela deixou ambas encarando-a.Lá fora, ela se jogou em uma roda de cor e música. Ela estava maisresplandecente do que jamais esteve em um baile antes. Ela dançou comtodos, rindo muito alto, flertando com todos os garotos em seu caminho.Eles a estavam chamando para subir e ser coroada. Ela ficou de pé nopalco, olhando para baixo para as imagens de borboletas brilhantes.Alguém lhe deu flores; alguém colocou uma tiara de imitação de diamanteem sua cabeça.Houve aplausos; Tudo passou como se fosse um sonho.Ela flertou com Tyler porque ele estava mais perto quando ela saiu dopalco. Então ela se lembrou o que ele e Dick tinham feito com Stefan, equebrou uma das rosas de seu buquê e deu à ele.Matt estava olhando da lateral, sua boca apertada. O par esquecido deTyler estava quase às lágrimas.Ela agora pôde cheirar álcool junto ao hálito de menta de Tyler, e seu rostoestava vermelho. Os amigos dele estavam ao redor dela, uma multidãogritando e rindo, e ela viu Dick colocar algo de um saco de papel marromno seu copo de ponche.Ela nunca esteve com esse grupo antes. Eles derem-lhe boas-vindas,admirando-a, os garotos rivalizando por sua atenção. Piadas voavam detodas as direções, e Elena ria mesmo quando elas não faziam sentido. Obraço de Tyler circulou sua cintura, e ela só riu mais. De canto de olho elaviu Matt balançar a cabeça e se afastar. As garotas estava ficandoestridentes, os garotos rudes. Tyler estava tocando seu nariz umidamenteem seu pescoço."Tenho uma idéia," ele anunciou ao grupo, abraçando Elena maisapertadamente para si. "Vamos à algum lugar mais divertido."Alguém gritou, "Como aonde, Tyler? A casa do seu pai?"Tyler estava sorrindo, um sorriso grande, bêbado e imprudente. "Não, euquis dizer algum lugar onde poderemos deixar a nossa marca. Como ocemitério."As garotas gritaram. Os garotos acotevelaram uns aos outros e fingiramsocos.O par de Tyler ainda estava de pé do lado de fora do círculo. "Tyler, isso éloucura," ela disse, sua voz alta e fina."Você sabe o que aconteceu ao velho. Eu não irei lá.""Ótimo, então, você fica aqui." Tyler pescou as chaves para fora de seubolso e as chacoalhou para o resto da multidão."Quem não está com medo?" ele disse."Ei, eu estou pronto para essa," disse Dick, e houve um coro de aprovação."Eu também," disse Elena, clara e desafiando. Ela sorriu para Tyler, e elepraticamente a tirou do chão.E então ela e Tyler estavam liderando um grupo barulhento e violento noestacionamento, onde estavam se amontoando nos carros. E então Tylerestava abaixando o topo de seu conversível e ela estava entrando, comDick e uma garota chamada Vickie Bennett se espremendo no bancotraseiro."Elena!" alguém gritou, de longe, da entrada iluminada da escola."Dirija," ela disse à Tyler, tirando sua tiara, e o motor rosnou à vida. Elesqueimaram pneu no estacionamente, e o frio vento noturno soprou norosto de Elena.

O Despertar (tvd)-1Where stories live. Discover now