Visitando o museu de artes

508 123 115
                                    


 

Tea Gardner 

Após eu e o Yami sairmos da lanchonete, compramos algumas cartas. O vi tão concentrado ao lê-las, que fiquei olhando-o fixamente, notando o quanto ele era bonito — mesmo sendo tão parecido com Yugi. Fico confusa se estou interessada nele ou no Yugi. Os dois praticamente são as mesmas pessoas e, às vezes tenho ciúmes do Yugi. E quando aparece o Yami, meus sentimentos por eles ficam confusos e mais evidentes que é dele que eu gosto.
Não sei definir de verdade o que eu sinto por eles... 
Nesse exato momento, eu e ele estamos indo em direção à pista de dança, na boate. E ao chegarmos lá, ganhei a competição de dança do Johnny Step — um cara que perdeu para mim na pista e tentou me roubar. Foi atrás de mim e me desafiou para um duelo de cartas e venci novamente. Fomos para o Museu de artes, que foi inaugurado esses dias; Dominó Museum, da qual eu havia mostrado para ele, na revista. 
Me animei ao sair junto logo do lado de nada mais e nada menos, Yami. Foi um dia interessante — eu gostaria de sair assim mais vezes com ele. É uma pena que ele é um espírito, que só aparece quando é para duelar. Ao conhecer o Museu e ver as exposições do local, Yami avistou os hieróglifos na parede, mostrando os monstros de duelo dos antepassados, na exposição. Os homens que estavam na escultura eram parecido com Seto Kaiba e com ele. Ao olhar, eu fiquei chocada e, ao mesmo tempo surpresa.  
— Está aí a pista que ele tanto precisa. — pensei comigo.
Minutos depois apareceu uma mulher misteriosa — ela é egípcia e se chama Ishizu. Notei que a mulher possui um item, o colar do milênio que prevê o futuro. O chamou pelo seu nome, da qual ele não se lembra. Ela falou do duelo que terá na cidade, que era para ele participar, já que lá irá descobrir o seu passado.
Ela o disse que ele terá que lutar novamente com o Seto Kaiba e, logo após isso, nos retiramos do Museu. Cada um foi para sua casa e, em seguida me despedi dele.

Yami Yugi 

Ao chegar em casa, voltei para o enigma do milênio e conversei com o Yugi sobre o que eu e a Tea fizemos a tarde toda — e também por tirar o peso da dúvida. Sem contar que ela é uma menina doce e gentil, que sabe dar bons conselhos e ânimo, pondo a gente para cima. Ela tem uma autoestima e tanto. Nunca em minha vida, nesses cinco mil anos que estive preso, eu encontrei uma pessoa tão especial tanto quanto ela.
Esse tempo que ficamos juntos foi muito bom — ela sabe mesmo por qualquer um para cima. Depois que conheci Yugi e os seus amigos, eu descobri a importância de uma verdadeira amizade e, que me fez sair da solidão após estar destinado a ficar preso nesse enigma e salvar o mundo mais uma vez das trevas.
O que eu sinto por ela, eu não sei dizer... Ao menos se é amizade ou, algo, além do que isso, seja lá o que for não tenho chances nenhuma com ela. Nem sei se ela sente o mesmo por mim, até porque eu sou um espírito aprisionado que mais cedo ou mais tarde terá que voltar aos meus antepassados e finalmente descansar...


( continua...)

As memórias do faraó Atem Onde histórias criam vida. Descubra agora