Coração partido

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Coração partido

Yugi

Hoje eu fiquei o resto da tarde, sozinho, jogando vídeo game. Após eu terminar de jogar a última partida, resolvi ir ao banheiro e tomar um banho enquanto o meu avô não chegava. Me levantei da cama, separei uma peça de roupa e peguei uma toalha de banho. Aproveitei para dar uma olhada no meu celular, para ver se tinha alguma mensagem da Tea, mas vi que ela não estava on-line. Então eu resolvi mesmo assim escrever para ela, para saber se ela estava bem.
Quando eu resolvi ir em direção ao banheiro, o espírito de Yami apareceu. Ao vê-lo, me assustei e notei que ele parecia muito curioso.
- Oi! Tudo bem contigo, Yugi? - perguntou ao se aproximar mim.
- Oi... Tudo, e você? - respondi após o susto; me sentei na cama, ao seu lado e, comecei a mexer no meu celular.
- Bem, como foi o seu passeio no parque aquático ontem com o pessoal? E a Tea? Ela está bem? - indagou me olhando; eu ainda estava mexendo no meu celular.
- Ah, sim! O passeio de ontem? Foi bom e me diverti bastante. A Tea está bem, apesar de ter quase se afogado. Eu havia conseguido salvá-la na piscina. - eu disse animado após terminar de mexer no meu celular.
- Ah, que bom que o passeio foi legal e você a socorreu. Quem diria... Você a salvou. - disse o outro, surpreso ao saber do acontecido.
- Bom, Yami, mudando de assunto... Eu preciso te contar uma coisa.
- Sim, claro! Me conte. - me encarava curioso.
- Então... Eu quero dizer que eu gosto muito da Tea e já faz um tempo que eu quero me declarar para ela, mas eu tenho medo e fico tímido quando estou com ela. - comentei, olhando em direção a ele.
- Por que não fala com ela? Chama-a para sair, que nem o dia que eu havia saído com ela na lanchonete. Aí você se declara, que tal?
- Sim, claro! Como não pensei nisso antes, Yami?! - falei animado ao ouvir o seu conselho. - Mais tarde falarei com ela. Bom, eu vou tomar um banho e depois conversaremos.
- Ok! Então até mais tarde, Yugi. - se despediu de mim, voltando para o enigma.
Ao me despedir de Yami, fui direto para o banheiro, tomar o meu banho. Em seguida, me vesti e desci para comer alguma coisa. Comecei a fazer o jantar, já que meu avô ainda não chegou em casa. Pelo que sei, ele disse, por mensagem, que estava a caminho.
Eu fiquei pensando muito no que o Yami havia me dito e gostei muito da ideia. Espero que dê certo! Eu estou ansioso e, ao mesmo tempo, com receio de ouvir um não. Mas se não der certo, pelo menos continuaremos amigos...
Minutos depois, chegou o meu avô e o de Rebecca. Nos cumprimentamos, como sempre fazemos quando nos vimos e, depois ele foi para algum lugar da casa com o vovô.
Enquanto eu fazia o macarrão ao molho, que adoro fazer quando eu estou sozinho, dei uma olhadinha no celular e mandei uma mensagem para ela. Em seguida, ela aceitou o meu convite para sair, o que me deixou mais animado ainda. Meia hora depois, o jantar estava servido e, ao terminar, subi ao quarto e me deitei na cama vindo a dormir poucos minutos depois.

No dia seguinte...

Me levantei cedo, para ir para faculdade e, fui direto para o banheiro, fazer a minha higiene matinal. Me arrumei, descendo depois para tomar café da manhã. Após comer, me dirigir para faculdade e, ao terminar as aulas, eu e ela combinamos de ir direto para a lanchonete.
Chegando lá, fiz o meu pedido e ela fez o dela. Conversa vai e conversa vem e, eu finalmente tomei coragem para me declarar.
- Tea, eu tenho uma coisa a te dizer... - eu a olhava diretamente nos seus olhos, pegando em suas mãos que estavam um pouco frias.
- Sim, pode dizer! O que queres? Quem sabe eu posso ajudar. - ela parecia um pouco preocupada. - Você me parece tão nervoso.
- Só um pouco. - forcei um sorriso, respirei fundo e decidi continuar. - Então, Tea... Já faz um tempo que eu estou querendo te dizer que eu... Eu estou apaixonado por você. Eu não falei antes por causa da minha timidez e também por sermos amigos. É isso. - comentei todo corado, esperando uma resposta dela.
- Sério, Yugi? Nem sei por onde começar... - notei que ela estava muito surpresa. - Sobre isso, eu tenho que lhe dizer que eu também gosto de você, mas como amigo e não posso ficar com você porque estou apaixonada por outro. Eu sinto muito por isso. - disse entristecida.
- Está bem então, Tea. Já que não podemos ficar juntos como namorados, continuaremos amigos, se assim quiser, claro. - tentei disfarçar a minha tristeza e me despedi dela, a deixando só. Em seguida, chamei a garçonete, paguei a minha parte da conta e saí dali sem olhar para trás. Ao sair da lanchonete, peguei um táxi, indo direto para casa.
E, sem pensar duas vezes, segui para o meu quarto e ali mesmo comecei a chorar...

As memórias do faraó Atem Where stories live. Discover now