Capítulo 11

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— Como? — foi tudo o que conseguiu pronunciar após longos segundos de um silêncio constrangedor. O doutor o encarava muito simpaticamente, sustentando o sorriso educado, observando o recém-papai tentando não ter um colapso. — Como assim "você vai ser pai?" Como isso é possível? — sua voz aumentou alguns tons e inconscientemente bagunçava os cabelos. Pretendia ter filhos, mas no futuro. No futuro.

Céus, Stiles mal tinha vinte anos! Além do mais, Derek estava extremamente atarefado com o trabalho, com Thomas e toda a sua vida estava uma confusão... Mais um filho naquele momento era péssimo.

Qual é, pensou, Stiles nem mesmo é meu namorado ainda!

— É o que o senhor ouviu — disse o doutor. — Stiles está gestante de quatro semanas. Ou seja, daqui três dias ele completará exatos um mês de gestação — prosseguia o homem, com seu sorriso calmo, levantando a mão até um dos ombros de Derek e esfregando ali num gesto educado, tentando acalmá-lo. Já lidara com aquela situação antes, inúmeras vezes.

Derek apenas suspirou pesado, procurando algum banco para se sentar e conseguir se acalmar. O doutor somente explicava, explicava e explicava. Contudo, continuava tenso — completamente atônito e com os pensamentos a mil. O que faria? Trabalhos extras já estavam imediatamente aceitos. Bebês custam caro demais. Além do mais, é uma gravidez masculina. Alto risco de aborto e essas coisas.

Stiles precisaria de cuidado em dobro e tratamento especial.

— Doutor, doutor... Como isso é possível? — encarava o senhor de meia idade, as sobrancelhas franzidas.

— Quer realmente que eu lhe mostre como é possível, senhor Hale? - o tom do médico era brincalhão, mas a expressão divertida se fechou perante o olhar afiado de Derek. O homem de jaleco pigarreou antes de continuar. — Bem, pelo jeito vocês tiveram relação sexual sem proteção. Deveria saber dos riscos, Sr. Hale. Pelo exame de sangue que descobri de Stiles, observei que suas chances de gravidez são realmente altas. Você deveria estar ciente disso, senhor — o homem lhe encarava repreensor. Aquele tipo de irresponsabilidade era extremamente comum, o que era particularmente irritante. Preservativos existiam por algum motivo. — Por ser uma gestação de risco, como o senhor deve muito bem saber, precisarei lhe orientar sobre certos cuidados com seu esposo.

A ficha de Derek ainda não havia caído.

11h21min

Stiles se sentia realmente péssimo, a ponto de não conseguir segurar o próprio choro. A descoberta de que iria ser pai não poderia ser pior — e não pelo fato de uma pequena vidinha estar crescendo dentro se si, mas sim porque mal podia se sustentar direito — como daria conta de uma criança?!

Contar a Derek seria complicado. Stiles não fazia ideia de como fazê-lo — por onde começar? Aliás, o que Derek iria achar? Que talvez estivesse aplicando o golpe da barriga?

As ideias tenebrosas que suas mente insegura fazia questão de lancá-lo o arrepiavam. Stiles estava perdido.

— Deuses, o que eu vou fazer agora? — murmurava baixinho e em tom choroso, levando as mãos até a barriga levemente inchada. Achava que havia engordado, não engravidado! Aquilo era loucura. Loucura total.

Perdido em seus desvaneios, Stiles se assustou quando Derek adentrou ao quarto, procurando imediatamente não olhar nos olhos do homem. Não poderia contar naquele momento que estava esperando um filho... Talvez esperasse algum tempo. Além do mais, Derek lhe encarava realmente sério. Aquilo lhe assustou, um pouco.

— Como você está? — embora estivesse tenso e preocupado com a situação, Derek não conseguiu segurar o sorriso ao encarar Stiles. — Eu te trouxe capuccino. 'Tá muito frio lá fora, você precisa se aquecer por dentro, também — comentava enquanto caminhava na direção do rapaz, que prontamente se virou ao ouvir a palavra "capuccino", se pondo a sentar cuidadosamente, tomando a caneca quentinha das mãos do patrão, aproveitando o fato de estar morninho para saborear da bebida doce. — Está bom? — perguntou baixinho enquanto acariciava delicadamente os fios do garoto, sorrindo ao vê-lo assentir positivamente com a cabeça, sem abandonar a caneca em mãos.

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