A Maldição das jóias

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Já deixa a estrelinha girassóis para garantir o próximo capítulo.

Acordo em um lugar que nunca estive antes e minha consciência volta aos poucos, vem na mente a possível morte das pessoas que mais amo e também a destruição do meu lar .

Algumas lágrimas escorrem sem minha autorização, algumas horas atrás limparia elas e não permitiria que descesse mais.

Uma vez meu pai me ensinou uma valiosa lição de uma maneira infeliz mas eficaz.

Quando um dos oito Anciões ficou doente e escolheu morrer do que viver vegetando na cama, meu pai me fez fazer o coração dele parar. Roger era o mais velho do reino, conhecido pela sua imensa sabedoria. Ele me passou parte dela. Me ensinou muitas coisas, como curar feridas com chá de jabuticaba ou como marshmallow não faz uma boa combinação com café amargo. Do uma risada em meios as lágrimas que descem desgovernadas, ele me fez ter mais humanidade também.

Ele me acompanhou desde que nasci, desde os primeiros passos e palavras até o despertar e manejo dos meus poderes. Eu o chamava de Avozito, mas ele não gostava muito.

- Quando me chama assim soa como se eu fosse mais velho. - Dizia ele.

Criamos uma ligação, uma conexão muito além da compreensão.Com toda certeza ele era meu melhor amigo apesar da diferença de idade. Melhores amigos são aqueles que damos metade do nosso coração, ele dizia. E ele tinha metade do meu coração. Era ele que me levantava e colocava um sorriso no meu rosto. Eu o amava com todo o meu ser, com cada átomo do meu corpo.

Mas a vida não é eterna e nem sempre o fim que nos aguarda é um dos melhores. Ele adoeceu e escolheu morrer. Escolheu partir, descansar eternamente.

Não era uma escolha que cabia a alguém decidir ou impor a opinião. Quando ele decidiu isso, decidiu também que eu seria a última a saber.

Quando chegou o dia meu pai me chamou e viu ali sem respeitar minha dor a oportunidade de me ensinar algo.

Se não é capaz de executar uma de suas obrigações como pretende tomar o trono após minha morte?

Meu pai dizia, arrogantemente e com decepção estampada na voz. Eu não conseguia pensar ou falar nada por mais que eu quisesse, tudo que saiu de mim foram lágrimas. Lágrimas de alguém que não podia fazer nada ao contrário, que não podia curar aquele velho amigo e vê-lo mais vezes futuramente com suas falas irônicas e grande parte das vezes com um sorriso cínico .

Este era o destino dele, o destino decidido pelos deuses ou sei lá o que. O destino que eu daria o ponto final.

O encarei pela última vez, Roger tinha o semblante sereno e parecia conformado com o seu fim. Aquele olhar dizia Está tudo bem Lilizinha, os finais também são necessários. Alguns ciclos precisam ser fechados.

Roger colocou sua mão por cima da minha como se pudesse sentir toda dor que eu carregava e apertou ela, me olhou nos olhos e disse:-Eu amo você do tamanho da galáxia,quando sentir minha falta olhe as estrelas. Estarei lá torcendo por você.

Que decepcionante Lia! Ainda por cima chorando. Acha que suas lágrimas podem te ajudar? Elas são insignificantes, assim como você. demonstra o quanto é fraca e que nunca conseguirá guiar o trono. Dizia meu pai.

Cansada de toda aquela situação, de evitar o inevitável eu fechei os olhos e fiz o coração do Roger parar de bater com magia.

Não permita que suas emoções te controlem, não seja vítima delas. Precisa manter o controle, o foco. Foi o que meu pai disse antes que eu pudesse se quer abrir os olhos.

Sai da sala limpando os olhos com a manga da blusa indo em direção a sacada onde poderia ver as estrelas e disse baixinho Eu te amo do tamanho da via láctea Avozito.

E foi assim que aprendi a mais dolorosa lição da minha vida, tirando a vida de uma das pessoas que mais amava no universo.

Expulso essas lembranças da minha mente e começo a reparar que esse planeta não tem céu, apenas ao longe algo que pareça a galáxia.

Olho ao redor e não tem sinal de civilização ou qualquer outra coisa. Devo estar em uma das dimensões.

Me concentro e tento subir pelo ar indo na direção da galáxia no topo, mas não consigo sair do chão.

- Maldição. - Digo em voz alta.

Como irei sair daqui se meus poderes não funcionam? Me questiono mentalmente.

Tento mais uma vez, e outra, e várias outras. Por fim, me sento no chão já cansada de toda essa tragédia.

Então me lembro do que meu pai havia me dito a muito tempo atrás :-Algumas pedras carregam o poder do destino, elas te levam onde você tem que estar. Está é a maldição delas.

- Que ótimo, me levou pro meio do nada.-Digo a mim mesma inconformada em voz alta .
- Pelo menos não sou o único perdido neste fim de mundo ou sei lá o que este lugar seja. - Uma voz masculina me faz levantar rapidamente.

Um homem magro de pele não tão clara, olhos castanhos e um bom porte físico. Suas vestimentas estão desgastadas, sujas e em alguns lugares rasgadas. Sua estatura é alta,tem cabelos lisos e pretos com um topete que acaba deixando ele com aparência mais jovem. Tem bigode e barba que o deixa com um ar de sério e misterioso.

- Quem é você?- Pergunto com um tom ameaçador.
- Eu que deveria me preocupar em saber quem é você.- Ele diz com as sobrancelhas arqueadas e dando ênfase as últimas palavras em tom debochado.

Sem saber se ele é uma ameaça parto pra cima dele, ele se esquiva facilmente.

- Você não é amigável. Entendi. Recado dado. - Eu sou Tony Stark, o homem de ferro. - Ele diz como se seu nome fosse super famoso e eu tivesse a obrigação de saber da existência dele.

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Ainda bem que não florpou né, obrigada por isso girassóis . Não se esqueçam da estrelinha e quem sabe um comentário?xoooooxoooooo

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⏰ Última atualização: Feb 07, 2020 ⏰

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