☆Especial Brasil_Pt 13☆

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Pensando dessa forma, o senhor tem razão. Eu não devo julgar o Cold por seus erros. Ele já fez tanta coisa por mim, não merece ser condenado porque sente ciúmes.

- Acho que o senhor tem razão. - Sorrio sem graça.

- De mais uma chance ao seu namorado. Se ele foi forte o bastante pra te conquistar, vai ser forte o bastante para manter o relacionamento de vocês. - Ele sorri e volta a guardar o copos.

- Qual o seu nome? - Pergunto e ele se vira para mim.

- José, mas pode me chamar de Zé. - Ele sorri mostrando os dentes.

- Fernanda, mas pode me chamar de Fê. - Sorrio. - Foi um prazer conhecer o senhor.

- Digo o mesmo mocinha. - Ele vai até seus copos e organiza-os. - E ai Bruninho! Bom dia! - Ele fala olhando para a porta da padaria.

Olhei para a porta e sim! Lá estava Bruno sorrindo vindo em minha direção.

- Bom dia Seu Zé! - Ele acena para o senhor e se senta em uma cadeira ao meu lado. - Bom dia Nanda. - Ele sorri.

Eu não queria conversar com ele. Não queria que ele estivesse ali, mas me sinto em dívida com ele por causa de ontem.

- Bom dia. - Sorrio forçado.

- E então? Como você está?

- Bem.

- Hummm... que bom. - Não demora muito e o Seu Zé põe o misto quente na frente dele. Pelo visto ele come aqui sempre. - Vai ficar por quanto tempo?

- Duas semanas.

- Ahh. - Acho que ele percebeu que eu não estava deixando o assunto render. - Er... lembra disso? - Ele fala mostrando o cordão que eu lhe dei.

- Uhum.

- Ainda tem o seu?

- Não. - Na verdade eu tinha. Estava guardado em uma de minhas gavetas, mas ele nao precisava saber.

- Ah claro. - Ele sorri sem jeito.

Se seguiu assim por um tempo, ele tentava puxar assunto mas não rendia em nada.

- Fernanda? - Ouço a voz do Cold e arregalo meus olhos. Tudo que eu nao precisava era que o Cold ficasse bravo novamente por causa do Bruno.

Olhei para a porta e ele veio até mim. Parou em minha frente e olhou para Bruno, logo depois olhou para mim novamente.

Eu estava, obviamente, esperando uma reação dele de raiva, mas... ele simplesmente puxou o meu braço e me abraçou. Sim. Me abraçou e foi um abraço muito reconfortante.

Quando nos separamos e ele segurou meu rosto com suas duas mãos e me olhou nos olhos.

- Eu te amo Fernanda. Eu não posso mais ficar um segundo sem saber se você está mal ou não comigo. Se você não me quiser por perto... eu vou embora hoje mesmo pra Califórnia. Só me diga. - E naquele momento eu senti que eu devia perdoa-lo. Além de não surtar por eu estar tecnicamente tomando café com o Bruno, eu senti um desespero enorme só de imaginar ele indo embora.

- Eu não ... - Ele me olha preocupado. - Não vou deixar você ir. - Ele sorri aliviado. - Nunca vou deixar você ir.... - Acaricio seu rosto. - Meu palhaço. - Ele sorri mais e me puxa para o um beijo.

Aquele beijo só me fez ter certeza de tudo aquilo que eu estava sentindo.

Quando nos separamos, Cold me abraçou mais uma vez e eu me virei pro balcão.

O que me surpreendeu era que Bruno não estava mais lá. Ele simplesmente desapareceu. Porém o Seu Zé estava ali sorrindo para nós.

- Seu Zé, esse é o Cold, meu namorado. - Sorrio segurando no braço do Cold.

- Ô meu filho que prazer! - Seu Zé falaz, porém Cold não entende nada kkk claro.

- Ele disse que é um prazer. - Falo em inglês pro Cold e ele sorri apertando a mão dele. - Desculpa, ele é americano.

- Ah sim. - Ele fala por fim antes de ir atender outros clientes.

- Me desculpa mesmo Fernanda. Eu nunca mais deixarei nada de ruim te acontecer. - Cold fala e eu seguro em sua mão.

- Tudo bem amor. Errar, pedir perdão, perdoar e esquecer são coisas que fazem um relacionamento ser saudável. - O abraço de lado. Antes de sairmos da padaria eu paguei pela minha torta e depois vim andando para casa com o Cold. - Como sabia que eu estava lá?

- Te vi sair mais cedo. Não fui até você antes porque achei que você precisaria ficar sozinha para pensar.

- E não ficou bravo pelo Bruno estar lá comigo?

- Não fiquei bravo. Fiquei com muito ciúme, mas tenho que aprender a me controlar. Você não estava me traindo, estava apenas tomando café. - Ele sorri ladino ( ah esse sorriso ).

- Que bom que confia em mim agora. - Sorrio convencida.

- Sempre vou. - Ele me da um beijo na cabeça e a gente entra no prédio.

Fomos para o elevador e eu percebi que desde a padaria eu nao havia largado o Cold ainda. Ainda estava abraçada a ele de lado. Uma noite inteira brava com ele me fez ficar extremamente carente.

- Nós ainda vamos jantar com seu pai hoje? - Ele perfunta assim que saímos do elevador.

- Pois é. Tinha até me esquecido. - Rio e abro a porta. - Mas creio que sim.

- FERNANDA! - Vejo Mel me gritar assim que entro no apartamento com o Cold.

- O que foi?? - Ela vem me estendendo o celular.

- Conhece alguém? - Ela mostra uma foto com três caras.

- Claro. Esse é o Bruno. Por que? - Falo apontando para o Bruno que estava na foto.

- Não conhece os outros? - Ela pergunta e eu analiso melhor cada um. E... espera! São os caras da festa que tentaram me violentar ontem!

- Sã.. São... - Gaguejo e ela assente.

- Quem são?? - Cold pergunta.

- Os caras que queriam violentar a Fê ontem. Eles são amigos do Bruno! - Mel fala.

- Aposto que esse Bruno ai pediu para os amiguinhos dele fingirem que estavam bêbados só para ele " salvar " a Fê. - Evan fala sentado no sofa.

- Não duvido nada daquele babaca! - Mel fala.

- Acham que ele seria capaz disso? - Austin pergunta.

- Não duvido nada amor! - Mel fala a ele. - Sei que vocês são amigos, mas eu conheço essa praga a muito tempo e sei que ele é capaz de qualquer coisa.

- Mas por que ele faria isso?? - Pergunto.

- Talvez pra ter moral com você. - Jully fala.

- Ou para você ficar grata a ele. - Alex fala.

- Ou para você ficar mal com o Cold por ele levar a culpa e vocês terminarem. - Mel fala.

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Meu VizinhoWhere stories live. Discover now