III

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CAIT

Como sempre atrasada Balfe, vesti umas calças de Montar a cavalo um blusa de gola alta, estava um frio que se entranhava nos ossos. A Irlanda também é fria mas aqui nas highlands é diferente, até mesmo quando está sol, há qualquer coisa na brisa que sobe pelos pés acima e nos faz bater os dentes entrei no carro e liguei o ar condicionado no quente e no máximo, não podia chegar ao pé de Sam enregelada. Cheguei aos estábulos do Set e entrei Sam estava montado num lindo cavalo negro como a noite e movia-se numa sintonia perfeita com o animal, pura coesão, uma visão perfeita. Deixei-me estar ali à a observar o bailado do cavalo e o seu cavaleiro estava sentado de kilt, ora apertando as pernas ao seu redor ora alargando instruíndo o cavalo a fazer o que ele queria, mexi-me e devo ter feito algum barulho estranho pois o cavalo inclinou-se e apercebeu-se de mais alguém ali.. Sam por pouco não caiu. Desmontou fazendo voar o Kilt sobre as suas pernas.
-Bom dia Sam, desculpa assustei o cavalo?
-ah Donas é muito assustadisso.
-vou experimentar com esse?
-não por enquanto não, tenho aqui um para ti, Angus diz que é dócil dócil esta sra e pegando num egua castanha clara entregou-me as rédeas e disse : experimenta essa, queres montar sabes?
- Sim sei.. O meu pai ensinou-me. - respondi-lhe metendo um pé no estribo e lançando a outra perna por cima do cavalo. Sam não largou a corda que a segurava e rodou com ela corredor acima corredor abaixo para me ambientar. Não sei como nem porquê mas passado pouco tempo o cavalo começou a agitar-se tentando a todo o custo mandar-me ao chão e quando Sam começou a ver se ele se acalmava mandou um pinote que fui cair em cima de Sam derrubando-o no chão assim como eu que lá fui parar. Instintivamente ele agarrou-me pela cintura para eu não me magoar. Depois do impacto o cavalo afastou-se deixando-nos caídos em cima do feno, fiquei ali parada a sentir as mãos de Sam, ele passou lentamente as suas mãos pelas minhas costas e com o cabelo por cima dele parecia uma barreira à luz que não era muita naquele canto em que ficámos caídos, olhei para os seus olhos e em seguida para a sua boca entreaberta e naquele momento não pensei só senti, vi-o humedecer os lábios com a ponta da Língua ele aproximou a sua face e beijou-me, um beijo terno e doce ao que eu correspondi e sem dar por isso abri os meus lábios e senti a sua língua na minha boca a explorar-me intensamente. Passei a minha mão sobre o seu cabelo, sedoso e ele agarrou-me mais forte, senti com a outra mão que tinha no seu peito o seu coração num batimento frenético e nisto ele virou-se ficando por cima de mim passou a mão no meu peito agarrando-o com vontade e eu senti-o duro entre as minhas pernas arqueei-me contra ele desejando que não houvesse roupa entre nós ouvi o seu gemido - Cait-e respondi-Sam. - foram apenas uns minutos, mas quando ele tentou passar a barreira da camisola caí em mim e empurrei-o suavemente : - Não, Sam não. Que é isto, não pode ser, sai de cima de mim, por favor. - Ele levantou-se e sentou-se ao meu lado passando as mãos no cabelo - Cristo, Cait desculpa não sei o que me deu - levantou-se e deu-me a mão para me ajudar a levantar - peço imensas desculpas, a sério - olhou profundamente para mim com um ar de arrependimento sincero. - a sério, desculpa-me não volta a acontecer. - humedeceu os lábios com a língua e eu num gesto puramente por simpatia fiz o mesmo, apanhando o cabelo atrás da orelha, abanei a minha cabeça mais para clarear ideias - Sam, não foste só tu, desculpa-me também, - ficamos parados a olhar um para o outro tentando entender os gestos silenciosos de cada um - vamos encarar isto como uma experiência que tínhamos de ter um com o outro, mais um treino para as nossas personagens, não vamos fazer um vendaval num copo de água não é necessário, vamos ver as coisas assim, ok?

SAM

Cristo que fiz eu, estive quase a fazer amor com a minha copartner, fogo Heughan há limites, que merda é esta, nunca foste disto sempre respeitei o espaço das minhas companheiras de cena, eu sei fazer isso, mas ali há pouco no chão pensava que não iria conseguir parar, olhei para ela super arrependido, e pedi-lhe desculpa repetidamente. Treino? Caraças que treino, não posso é treinar nada, que desejo meu deus, ainda me doíam os tomates e se Cait olhasse para baixo ainda via por debaixo do kilt o tanto que a desejava. Entretanto alguém entrou nos estábulos, se tivesse sido há uns minutos atrás teriam-nos encontrado provavelmente nus dentro do corpo um do outro, que loucura isto não pode acontecer de novo.
Fomos para os pavilhões demos um beijo na face, atrapalhados e cada um de nós partiu para a sua casa com tanta coisa por dizer.. O encontro que eu queria tanto realizar não fomos capazes de o terminar.

A Realidade Da Coisa Where stories live. Discover now