New baby, new days

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Charlotte

Ter um afilhado era a melhor a coisa desse mundo, se eu estava toda boba por James, Mary estava mil vezes mais. Ele era apenas o bebê mais fofo que eu já vi.

No dia seguinte do nascimento dele, fomos todos ao hospital novamente visitar eles, os meninos tentavam a qualquer custo arrancar um riso ou um sorriso do James, Erick até arriscou contar uma de suas piadas mas foi impedido por um sonoro "não" vindo de todos nós.

Eu nem preciso falar do quão bobo o Zabdiel estava, ele era sorriso de orelha a orelha, aquele era de fato o melhor momento da vida dos dois.

- No que tanto pensa, amor? - Richard me abraça por trás deixando um beijo em minha nuca, me arrepio e viro de frente para ele.

- Tava pensando no quanto nossos amigos estão felizes... Parece que tudo voltou ao seu normal finalmente.

- É porque faltava nós dois pra completar o quebra cabeça - ele sorri beijando meu rosto.

Sorrio e o abraço forte lhe dando um selinho demorado. - Exatamente... Senti tanto a sua falta...

- Até das toalhas que eu deixava molhadas em cima da cama? - rimos.

- Por incrível que pareça até das toalhas molhadas eu senti falta - ri.

- Eu pensei de fazermos um jantar aqui em casa... Mary vai ter alta do hospital amanhã e achei que seria legal a gente se reunir.

- Rich, você só quer expor a roupinha da Dolce & Gabbana que comprou pro James - digo e ele ri concordando.

- Bom, você tem razão, mas eu sou padrinho, tenho que mimar meu afilhado - riu. - E também se depender do Zabd pra ele ter estilo, ele vai crescer cafona.  

Rio alto. - Então quer dizer que você se considera o mais estiloso de todos os meninos?

- Amor, - ele se afasta dando uma voltinha. - olha só pra isso - ele aponta pra si mesmo. - Não precisa nem perguntar né.

Ri balançando a cabeça. - Você é muito convencido, Camacho...

- Eu sou realista - ele pisca e me puxa pela cintura. - Agora vem cá me beijar.

E assim passamos o resto da noite, trocando beijos e carinhos até pegarmos no sono.

Me levanto cedo no dia seguinte e decido preparar um café caprichado para nós dois. Não que antes eu não fizesse, mas desde a volta com Richard eu sentia ainda mais vontade de cuidar e preparar coisas românticas para nós.

Arrumo a mesa enquanto preparo o café e logo escuto os passos dele se aproximando.

- Eu estou na cozinha certa? – ele pergunta e eu jogo um pano nele.

- Está sim seu bobo – sorrio enquanto ele caminha até mim.

- Charlotte Morris, você é a melhor namorada do mundo – ele me dá um beijo demorado.

- Estou te deixando mal acostumado não é? – provoco.

- Um pouco – ele sorri – Mas com certeza você está me deixando cada dia mais apaixonado e com a certeza que eu quero passar o resto da minha vida com você.

- Richard...

- Não estou falando isso de impulso amor, se é o que você está pensando ou só porque você me fez isso. Eu nunca tive dúvidas que você era a mulher da minha vida, mas agora eu tenho a coragem e a maturidade necessária para admitir isso.

Não seguro as lágrimas e o abraço forte antes de conseguir falar qualquer coisa.

- Eu amo você – digo – Amo o que temos e o que estamos construindo, você me faz a mulher mais feliz do mundo e eu não poderia escolher pessoa melhor para dividir a vida.

Richard abre um largo sorriso e então me beija, me colocando sobre a mesa e eu passo as pernas pela sua cintura.

- Por mais que eu queira muito ficar aqui – digo entre os beijos – O café está esfriando.

- Droga – nós rimos – Só vou parar porque eu estou com fome e nós precisamos ir no mercado depois e preparar tudo, vamos ter trabalho.

- Estou prontissima chefe.

- Agora eu sou o chefe? – ele ergue a sobrancelha.

- Não se acostuma não – dou risada e começo a nos servir.

...

Depois de ir ao mercado e praticamente comprar metade do que tinha lá, eu e Richard começamos os trabalhos e realmente, cansamos de tanta coisa que estávamos fazendo.

Preparo a mesa enquanto ele termina a sobremesa e vou correndo me arrumar para não atrasar.

Opto por uma blusa branca e uma calça jeans clara e deixo meu cabelo solto.

- O que você acha de eu cortar o cabelo, amor? - olho para Richard que sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura.

- Acho que você vai ficar mais gata do que já é e que vamos ter problemas.

Rio e me viro para ele. - Por que teríamos problemas?

- Porque você vai ficar mais sexy e eu vou ter que te agarrar a todo minuto e não iremos fazer nada além de transar. O que eu não me incomodo de jeito nenhum.

Solto uma gargalhada e balanço a cabeça. - Você é um safado que só pensa nisso.

- Em minha defesa, não tenho culpa se somos ótimos nisso.

Reviro os olhos rindo. - Vai se arrumar que eu vou terminar de colocar a mesa.

Ele assente me dando um selinho e eu desço indo arrumar o resto das coisas.

Os primeiros a chegar foram Mary e Zabdiel, como James estava dormindo ficamos conversando na cozinha e bebendo um pouco de vinho enquanto esperávamos os outros.

Logo depois que todos chegaram nós fomos jantar, Richard e eu havíamos preparado um Fish and Chips, que era um peixe empanado, frito e temperado com sal e vinagre de malte, e claro, acompanhado com bastante batata frita, era um prato típico de Londres que eu já havia feito para ele algumas vezes e ele amou, agora de sobremesa havíamos feito um Petit Gâteau. 

Depois de jantarmos, nos reunimos na sala e começamos a jogar conversa fora, até jogamos vídeo game, meninos contra meninas e é claro que venceu foram nós mulheres e como prenda nós maquiamos os meninos e fizemos eles tirarem bastante fotos. Foi uma noite bastante divertida.

- Foi ótimo você ter feito aquele prato, matei um pouco a saudades de Londres - Mary diz rindo.

- Eu ia fazer um outro prato típico de lá mas o Richard repetiu o prato duas vezes quando eu fiz pra ele da primeira vez que eu achei que seria melhor esse - nós rimos.

- Vocês parecem tão felizes... - ela sorri e eu também.

- Nós estamos... Ele disse hoje que cada dia tem mais certeza que quer passar o resto da vida comigo...

- Isso quer dizer o que eu estou pensando...? - ela sorri toda animada e eu rio balançando a cabeça.

- Se você está pensando em casamento, não, não é isso. Bom, a gente não conversou sobre esse assunto, mas eu não estou na esperança de que ele me peça em casamento.

- Talvez ele te surpreenda... - diz cantarolando.

Rio balançando a cabeça. Não seria de tão ruim assim...

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