Capítulo 39

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Três anos e cinco meses depois

- Pare de correr Lucy. - Donna pede. - Vai acabar caindo.

- Tô tome mamãe. - Bryan fala com a voz dengosa.

- Quando você não está com fome meu amor? - Beijo sua bochecha.

Bryan ama comer, provavelmente puxou a mãe nesse aspecto. Estou ensinando meus filhos desde pequenos a comer comidas saudáveis, e apesar deles rejeitarem logo de cara, com o tempo estão se acostumando.

Pego Bryan no colo, em seguida lhe dou a mamadeira que havia colocado sobre a mesa.

Lucy se levanta após cair, e começa a chorar escandalosamente.

- Dodói mamãe. - Ela aponta para um ralado na mão.

- Deixa a mamãe beijar para sarar.

Pego sua mão e dou um beijo, e no mesmo instante ela para de chorar e exibe um sorriso largo.

Como sempre meu coração salta no peito de tanta felicidade e orgulho. Nunca vou me cansar de ver o sorriso tão inocente no rosto dos meus filhos.

- Está melhor agora? - Enxugo as lágrimas do seu rosto.

Lucy balança a cabeça em concordância e logo em seguida começa a correr novamente.

- Você vai cair de novo Lucy. - Digo.

É a mesma coisa de não falar nada, e ela continua correndo energeticamente.

Lucy e Bryan são gêmeos fraternos, suas personalidades são totalmente diferentes.

Bryan é mais quieto, gosta de ficar no colo sendo paparicado, e é mais amoroso e meigo.

Lucy também tem seus momentos de meiguice, mas é menos que o irmão. Ela é energética, e não para um segundo sequer. Ela só sossega quando está dormindo, mas passa a noite se revirando e resmungando no berço.

Lucy puxou o pai em todos os sentidos, enquanto Bryan puxou a mim. Da última vez que veio nos visitar, Elisa trouxe uma foto do Mateo quando criança, e Lucy é a cópia exata do pai quando pequeno.

Quando fui ao médico e soube que seria mãe de gêmeos fiquei em choque. Eu amei a notícia, mas com a felicidade veio preocupações. Eu teria que sustentar duas crianças, então eu teria que trabalhar o dobro.

Por sorte eu havia conseguido o emprego na escola, e ainda estou trabalhando, mas no momento estou de férias.

Elisa ficou feliz quando soube que seria avó de gêmeos, e mesmo ela não me falando nada, eu pude ver que ela gostaria de dividir o momento com o filho, mas não fez isso.

- Donna. - A chamo.

- Sim?

- Olhe Lucy para mim. - Peço. - Vou colocar Bryan no quarto, já volto.

- Não se preocupe querida. - Ela fala.

Meu bebê acabou adormecendo enquanto mamava, então vou colcocá-lo no quarto, para depois fazer Lucy também dormir.

Não é uma tarefa muito fácil, pois ela só dorme quando está completamente esgotada, mas estou tentando acostumá-la a dormir durante o dia.

- Lucy, se não sossegar vou te deixar de castigo. - Falo séria quando ela continua correndo.

Ela para no mesmo instante porque apesar de ser pequena, ela me obedece quando falo com seriedade.

Ela faz biquinho enquanto seus olhos se enchem de lágrimas. Isso corta meu coração, mas preciso me manter firme, porque ela precisa saber o que é limites desde criança.

Entre a vingança e o amor Onde histórias criam vida. Descubra agora