1- A Garota Misteriosa

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Cap 1- A Garota Misteriosa

NARRADOR ON

Lia-se no velocímetro 140 km/h, mas o pensamento de diminuir a velocidade não passou pela cabeça da garota. Ela tinha um objetivo: chegar logo ao fim daquela estrada deserta e se deparar finalmente com as luzes da cidade, que logo se acenderiam ao final do pôr do sol. A cidade que era seu destino, à distância, apresenta-se como tantas outras pequenas cidades em todo o mundo. Segura. Decente. Inocente. Fique mais perto, e você começa a ver sombras embaixo. O nome da cidade é Corning. Seu destino era esse lugar exatamente pelas sombras que o rodeiam, mas sua atração por essa escuridão era desconhecida. Enquanto os cidadãos, ainda falavam sobre a "tragédia do dia quatro de julho" do primeiro dia das férias de verão do ano passado, mal eles sabiam que um novo mistério entrava nesse momento na cidade.

RILEY ON

Definitivamente, o dia quatro de julho não foi feito para ser um dia bom para mim. Eu deveria estar comemorando o início das férias, massss... Parece que todos os acontecimentos ruins podem acontecer durante todo o ano, acontecem exatamente nesse dia. Podem não ter encontrado o corpo, mas depois de um ano sem uma ligação dele, eu sei que August realmente morreu.
Sim! Hoje é dia quatro de julho, o dia em que o meu irmão morreu ano passado e agora, como se não fosse suficiente o meu sofrimento, minha namorada acabou de me dar um pé na bunda. Para evitar ficar sofrendo, decidi erguer a cabeça (ou pelo menos tentar) e sair de casa. Dirigi até o Pop's, entrei e sentei num dos bancos do balcão. Peço um milkshake de morango e quando chega, começo a tomar devagar para saborear. Enquanto isso, olhava a grande janela, como se esperasse algo interessante acontecer do lado de fora. Observo por mais um tempo e acabo ficando com tédio, vou virando o banco devagar, mas algo chama minha atenção novamente para o ladies fora. Do outro lado do vidro, vejo alguém chegando numa moto, mas não qualquer moto, até eu que não sou especialista nessas coisas poderia afirmar que aquela moto era tão cara quanto era bonita. A pessoa coloca as mãos no capacete e o tira da cabeça, logo uma cascata de cabelos loiros caí pelos ombros da linda garota que aparece por debaixo do capacete. Ela se dirige para o balcão e finjo que não vi nada demais. Meu coração bate estranhamente rápido.
Ouço o som da porta abrindo e se fechando, para logo o assento bem ao meu lado ser ocupado pela garota. Ela pega o cardápio e parece pensar no que pedir, enquanto isso, eu observo, ela é baixinha, seu é cabelo loiro e ela veste uma roupa toda preta e de couro junto com uma jaqueta também de couro. Ela olha para mim e eu desviou o olhar

NARRADOR ON

A garota misteriosa, percebe o olhar da morena e de forma mais discreta, a analisa de cima a baixo, seus cabelos morenos chamativos e seu vestido rosa simples. Depois ela se vira com um sorriso animado e chama.
-Ei- a morena se vira para ela e a garota leva um susto ao perceber de quem se tratava, mas logo voltou ao normal, embora a reação não tenha passado despercebida pela morena.- Você tem algo para me indicar que seja muito bom? Eu como de tudo, então pode ser qualquer coisa.- O número 28 é bom.- ela se limita a falar, se perguntando o que a estranha havia visto nela que a assustou.
Sem pensar duas vezes, é o prato que pede. Ela espera que seu pedido chegue, enquanto Riley volta a pensar como odiava aquele dia e sua expressão séria e triste não passou despercebida pela garota loira.
-Desculpa a intromissão: O que está te aborrecendo?- a morena olha um pouco espantada com a pergunta repentina.
- Não é nada, estou bem.
- Não acreditei em uma palavra.- diz sorrindo, brincalhona.- O que uma bela flor faz aqui sozinha? Não parece normal.
Apesar de não conhecer a garota, Riley não ficou incomodada com as perguntas e também não se importou em respondê-las.
- Minha namorada acabou de me dar um pé na bunda.- A outra garota dá uma risada incrédula e Riley franze as sobrancelhas.
- Ela é cega, burra ou doente?- Riley acabou rindo do comentário.- Talvez os três de me permite dizer, Tipo, você é muito bonita.- percebendo que sua frese poderia ser mal interpretada pela morena, ela acrescenta atrapalhada- N-Não pense que estou dando em cima de você nem nada do tipo. É só que...
- Na verdade nem passou pela minha cabeça.- ela estava falando a verdade. A morena achou a garota adorável e até mesmo com uma inocência atrativa.
- É só isso que te aflinge?- a gatona baixinha pergunta mudando o rumo da conversa.
- "Só".- ela faz aspas com os dedos, sorrindo desanimada.- Não é bem assim que eu penso, afinal achei que ela fosse a pessoa certa para mim.
A comida chegou e a garota começa a comer enquanto ouve Riley reclamando de como ela achava que sua ex-namorada era quem ela achava ter sido feita para ela.
- Se ela não é a certa, a deixe para trás e siga em frente.- o jeito que ela falava parecia tão simples que até arrancou um riso da morena.
- Você sabe que não é bom assim que funciona.
- Olha, você já ouviu falar na chamada "Metade Platônica"?- Riley balança a cabeça negativamente.- Há alguns séculos, um carinha muito inteligente disse "amar é encontrar". Essa frase vem de um mito grego que conta que os homens eram assim.- ela pega um guardanapo e uma caneca em seu bolso e desenha um homem com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, porém com só um coração.- Porém os humanos têm tendência a fazer merda, então se você fala para a criatura mexer com os deuses, ela vai lá e faz isso, óbvio que deu merda. Como punição Zeus jogou um raio é repartiu o homem exatamente na metade, assim tem dois braços e pernas para cada lado e só metade do coração. A morena prestava total atenção no que ouvia, era realmente interessante.- O castigo dos homens foram ficar incompletos e serem obrigados a encontrar a sua outra parte para que ficassem completos.
- Daí surgiu o termo "sua metade".
- Exatamente. Quando você encontrar sua metade, não importa o que aconteça, no final você irão ficar juntos. Ela irá te fazer completa e feliz. O difícil óbvio, é encontrar, por isso "amar é encontrar" e daí que surgiu o termo Metade Platônica, só que hoje em dia só se diz metade mesmo.
- É uma boa história. Você acredita nisso?- pergunta Riley encantada com o conhecimento da outra.
- O importante não é o que eu acredito ou deixo de acreditar, a conclusão é sua.- diz rindo com a confusão da morena.- Foi bom conversar com você, sweet. Mas eu tenho que ir.- diz se levantando.
- Ir encontrar sua Metade Platônica?- a garota de cabelos loiros abre um sorriso grande, que aos olhos de Riley foi adorável.
- Talvez eu já tenha encontrado, nunca se sabe.- a diz divertida.- Até mais!
- Ei, espera. Eu não sei seu nome!
- Nem eu o seu, estamos quites.- ela dá uma piscada inocente para Riley.
Dito isso, ela sai da lanchonete e deixa Riley mais curiosa para saber sobre a nova pessoa que chegava à cidade.
- Com certeza uma garota misteriosa.- diz sorrindo

A garota acabava de entrar em sua mais nova casa, que ficava exatamente no centro de Corning, dali era possível chegar em qualquer canto o mais rápido possível. Ela entra em seu apartamento e acende as luzes, revelando uma cobertura grade e bonita.
- Bem vinda a sua mais nova casa, Maya.- ela diz para sí mesma.- Vamos começar o trabalho.

Oieeee galera. É a primeira vez que eu to escrevendo, então espero que vocês gostem. E não esqueçam de passar nos perfis da Moechan7 e da Malchan28 elas são ótimas escritoras, byee.

Minha Metade Misteriosa [Rilaya]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora