2- O Inicio

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RILEY ON

Já faz 15 dias que encontrei a garota misteriosa e desde esse dia, não a tiro da cabeça. Não sei se foi o modo como ela chegou como se fosse dona da porta toda, se foi seu sorriso puro ou até mesmo se foi a história que contou, ou talvez lá no fundo eu a tenha achado gosto- quer dizer, com um corpo muito atraente (Não vamos deixar nosso lado vir à tona desse jeito né). Só sei que quero encontrá-la de novo.
Hoje está um dia lindo, ensolarado e quente. Como não tenho nada pra fazer, decidi colocar uma roupa de correr, short de laicra vermelho e uma blusa sem mangas que cobria até a altura do umbigo. Aproveito que meu pai está indo trabalhar e ele me dá uma carona até o parque central de Corning. Faço uma leve corrida em volta do parque, passo por todos os lugares, corro e corro como se aquilo aliviasse meus pensamentos. Já estou dando a quarta volta quando vejo ninguém menos do que a garota de cabelos loiros sentada num banco segurando caderno e um lápis totalmente distraída, ela usava algo parecido com o da última vez, tudo de couro preto e a jaqueta, ela não está assando viva não? Frita vai ficar mais gostosa, tenho que parar de pensar isso. Vou até ela já estampando um sorriso idiota.
- O que uma bela flor faz aqui sozinha?- ela parece levar um susto e me olha sorrindo.
- Plágio é crime sabia?- diz rindo- Aproveitando o lindo dia que está fazendo.
- Como você não está morrendo queimada com essa roupa?- ela olha para as roupas que está usando e depois para as que eu uso, seu olhar percorre meu corpo e eu sinto um arrepio, não tem nada de malicioso no seu olha, só uma análise bem feita, mas isso me faz corar. No fundo eu queria que ela tivesse me comendo com os olhos, afinal eu sei que tenho um corpo divino.
- Me acostumei a usar independente do calor.
Mesmo com a roupa cobrindo cada centímetro de pelo do seu corpo, dava para ver como seu corpo é bonito, suas curvas eram bem acentuadas, principalmente os seios. Que diabos eu estou pensando?! Não sou santa, mas perversão está chegando a outro ponto aqui na minha mente. Um silêncio se instalou e ficamos só olhando o que acontecia em volta, até sair quebro o silêncio para perguntar algo que me consumia a 15 dias.
- Dessa vê você vai me dizer qual é o seu nome?- ela coloca a mão no queixo como se tivesse pensando.
- Só se você me disser o seu primeiro.
- Riley, Riley Matthews
- Maya Penelope Hart, mas pelo amor de Jesus Cristinho me chame de Maya.
- Certo, Maya. Gostei do seu nome
- Eu também gostei do seu, mas vou te chamar de Honey .- ela solta uma risada e eu sorrio.
- Dá onde surdiu essa intimidade toda?- digo fingindo indignação.
- Ah, aquela intimidade que eu não tenho, mas eu não ligo. Se eu for me preocupar com formalidades, eu vou para uma corte.- voltamos a ficar em silêncio e dessa vez ela que o quebra.- Já está mais de boa em relação àquilo que te incomodava?
- Já, como você disse, segui em frente, na verdade não pensei mais nisso.- Antes que o silêncio ocorresse, perguntei para ela.- O que te trás a Corning?
- Assuntos inacabados.- ela se limita a dizer e seu sorriso diminui.
- Isso é muito vago. Por acaso você é algum tipo de espiã do FBI que veio me investigar?- ela solta uma risada.
- Investigar você? O que vou descobrir? Que você pega o cartão de crédito da sua mãe e gasta em roupas chiques? Honey, você não parece do tipo obscuro. Ou será que é?- seu tom sugestivo me faz pensar em um tipo diferente de obscuro.
- Se você passar na minha escola, vai descobrir que me chamam de EvilGirl e eles têm motivos.
- Ora ora, temos uma nova Regina George de Means Girls.- a questão dos assuntos inacabados foi completamente desviada. Conversamos sobre coisas banais até meus estômago roncar indicando que queria almoçar- Alguém está com fome.- fico sem graça.- Vamos comer, me fica um restaurante bom que eu te levo.
Falei sobre um restaurante japonês novo que tinha comida excelente e ela disse que era para lá que iríamos então. Maya me leva até sua moto e me entrega um capacete, meio despejada eu subo na moto e sem graça passo meus braços em volta dela. Sinto um calor confortável ao estar tão perto dela, imagina se ela tivesse com pouca roupa, eu morria. Chegamos bem rápido no restaurante e escolhemos uma mesa na parte de fora, fizemos nosso pedido e enquanto isso, conversávamos.
- Maya, quantos anos você tem?- eu não sei nada sobre ela e quero descobrir.
- Vai ser um interrogatório?- diz sorrindo.
- Isso mesmo Maya Penélope Hart, você foi acusada de roubo e tenho que ter suas informações.
- Acusada de roubar o que, Detetive Decker?- aquela referência que eu capto e rio. Acabo tendo que pensar no que ela roubaria.
- Roubar a cena toda vez que entra num local.
- Assim você vai ter que se prender também. Você chama muito mais atenção que eu. Mas enfim. Tenho 17 anos, estava morando em Nova York por uns cinco meses e decidi mudar para cá, minha cor preferida é vermelho e eu gosto de desenhar e tocar violão. Está bom esse número de informações?- balanço a cabeça afirmando.- Minha fez de te perguntar. O que pretende fazer nessas férias?
- Eu pretendia ir na viagem de uma semana que o colégio ia fazer, mas parece que vão cancelar, porque ficou em cima da hora e não tem lugar que ocupe tanta gente perto da praia. Fora isso, eu iria passar com minha ex indo para Las Vegas, mas isso também já era. Então vou ficar sem fazer nada mesmo.
- Claro que não. Sempre que eu te ver, vou arranjar algo para fazermos.
- Então você vai ter que aparecer mais do que só a cada 15 dias.
- Eu te tentarei, prometo.
A comida chegou e como esperado estava deliciosa. O telefone de Maya toca enquanto comíamos indicando que umas mensagens chegaram.
- Não vai ver as mensagens?
- É provavelmente meu amigo querendo saber que horas vou vê-lo, nada que eu não possa ver depois.
- Amigo? Já tem um paquera na cidade?- invejinha desse sujeito.
- Credo. Nem que ele fosse o cara mais gato do mundo.
Agora que eu paro para pensar. Maya ouviu que eu tinha uma namoradA, ou seja, ela sabe que eu gosto de garotas, mas eu não tenho nem ideia se ela gosta de garotos, garotas ou os dois. Só que agora não é o momento certo para conversar sobre isso. A conta chega e Maya me impede de pagar a minha parte, dizendo que ela convidou então ela que paga. Depois Maya me deixa em casa e seguiu rumo.

NARRADOR ON

Riley estava numa das mesas do Pop's e vê o lugar quase vazio, além dela só avisa mais 10 pessoas, sendo uma dela um conhecido: Farkle, que esperava por sua companhia. Está um certo silêncio então foi fácil para Riley ouvir a porta abrindo e os passos se dirigindo até a mesa de Farkle. Ela leva um susto ao ver Maya se sentando com ele e ficou curiosa para saber da que se tratava. Mas dali não conseguia ouvir.
- Desculpa, estou atrasada.- disse Maya.
- Isso irá te custar mais hambúrguers.- Maya revia os olhos.
- Tá, te dou quantos você quiser.
- Então, o que você queria falar comigo?
- Eu seizure está escrevendo sobre o assassinato do August Matthews.
- Em quinze dias você parece ter conseguido mais informações do que eu! Você sabe quem matou?
- Fala baixo, idiota. Eu não tenho certeza ainda, mas eh tenho um suspeito só que não é fácil saber seus movimentos, além do mais, ele não pode nem sonhar que eu estou aqui.
- Me diga que Riley Matthews faz parte da sua investigação.
- O que?
- Eu te vi andando por aí com a garota em sua moto. Vai mesmo se relacionar com uma Matthews.
- Você escutou o que disse? Caramba, Farkle, eu nunca manipularia o sentimento de alguém.- Farkle olha pra ela de forma debochada.- Eu até posso manipular ações para que no final tenha o resultado que quero, mas nunca brincaria com os sentimentos de alguém. Riley parece ser legal.- A morena não entende direito do que se trata a conversa, mas sentiu o seu coração acelerar.- Mas isso não vem ao caso. Quero falar com seu pai.
- Não me peça isso.
- Só quero encontrá-lo, está na hora de conhecer o líder dos Serpentes e ter uma conversa com ele. Stuart pode ser uma peça chave no meio desse enigma.
- Certo. Mas agora eu tenho uma pergunta para você.
- Fala
- Você veio falar comigo porque eu estava pesquisando sobre o assassinato de August, mas o que atravessa do dia quatro de julho tem haver com o que você veio fazer aqui?- Maya não responde.- A não ser que você desconfie ser a mesma pessoa. Meu Deus Maya, me diga que você não está envolvida com isso.
- Acha que eu matei o August? Pelo o que? Vingança? Claro que não! Sou muito pior quando o quesito é vingança.- August, assim como Riley, não tem nada a ver com o que aconteceu antes.
Riley percebendo que a conversa demora, decidiu sentar mais perto e ouvir o que os dois falavam.
- Okay. Só me prometa que vai evitar problemas.
- Se pro problema você quer dizer Riley Matthews, não vai rolar. Até que achei ela... interessante. Só porque eu vim tratar de hm assassino, não quer dizer que não possa me divertir no processo.
Riley não entendeu nada, só conseguiu ouvir as últimas duas frases proferidas por eles. Mas não gostou nem um pouco sobre o jeito que Maya falou sobre ela. "Se divertir" ela diss, e a morena se sentiu como uma espécie de prêmio ou algo descartável, ficando com raiva.

To entediada hoje então toma outro capítulo, e de novo, não esquece de conferir as fics da Malchan28 e da Moechan7

Minha Metade Misteriosa [Rilaya]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora