Essência

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 Eu vou me estrangular por dentro, enquanto endireito minha postura e as cicatrizes vão crescendo.

Serenidade cozida; a última refeição. Ele ataca a sua presa sem nenhuma compaixão.

Dentes de leite lembram-me do passado, nostalgia florescendo em teu sonho desfigurado.

Alguma inclinação insana eu oro para que me apareça, para me tirar dessa monotonia e dessa inexpressiva tristeza.

Rosários não mais me encantam, agora tenho um gosto interessado por relâmpagos, mas a natureza me estranha.

Levo a vida como tal, um relâmpago com um feixe de luz surreal.

A desordem das vespas na jarra me parece inquietante. Resolvo o problema com o tempo que penso ser relevante.

Vaga-lumes rodopiam na noite, e a fogueira espanta a luz do luar. O incenso queima e em minha consciência já não há sobre o que pensar.

Cianeto lhe sufoca nessa vida silenciosa. Bela em sua essência, intensa como uma morte dolorosa. 

Escrevendo cançõesWhere stories live. Discover now