a heart i swear i'd recognise (is made out of my own devices)

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Clarke Griffin está caída sobre a mesa da Grifinória no Salão Principal, a cerca de um centímetro de distância de encarar seu café da manhã. As últimas noites a viram na sala comunal da Grifinória até a meia-noite, ocupada trabalhando em um ensaio para a Transfiguração. Ela acorda assustada quando algo cai ao lado de sua cabeça com um baque pesado.

— E aí, Griffin?

Raven Reyes sorri presunçosamente para Clarke enquanto sobe no banco ao seu lado.

— Você tem sorte de eu não ter energia para azarar você — Clarke resmunga, empurrando a sacola de Raven para longe de onde ela tinha deixado sem a menor cerimônia.

— Oh, por favor —Octavia Blake zomba quando se aproxima das duas meninas e se senta em frente a elas. — Se você azarar Raven, isso só lhe daria uma desculpa para ir para a ala hospitalar e dar em cima de sua mãe enquanto ela é consertada.

Clarke enruga o nariz.

— Sério, Raven? Minha mãe? Você não tem respeito?

— Eu não posso mudar o fato que Madame Griffin é fácil de agradar os olhos — diz Raven despreocupadamente, agindo como se as pontas de suas orelhas não estivessem vermelhas. — Se ela não tivesse me rejeitado-

— Duas vezes — Octavia interrompe enquanto enfia salsichas e bacon em seu prato.

— Só porque seria uma relação inadequada no local de trabalho, já que eu sou uma estudante e ela é a matrona da escola — ressalta Raven. — Se isso não fosse um problema, então eu poderia ter sido totalmente sua nova madrasta, princesa.

Clarke sabe que sua amiga está apenas brincando, mas ela joga alguns de seus ovos mexidos frios em seu rosto de qualquer maneira.

— Não me teste, Raven; estou no meio do caminho para mandá-la de volta para a mesa da Corvinal, onde você pertence. E não me chame de princesa.

— Você não diz ao Finn para parar de chamá-la assim — Raven provoca.

Clarke sabe que Raven está se esforçando para manter seu tom leve, mas ela ainda pode sentir a mordida sutil em suas palavras. Ela suspira pelo jeito que os olhos de Raven endurecem um pouco, e ignora como Octavia abandonou o café da manhã em favor de olhar entre as duas com preocupação.

Finn Collins é um menino da Lufa-Lufa que recentemente expressou um interesse romântico em Clarke. Ela admite que ele é um pouco fofo, com seu sorriso fácil e seus olhos castanhos quentes. Mas há toda uma história de infância entre Raven e Finn — um primeiro encontro, um primeiro beijo, um primeiro amor; tudo bem antes de qualquer um deles colocar os pés em Hogwarts — e apesar do fato de que eles terminaram há um tempo agora, Clarke nunca poderia machucar Raven assim.

— Raven — Clarke começa com sinceridade. — Eu nunca faria isso com você. Eu sei o quanto Finn significa para você, mesmo depois de todo esse tempo.

Há alguns segundos de silêncio tenso, mas Raven finalmente relaxa novamente.

— Sinto muito por estourar, Clarke. Eu só... — Raven exala pesadamente pelo nariz. Clarke lhe dá um sorriso consolador. — É o Finn.

Clarke acena com a cabeça. Ela sabe que Raven odeia falar sobre seu relacionamento fracassado com Finn, então ela cutuca o prato vazio de Raven e gesticula para os pratos cheios de comida.

— Melhor pegar algo antes que desapareça. Os elfos domésticos não mantêm tudo na mesa para sempre. Acredite, eu tentei perguntar.

Raven lhe dá um sorriso apreciativo. Octavia volta a comer seu café da manhã, aparentemente convencida de que suas duas melhores amigas resolveram o problema, e um silêncio confortável segue.

the sky itself will carry me (back to you)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora