Conheçα α próxımα hıstórıα

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AKINLI.

(...)

Estou a bons trinta minutos vendo minha mãe passar de um lado para o outro com a decoração da festa de Amren, ou ajeitando algo que não está certo. Nuala e Cerridwen tentam acompanhar seu ritmo.

Vou até a beirada da Casa do Vento e observo a cidade lá embaixo. Por alguma razão desconhecida a sensação de que algo incrível e aterrorizante acontecerá nesse dia passou por mim.

Com certeza é só bobagens da minha mente.

— Akin — mamãe chama. — Vá buscar Amren, faça de tudo para que ela não desconfie dá festa.

Aceno, então atravesso até a loja em que Amren está. Abro a porta, a fêmea conversa alguma coisa com a vendedora.

— Feyre já acabou de preparar a minha festa surpresa? — ela olha para mim de relance.

Faço uma careta ao responder:

— Minha mãe não está fazendo tal coisa — minto

— Então por que ela disponibilizou você gentilmente para que viesse buscar minhas compras? E que me levasse para a Casa do Vento ao invés do meu apartamento? Já esqueceu que eu sempre descubro minhas festas supresas, Akinli? — faz uma pausa — Confesso que os esforços de Feyre esse ano valeram a pena, só consegui descobrir ontem.

— Não seja tão chata Amren, e pare de tentar descobrir as coisas — cruzo os braços.

— É mais forte que eu — me lança um enorme sorriso então se despede da vendedora.

Andamos algumas ruas, com ela me contando detalhadamente como conseguiu descobrir sobre a festa. Até que paramos em frente as escadarias da casa.

— Tente pelo menos fazer uma boa reação de surpresa — peço. — Mamãe está animada para isso.

— Claro — seu sorriso se alarga, antes que eu possa atravessar, a fêmea estala os dedos e faz isso por mim.

Foi mais rápido que um piscar de olhos. Logo em seguida vem às náuseas e o mal estar.

— Fico assim quando viajo pela escuridão. E eu não posso ficar assim na minha festa surpresa. — Amren murmura e pisca para mim.

Quando me recomponho, começamos a andar para dentro da casa, nesse exato momento, todos saem dos seus esconderijos nem tão secretos assim, gritando:

— Surpresa!

Amren realmente tentou fazer sua melhor cara de surpresa, mas falhou miseravelmente. A Grã-Senhora desanimou por completo quando viu que ela já sabia da comemoração.

— Você tem que parar com isso — ela pede e estala os dedos fazendo com que toda decoração apareça,  inclusive o bolo, que parece ótimo.

— É mais forte que eu, você sabe Feyre. Obrigada por tudo, mas cá entre nós você poderia ter me dado jóias.

Solto uma risada baixa e me sento nos degraus da entrada da casa. Mamãe e Amren ainda discutem sobre isso. Meu pai, Cassian e Azriel estão em um canto dançando de um modo, muito, mas muito engraçado.

Nestha conversa pacificamente com Lucien. Elain fala algo com Mor sobre o jardim que tinham criado juntas ali.

Taryn e Anakin, sorridentes, ouvem alguma reclamação de Aster.

Então eu sinto.

Sinto aquela sensação de algo incrível e aterrorizador prestes a acontecer. Algo dentro de mim começa a se agitar em uma intensidade anormal, levanto aflito e faço círculos em volta do coração para ver se para.

Não para.

Pelo Caldeirão o que é isso?

Estou prestes a pedir ajuda para alguém quando um enorme portal redondo se abriu no céu.

Todos se entreolham, e não demoram para sacarem suas armas se preparando para o pior.

De repente algo caí de dentro. Não, não algo, mas alguém.

Essa coisa dentro de mim simplesmente para. Não está se remexendo a toa, mas sim, tomando uma forma específica.

Minha respiração fica irregular, eu suo frio, não tenho certeza se estou vivo.

Correndo as pressas Taryn grita para a pessoa que está desacordada no chão:

— Serina!

Os outros suspiram aliviados e guardam suas armas, quando se afastam posso ter a visão dos cabelos dourados da fêmea.

O mundo parece parar, e eu só ouço as batidas incontroláveis do meu coração. Não tenho mais controle do meu corpo, quando me dou conta eu já corro em direção as duas.

Paro em frente a jovem fêmea feérica que estava desacordada. Quando vejo seu rosto... Eu sei.

Tenho certeza que é ela, a pessoa por quem eu esperei até agora. Fico congelado, paralisado. Não perco o fôlego de repente; em vez disso, o ar pareceu me escapar lentamente até não me restar mais nada. E tudo que consigo pensar é... Estou acabado.

— Algum problema filho? — meu pai pergunta se aproximando.

Um enorme sorriso toma forma em meu rosto.

Aquela coisa que agora tinha uma forma definida, brilha como a luz do sol. Minhas pernas fraquejam quando eu digo:

— Ela é minha parceira.

Então caio de joelhos.


(...)

Esse é um dos capítulos de Corte de Chamas e Luz Estelar, a segunda história da Trilogia Cortes, que vai seguir o jovem Akinli.

Adicionem na biblioteca de vocês, cometem/votem bastante.

Até o próximo livro!

Corte de Primavera e Escuridão Where stories live. Discover now