Diminuições de restritos.

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Ana Clara Caetano.

Caminhei sem rumo a noite toda. Estava destruida. Trouxe junto a mim o arco e flecha da Bárbara.

Em rumo a caminhada matei 11 a flechadas. Eu sei, estava tentando aliviar a dor causando dor.

Agora só restava 24 restritos. E e a área ficando maior e mais fácil de andar.

Eu que não gostava de matar ninguém, estava sentindo um prazer enorme. Ver alguém sem vida estava sendo minha diversão.

Engato a flecha no arco e deixo na posição de ataque. Observo o território. Eu estava ouvindo passos. Me viro rapidamente já disparando minha arma quando vi o rapaz atrás, mas pro meu azar, ele também disparou. A sorte que minha flecha acertou o seu peito, e a dele a minha coxa.

- Otário!

Me sento no chão e olho o machucado. Droga!

Seguro firme a flecha e puxo-a. Sem querer dou um grito pelo puxão. Comecei a chorar pela dor, insuportável.

Arranco uma pedaço da manga de minha blusa de frio e coloco na minha coxa para estancar o sangue.

Assim, que vejo a dor diminuir me levanto. Mais um tiro de canhão, menos um restrito.

A noite se prolongou em dores agudas na coxa, mais três tiros de canhão, vinte restrito agora.

Cada vez mais ia diminuído os restritos.

Vejo o sol nascendo e começo a me misturar na floresta. Claridade significa perigo.

Estava ando distraída. Acabei encontrando uma cachoeira linda. E antes disso encontrei um lagarto e o matei para me servir de comida.

Resolvi acampar aqui perto da cachoeira. Achei uma caverna, ótimo esconderijo.

Acendo uma fogueira e coloco o lagarto pra assar. Ouvi mais cinco tiros de canhão enquanto comia.

Só ia diminuindo. Agora são quinze restritos.

Ao andar um pouco em volta a procura de lenha, começo a ouvir passos apressados. Que porcaria é essa?

Vejo uma juba vim até em mim desesperadamente. Sim era ela! E atrás dela vinha um homem com uma faca.

- Se abaixa!

Falo ja sancando o arco e a flecha. Ela me olha sem entender.

- Se abaixa caralho!

Estava desesperada. Ela se abaixa e eu atiro a flecha. Ouço ela cravando em algo, logo mais vejo o homem alto ainda de pé. A flecha acertou o seu pescoço, mas ele ainda não caiu. Atiro novamente e agora sim, ele caiu.

- Droga!

Ela da um suspiro pesado e se joga no chão. Até então me preocupo com o ato.

Escuto dois barulhos de canhão. Estão diminuindo. Logo mais vai ser uma luta para se esconder, pois irão nos caçá.

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