Victor.
Observei toda a cena que se passava do lado de fora do carro:
Fernández seguindo na frente e logo atrás Cohn, que observava atentamente a bunda do Fernández. Ambos entraram no carro e seguiram caminho. Eu de fato não estava acreditando que o Fernández estava fazendo aquilo, e o pior, tudo isso por causa de um contrato de terra?
Era estranho.
− Podemos ir. − Falei ao motorista.
Seguimos até a casa dos meus pais. Ao chegarmos, desci do carro e acenei para que o motorista pudesse ir. Eu ainda não estava acostumado com todo o luxo que o Arthur estava me proporcionando. Ao entrar em casa, constatei que meus pais não estavam na sala. Apenas o Arthur, que estava deitado no sofá. Ele digitava algo no notebook. Certamente meus pais haviam ido dormir.
−Chegou cedo, amor. − Disse o Arthur fechando a tampa do notebook.
−Cheguei mesmo. − Disse sentando-me ao seu lado e dando-lhe um selinho.
−E aí, como foi o jantar? O terreno é nosso?
− Se depender do Fernández, sim. –Respondi.
−Como assim?
−Arthur, quando você contratou o Fernández, você certificou de olhar o currículo dele de fato? Chegou a ligar para alguém pedindo referências? − Perguntei curioso.
Arthur riu.
−Sei que é falta de educação responder uma pergunta com outra pergunta, mas qual o intuito disso?
−Nesse momento, Fernández deve está fodendo com o dono do terreno.
Arthur deu risada do que eu acabara de dizer. Era como se ele já esperasse por isso.
−Eu estou falando sério, Arthur. Fernández está literalmente fodendo com o Cohn.
Arthur aproximou-se um pouco mais de mim.
−Eu imaginei que isso fosse acontecer.
−C..como?
-Amor, Fernández tá em fase de experiência, não duvido que ela faça isso outras vezes, se necessário.
Estapeei o braço do Arthur.
−E você fala isso com essa naturalidade?
−Aaai. −Reclamou o Arthur passando a mão onde eu o havia estapeado. −Doeu.
−É pra doer mesmo. Pensei que estava noivo de um homem sério, e não de um... –Arthur me interrompeu.
−Olha lá o que você vai falar. –Advertiu-me.
Revirei os olhos.
− Um cafetão. − Completei.
−Não fala assim. −Disse o Arthur me apertando em seus braços. Deixa o cara se divertir. Eu não o obriguei a fazer isso, além do mais, ele é livre para fazer o que quiser.
−Deixa o cara se divertir? −Repeti suas palavras. – Deixe-o achar que pode fazer isso sempre, e quando ele der em cima de mim, você não ache tão ruim assim. −Comentei em um tom sarcástico.
−Opa! −Arthur disse levantando-se. − Aí a coisa já muda de situação. Ele que não tente se aproximar de você. Eu acabo com ele.
Não contive a risada.
−Do que está rindo, Victor?
−Ué. Achar graça quando o assunto é os outros, pode. Mas quando é comigo, não?
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O irmão da minha melhor amiga - Vol 2 - O final (Romance gay)
RomanceO primeiro ano na cidade grande para Victor foi cheio de emoções. Incidentes traumáticos fizeram com que de uma forma drástica, sua vida mudasse de ponta a cabeça. Agora, cinco anos após tais eventos, Victor encontra-se casado com Arthur Cornier. A...