Fazendo jus ao sobrenome

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O que de ruim pode acontecer quando um bando de crianças é deixada sozinha? Você pode chutar que elas vão bagunçar a casa, brigar ou se machucar... mas pense grande!

Pense o que quatro crianças com o sobrenome de Malfoy-Potter fariam!

Seriam sequestradas por dragões, conseguiriam se safar com uma demonstração escandalosa e virariam fofoca em Hogwarts, exatamente!

Calma, deixa que eu conto o que aconteceu.

(...)

"Esse lugar é um tédio" Lilian reclamava pelo que parecia ser a décima vez em vinte minutos.

Leo revirou os olhos e continuou a ler seu livro de feitiços do primeiro ano, que tinha achado em uma estante qualquer "Bem, o que você quer que eu faça? A porta está trancada. Tente achar algo pra se distrair, eu realmente não me importo com o que seja desde que não me afete."

" Nossa Leo! Quanta consideração pela sua irmã! Tô até emocionada aqui." Lilian disse, enxugando uma lágrima falsa de seu rosto. Leo pareceu ignora-la.

" Fala sério! Você é esperto, deve ter um feitiço para nos tirar daqui!" Ela arrancou o livro das mãos do irmão, que se julgava um santo por achar paciência para lidar com aquela garota.

" Lily, sejamos práticos. Mesmo que ache alguma coisa, não temos varinha pra lançar um feitiço." Leo tentou por um pouco de juízo na cabeça da loira, sabendo que aquilo poderia acabar em um desastre.

Lilian ficou com um semblante raivoso.

"Está dizendo que eu não consigo?"

Ele suspirou, sua irmã ficava ofendida muito facilmente e isso o irritava. Por que ela tinha que ser tão emocionalmente irracional?

"Não disse isso, Lily"

" Achei!" Disse Katrinna, que estava ajudando Lilian por estar no mesmo nível de tédio. "Alohomora! Não deve ser tão difícil!"

" Qualquer magia sem varinha é difícil! Por que ninguém me escuta nessa casa?"

" Porque você é um pessimista de carteirinha, Leo!" disse Cygnus, chupando um pirulito vermelho em forma de coração " Olha só o que eu achei na escrivaninha do papai..." ele tirou uma caixa pesada de madeira de macieira de suas costas e abriu.

Dentro havia uma varinha de madeira clara. Álamo-Branco, 37 centímetros, núcleo de pena de fênix, inflexível. Uma bela varinha.

"Isso resolve suas preocupações, Léo?" Cygnus deu um sorriso esperto.

"Não exatamente. É a varinha que escolhe o bruxo, qual é a chance dela escolher um de nós? Sem falar que você não deveria mexer nas coisas do papai." Ele apontava racionalmente, enquanto Cygnus tentava usar a varinha, sem sucesso.

Assim como ele, Lilian e Leo também não tiveram sorte.

" Minha vez" disse Katrinna, parecendo desinteressada.

Leo até poderia dizer que aquilo era ridículo se a névoa em volta de sua irmã não o tivesse espantado. A varinha tinha escolhido ela.

" Pelo visto ela tem bom gosto." Katrinna se vangloriou " Me passa esse livro"

"Você não sabe o que esta fazendo! E se algo sair errado eu não vou ajudar!" Leo dizia, fazendo Cygnus virar os olhos e tirar o pirulito da boca.

" Claro, maninho. Vai deixar a 'trinny' ficar doente ou explodir a casa só pra provar seu ponto."

" Olha aqui-"

" Fiquem quietos!" Katrinna respirou fundo, mas não estava muito concentrada. " Alohomora!"

Maldita poção!Where stories live. Discover now