Capítulo 2 - Gisela

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Oi, gente! Como prometido, estou postando o capítulo 2 hoje no sábado =D Eu pretendia fazer algo bem diferente nesse capítulo, mas acabei achando que seria melhor fazer dessa forma. Espero que gostem! E não esqueçam de votar, se gostarem, e de comentar qualquer coisa que quiserem! Seus comentários e votos ajudam a divulgar a minha história! Obrigada pelo apoio!!


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Seis meses. Seis meses estavam longe de ser o suficiente para fazer Gisela superar as consequências que seu casamento com o Duque de Benevento trouxe para sua vida cotidiana. Parecia tudo um grande pesadelo!

Não via sua mãe desde que saíra do castelo onde crescera, dois dias após o matrimônio. Seu irmão, Carlos Magno, sequer fora despedir-se dela, que, por sua vez, mal tivera tempo de dar adeus a Carlomano. Embora ele tivesse a evitado desde que seu noivado fora anunciado, sua presença não passou despercebida no pátio do castelo, afinal, fora o único que estivera lá, observando sua irmã mais jovem partir em direção a uma terra inimiga com um profundo olhar de tristeza, culpa e preocupação.

Por mais que seu casamento dissesse ao povo o contrário, Gisela sabia que união alguma faria os lombardos e os francos se entenderem. Seu pai, o Rei Pepino, sempre que falava sobre os "malditos lombardos" quando estava a sós com seus filhos, usava palavras como "imundos" e "vermes". Eles não sabiam disso, mas, vez ou outra, ao se esgueirar escondida de noite pelos escuros corredores de pedra do castelo, a jovem princesa podia escutá-lo. E agora ela se encontrava casada com um desses "vermes" lombardos "imundos" e "malditos". Seu pai deveria estar se revirando no túmulo.

Agora, a coisa que mais perturbava a mente de Gisela era imaginar, muitas vezes, como sua mãe se sentira ao ver que sua filha amada, tão próxima dela, havia ido embora de um dia para o outro. A princesa sentia seu peito apertar de saudade e de remorso sempre que pensava no assunto. Deveria ter insistido mais em vê-la naquele dia.

Mas agora era tarde demais.

Seis meses presa entre as paredes daquele castelo a faziam sentir uma profunda tristeza e desespero. Estava à beira das lágrimas dentro de seus aposentos, sozinha, deitada em sua cama. Não saía dali fazia dias, talvez uma semana inteira. Havia um limite ao qual as pessoas podiam chegar em um ambiente tão hostil quanto o ducado de Benevento. Uma moça franca não tinha como ser bem-vinda em terras lombardas, muito menos quando era irmã não de um, mas de dois reis inimigos.

— Vossa Alteza — uma voz abafada chamou do outro lado da porta maciça do quarto da princesa. Gisela não encontrou vontade para respondê-la. — Vossa Alteza, estou entrando.

Uma jovem criada de cabelos escuros entrou com uma bandeja apinhada de uvas, maçãs e figos, assim como parte cozida de um frango e uma tigela do que deveria ser sopa de legumes. Gisela a conhecia de nome, porque das três damas de companhia que trouxera para o ducado, nenhuma delas restou. Por alguma razão, as moças, todas de boa nascença, desapareceram ou pediram para voltar para casa. Com isso, apenas restaram à Gisela suas criadas. A única que se atrevia a dirigir-lhe a palavra mais abertamente era Madelgarde.

A Duquesa de Benevento (Hiatus até janeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora