Capítulo 3 - Gisela

122 18 76
                                    


Oi, gente! Como prometi, aqui está o capítulo 3 de A Duquesa de Benevento que não consegui finalizar para o sábado. Espero que gostem e não esqueçam de votar, porque a estrelinha de vocês é muito importante para divulgar essa história. E também comentem! Quero saber a opinião de vocês <3


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



— Por favor, continue a ler, Vossa Alteza — o jovem escrivão pediu, em pé ao lado da bancada em que Gisela apoiava uma cópia da Sagrada Escritura.

Estudando já por mais de cinco meses, a princesa se encontrava fluente na leitura e na escrita do frâncico e cada dia aprendia mais longobardo e latim. A princípio, o próprio Duque tirara montantes preciosos de seu tempo para ensiná-la o alfabeto, as palavras, os sons de cada letra. Após alguns dias, ele entregara o aprendizado de Gisela nas mãos de seu fiel escrivão, Sicardo, um homem tão religiosamente questionável quanto seu senhor.

" Et si distribuero in cibos omnes facultates meas et si tradidero corpus meum, ut glorier, caritatem autem non habuero, nihil mihi prodest. Caritas patiens est, benigna est caritas, non aemulatur, non agit superbe, non inflatur, non est ambitiosa, non quaerit, quae sua sunt, non irritatur, non cogitat malum, non gaudet super iniquitatem, congaudet autem veritati; omnia suffert, omnia credit, omnia sperat, omnia sustinet."

— Excelente! — elogiou Sicardo, com um sorriso respeitoso. Ele tinha uma covinha na bochecha direita que Gisela gostava de observar. — Está melhorando muito, Alteza. Estou impressionado.

A princesa gostava do escrivão. Ele era um homem calado, uns vinte anos mais velho que ela, mas sabia de muitas coisas. Às vezes, durante as pausas entre as leituras, ele lhe contava alguma história antiga sobre o castelo ou sobre coisas que ele havia presenciado durante a vida. Nada escandaloso, mas sempre interessante.

— Obrigada. Você é um ótimo professor — disse Gisela, tímida. Não estava acostumada a receber elogios de homens. Grande parte de sua vida foi passada com criadas, damas de companhia e sua mãe, Berta de Laon. E agora que estava casada, seu marido pouco aparecia para lhe ver.

Bem, ela não estava reclamando. Até então, o Duque se provava ser um bom marido: a respeitava e a honrava. Tratava-a bem. E ainda manteve sua palavra de ler as cartas de Gisela, que buscava sempre escrever coisas interessantes sobre seus dias para entregar a ele quando voltasse. Não foram tantas vezes assim, talvez umas quatro ou cinco.

O Duque nunca escrevia de volta, o que deixava a princesa com uma pulga atrás da orelha para saber o que ele fazia. Contava-lhe muitas coisas, mas nunca recebia uma resposta.

Pessoalmente trocaram poucas palavras, em jantares ou ocasiões formais, talvez no corredor quando se encontravam. E sempre que ele estava presente, ela passava as noites em claro, esperando ele aparecer em seu quarto. Nunca aconteceu, até que ela parou de se importar e começou a dormir tranquilamente.

A Duquesa de Benevento (Hiatus até janeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora