“Julie Ann Jones!”
Saltei da cama acordando, sentando-me rapidamente. Fiquei tonta. Os segundos passaram enquanto eu esperava pelos meus olhos se ajustarem à minha volta. A primeira coisa que vi foi uma coisa fofinha na ponta da cama. Pisquei os olhos umas quantas vezes confusa. O que é que é aquilo?
“Julie!” a voz da minha mãe vinha do andar de baixo
“Já acordei!” gritei-lhe de volta, a minha voz saiu rouca e dorminhoca. O meu grito pareceu acordar a coisa fofinha porque abriu as suas pálpebras lentamente. Semicerrei-lhe os meus olhos. Mas que.. Estendi a minha mão para aquilo e toquei-lhe. A coisa agitou-se uma vez mais, mostrando desta vez o seu focinho pequenino. É um..
A-achoo!
Comecei a espirrar incontrolavelmente. Saltei da cama, espirrando feita louca
“Mãe!” gritei entrando no corredor. “Está um gato na minha cama!” corri pelas escadas a baixo, entrando o mais rápido que conseguia na cozinha. Fiquei com falta de respiração; o meu nariz começou a inchar tanto. A minha mãe estava a retirar algo do forno. Ela olhou de relance e sorriu
“Aquilo resultou muito bem” ela parecia satisfeita
“Desculpa?” eu coçava o meu nariz como uma maluca. A minha mãe sorriu-me. “O que se passa? Porque é que aquela coisa-“ eu disse referindo-me ao gato. “-estava na minha cama? Lembras-te que sou alérgica, certo?”
“Não é uma coisa” ela repetiu a palavra apreensiva. “O seu nome é acorda preguiçosa e eu lembro-me de todas as tuas alergias. Tenho uma memória muito boa”
“Então porquê-“ tudo parecia finalmente encaixar na minha cabeça. “Tu puseste-o lá para me arrancar da cama?” perguntei olhando-a. A minha mãe sorriu-me inocentemente e encolheu os ombros
“Resultou tão bem”
“Isso é tão.. obsceno! E mau! Eimpensável! E nada profissional!” eu podia continuar mas tive de tornar a espirrar
“Tu ficas bem”
“Pareço-te bem?” gritei-lhe aguentando-me para não tornar a espirrar. “Aquela coisa está na minha cama! Eu vou espirrar até morrer!”
“Tu ficas bem” repetiu, colocando a travessa na mesa. “Vou busca-lo agora” ela retirou as suas luvas para cozinhar
“És uma má mãe!” gritei-lhe de volta
“E tu és uma criança preguiçosa” retorquiu, zumbindo enquanto subia escadas a cima. Nem posso acreditar. Que raio de mãe faz isso à sua própria filha? Ela é médica. Ela sabe melhor do que ninguém o que uma alergia me pode fazer. Tossi um pouco e caminhei para o frigorífico. O meu reflexo na porta do frigorífico fez-me saltar para trás. Estou tão mal, os meus olhos estão molhados e o meu nariz vermelho como uma maçã. Enquanto outras crianças têm mães queridas que lhes levam o pequeno almoço à cama, eu tenho uma mãe maluca que pôs um gato a meu lado mesmo sabendo que sou alérgica a eles
Muito bem, mãe. Vais ganhar mesmo o prémio anual de melhor mãe
Pensei sarcasticamente
Sentei-me à mesa comendo o pequeno-almoço. A minha mãe voltou, esfregando as suas mãos como se as tivesse acabado de lavar
“Está no terraço. Não precisas de te preocupar” ela despenteou o meu cabelo. Dei-lhe um olhar matador
“Nós não vamos ficar com ele, certo?” bebi do meu sumo
“Não, pertence a um paciente. É uma pequena menina, ela pediu-me para tomar conta dele enquanto ela faz alguns exames. Eu depois levo-o de volta ao hospital”
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Growing Up [Sequela da "My Wattpad Love" - Tradução PT]
Teen Fiction"Eu quero crescer!" disseram isto em crianças? Eu sei que sim. Já alguma vez te arrependeste de crescer numa parte da tua vida? Já alguma vez desejas-te poder ser uma criança outra vez? Eu sei que sim. Toda a gente já o fez Quanto mais cre...