LXXXIV

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O corpo tornou-se, melhor, sempre foi a prisão da alma
Manteve-me fixa quando meu desejo era voar livremente
Primeiro conjunto de subconjuntos que me mantém infeliz
Estou triste, pois sei que a liberdade está além de onde minhas mãos podem alcançar
Me mantenho contente, não permaneço no escuro onde me alojara, vejo luz!
Sinto cede de água doce, mas não desejo beber, meu estoque se mantem completo por areia fina e volumosa
Saciar-se de água só me faria lama, argila miserável e repugnante
Tornar-me terna e eternamente pesada
Pedra que se esfarela a cada chuva intensa e se perde entre grãos infinitos num universo limitado
A limitação do EU me deixa mais longe da liberdade
Arre! Sei que livre jamais serei, minha hipocrisia me convence do contrário
Espero incansavelmente o amanhã e minha promessa de livre arbítrio ou quem sabe a chance de ter espírito

Poemas Jogados Ao Lixo Where stories live. Discover now