Capítulo 9

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― Yee-Haw!

O grito me fez sacudir a cabeça. Um bar com um rodeio interno. Não, eu não estava brincando. Tinha até um touro vivo, bufando. Por um preço tarifado, comprovação de experiência prévia, várias concessões assinadas e uma completa falta de bom senso, qualquer um poderia montá-lo também.

Lauren e eu ainda mal nos falávamos. Eu disse a ela sobre o boato de eu estar querendo me transformar em um ghoul, mas além disso nós não conversamos muito. Nada mais estava acontecendo também, que poderia ter sido mútuo. Quando chegamos ao Hotel Fort Worth depois de um dia dirigindo em linha reta, eu engoli as pílulas que Cowell tinha enviado para mim e desmaiei. O momento mais íntimo que tive com Lauren foi quando ela me acordou com seu pulso na minha boca. Eu tinha engolido o seu sangue, declarado que eu precisava tomar banho, e foi isso. Ela estava vestida com sua habitual roupa de bad girl esperando por mim quando eu saí, friamente imparcial com nada além de negócios para discutir. O muro invisível entre nós era pior do que uma luta, em minha opinião.

Lauren tinha um encontro com um contato ghoul neste bar. Ela não gostou do boato ghoul por aí sobre mim, e queria o quão sério aquilo estava sendo levado. Spade foi nos encontrar no bar também, desde que Hopscotch, BandAid e Liza estavam sendo colocados em quarentena.

Fabian provou ser útil checando primeiro o bar, certificando-se que aquilo não era uma armadilha do ghoul. Somente duas coisas me animaram no meu atual estado de espírito deprimido. Uma das minhas melhores amigas morava no Texas agora, então Allyson viria hoje à noite. A outra coisa nesta noite era que Harry, amigo e membro da minha antiga equipe, estava vindo também. Spade estava trazendo os dois.

Quando eles entraram no bar, eu estava tão feliz em vê-los que eu quase atropelei as pessoas que passavam no meu caminho. Ally devolveu meu abraço, embora com menos entusiasmo, e Harry ficou um pouco surpreso com o meu abraço feroz.

Spade entrou atrás deles. Ele lançou um olhar de avaliação em Lauren e em mim enquanto dizia olá. Sem dúvida mentalmente pesando em nosso atrito.

― Eu digo, Michelle, você pareceria melhor se estivesse sendo pregado dentro de uma caixa de madeira. - Ele comentou. Seu olhar moveu-se pelo bar com um leve desagrado. ― Sem dúvida, esta música miserável é a culpada. Eu não sei por que os cantores de country sentem a necessidade de colocar depressão em uma melodia.

Ally sorriu.

― Eu acho este lugar ótimo. Aquilo é um touro?

― Pode apostar que sim. - Como se tivesse sido ordenado, o animal bufou de forma infeliz. Ele e eu estávamos em perfeita sintonia. ― Oh, eu gostaria de poder montá-lo. - Ela disse.

Foi bom ver Allyson sorrindo. Na verdade, recentemente eu não a tinha visto muito, sorrindo ou não. Depois que seu marido Troy foi morto, Ally ficou comigo e com Lauren por algumas semanas. Então ela voltou para Virgínia, dizendo que queria ficar longe de tudo que fosse sobrenatural.

Eu não podia culpá-la. Foi um ataque sobrenatural que havia matado Troy, porque Allyson não ia querer ficar longe destas lembranças? Então, ela mudou-se para o Texas há uns dois meses atrás, ressaltando que era a única maneira que poderia manter sua mãe longe de tentar envolvê-la com outros homens. Ally não estava pronta para sair do luto ainda. Eu não podia culpá-la por isso também.

― Harry, companheiro, é bom tê-lo conosco. - Lauren disse. ― Fique com as senhoras, enquanto Stefan e eu saímos por um momento. Estou certo de que a Karla gostaria de saber tudo sobre o que está acontecendo com a sua antiga equipe.

Com isso, ela se virou e saiu. Spade foi com ela, deixando nós três em pé nos arredores da arena do touro.

Filha da puta.

Night Huntress Vol #4Where stories live. Discover now