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Maratona 2/4

LORENA 🍷

Eu confio em Miguel, meu Deus como eu confio.

Diana era impossível e teimosa, e não era pra menos, a liberdade dela seria muito importante e Pietra precisava da mãe, já não basta todo o tempo perdido que elas passaram longe.

Estava perdida em meus pensamentos quando ela entrou junto de Pietra na minha sala, a pequenina foi correndo até aonde eu estava e me abraçou com o maior cuidado.

Pietra: como vocês duas estão dinda? — falou beijando minha barriga e senti meus olhos arderem —.

Lorena: você ainda vai me matar de amor linda da dinda — levantei a cabeça dela com cuidado e beijei sua testa — estamos ótimas e famintas.

Diana: viemos buscar você para almoçar.

Lorena: obrigada por isso — ri baixinho e levantei pegando minha bolsa —.

Pietra: eu levo dinda, você não pode carregar peso — pegou da minha mão um pouco atrapalhada nos fazendo rir —.

Saímos do escritório e Miguel estava na recepção com Felipe conversando e sorrio ao ver nós três.

Pietra foi correndo quase caindo com a bolsa para o colo de Miguel que agachou para abraçá-la.

Miguel: veio tirar a titia da toca? — ele riu —.

Pietra: vamos ir encher a barriguinha dindo, ela e a bebê estão famintas.

Dinda: e como você sabe que é menina filha?

Pietra: porque é uma menina mamãe — falou firme e sorrio me olhando —.

Pietra fez algo ascender dentro de mim quando ganhamos a guarda dela na justiça, arrumar seu quarto, comprar tudo Rosa e ter uma neném tão pequena que necessitava de cuidados despertou uma vontade de ser mãe que eu queria sim que acontecesse logo e agora tudo seria tão real, e eu iria amar ser mãe de menina.

Faltavam apenas 1 semana para descobrir o sexo do nosso bebê.

5 meses de gestação e faltava tão pouco que tinha dias em que eu não aguentava de tanta ansiedade.

Deixei Pietra na escola, pois ela havia passado a noite lá em casa, Diana já havia colocado seu plano em prática, evitamos conversar sobre isso mais hoje era o dia.

O porteiro me conhecia então me liberou, sabia que Felipe não estaria em casa, ele e Miguel iriam visitar alguns investidores, eu gostava da amizade dos dois, Felipe fazia um bem danado para Diana e ajudou tanto ela enquanto eu estive longe.

A porta estava entre aberta e eu entrei.

Lorena: Di — fechei a porta e ouvi vozes na sala —.

Diana: você não precisa fazer isso por mim — sua voz era suave, baixa e calma —.

Me aproximei mais e paralisei ao ouvir a voz de Fernando.

Fernando: não só preciso como eu quero e tenho obrigação, você me deu tudo e eu estraguei com a minha ambição.

Lorena: sério isso? — apareci na sala —.

Ele estava tão perto de Diana que senti meu estômago embrulhar, ela não poderia fazer isso, não depois de tudo.

Diana: não sabia que vinha.

Lorena: te liguei mais só deu caixa postal né?

Fernando: vocês precisam me ouvir, eu estou disposto a tudo.

Lorena: Fernando vai embora, não adianta você querer compensar o tempo perdido agora entendeu?

Diana: é melhor você ir — ela falou por fim —.

Só eu conheço ela como ninguém, permaneci de pé encarando minha melhor amiga enquanto ela engolia seco.

Fernando saiu batendo à porta e as mãos dela caíram em sua perna e seus olhos despejaram todas as lágrimas possíveis.

Diana: eu sei que estou sendo uma idiota e eu me odeio por isso, por me deixar levar.

Loren: Felipe te ama, o que você sente realmente por ele?

Diana: ele reascendeu a chama que Fernando destruiu, ele me fez acreditar de novo.

Lorena: então você já sabe o que deve ser feito — arrumei a bolsa no ombro — tô com você e não abro mão, porém não haja na emoção.

Diana: aonde você vai?

Lorena: tenho uma consulta, te encontro mais tarde? Por mais que eu fique de fora eu quero que você me mantenha informada — ela sorrio —.

Diana: claro que sim, te amo Lore.

Lorena: eu também Di.

Nosso amor impossível ||Onde histórias criam vida. Descubra agora