Cap 7

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Não trocamos um olhar desde o minuto que cruzei a porta, meu coração se aperta ansioso para encontrar os olhos celestiais que me quebranta o espírito. 

 _ Amiga...

Tiro os olhos do professor sentado concentrado em anotar algo na mesa encarando Arthur. 

_ Você está muito tensa, relaxa um pouco. 

Concordo dissipando a beleza escultural e foco na prova na minha mesa, leio e releio fazendo com louvor as questões abertas e fechadas. Não demorou muito e o sinal bateu, deixei a prova feita na mesa e sai junto do meu amigo, mas antes olhei para mesa, notando de relance sua vestimenta, uma polo bege e o sobretudo da mesma cor por cima, ele estava charmoso demais, lindo em todos os sentidos. A passos lentos fui até a lanchonete devido aos hematomas da minha perna esquerda, minha calça chegou até rasgar deixando minha pele exposta bastante ferida. 

_ Você está machucada? 

Arfei desorientada, Dylan Evans estava ao meu lado, com sua voz levemente rouca falando ao pé do meu ouvido de forma discreta. 

_ Só está ardendo. 

Respondir sem olhá-lo, dei um sorriso simpático para a vendedora e pedi:

_ Duas águas de coco e um sanduíche de queijo por favor. 

Ela entro em outra porta do quiosque, Deixei meus dedos na bancada na espera do meu lanche. Contudo permanecia tensa, Dylan estava ao meu lado esperando sua vez. 

_ Desculpa não encontrar seus olhos hoje... 

Sussurrou com a voz sentida. 

_ Só é difícil disfarçar meu desejo por sua boca. 

As palavras em si me deixou desconcertada, mas respirei com dificuldade quando seus dedos cobriu os meus sobre a bancada, gelei, uma estátua petrificada por fora. Todavia por dentro as coisas funcionavam diferentes, meu coração espalhou por vários pontos da geografia do meu corpo, o sentia na coxa, pulso, pescoço e na própria cavidade torácica, fechei os olhos momentaneamente desfrutando do toque tão significativo.  

_ Eu vi o pássaro apagado na sua prova, é a fênix? 

Faltava trinta minutos para o fim da prova, o tempo não parecia passar, então rabisquei o verso da folha branca, desenhando uma perfeita fênix ousada, com as asas gigantes e estreita corporal implacável. Entretanto precisei desmanchar por ser uma prova, o preto da lapiseira foi todo apagado deixando somente os rastro de um belo pássaro. 

_ Sim. 

Confirmo ainda desconcertada pelo contato, um simples roçar nos meus dedos me faz querer flutuar. 

_ Ela é linda. 

A porta do quiosque é aberta, de maneira que ninguém veja ele quebra o contato. 

_ Aqui seu lanche. 

Pego a bandeja agradecendo e me viro alimentando meus olhos com segundos de admiração ao rosto bonito, tão pouco tempo mas o suficiente para mim ficar aliviada. "Ele ainda me olha com a mesma intensidade!" Relaxo e caminho até o Tuco sentado na mesa redonda do refeitório. 

_ Você é um folgado, minha perna tá ardendo e você nem presta pra tirar essa sua bunda da cadeira e comprar o lanche! 

_ Hum! 

Dar de ombros desprezível cruzando uma perna na outra. 

_ Até parece, reparei que teve companhia quando foi pedir o "lanche."

Fala debochado. Sento, calada. 

_ Amo quando te deixo sem palavras! 

Sorri irônico pegando a água de coco. 

O preço do AmorWhere stories live. Discover now