Cap 14

1.1K 101 29
                                    


Os encontros com Dylan passou a serem frequentes, no primeiro dia que combinamos ele me esperava como prometido, na primeira semana também, na segunda e terceira, todos os dias de segunda a sexta, sábado nós aceitávamos a saudade, nas manhãs era de lei o encontro matinal na hora do intervalo. 

De fato minha vida tinha dado uma reviravolta, as provocações de Camila não me atingia, eu estava sempre um passo à frente dela, sempre plena as provocações fingindo não me importar. De fato não me importava mesmo, ela era desprezível e eu somente queria distância. 

Liz e eu estávamos nos tornando grandes amigas, aquela pequena menina me cativou de uma forma inexplicável, seu pequeno coração adorável era um oxigênio e tanto para minhas tardes. Sua avó tão calada não trocava palavras do dia a dia comigo, somente um aceno e a troca de nomes gentil que pronunciamos, ela parecia gostar da minha amizade com sua neta, sempre que a flagrava nos encarando via tanto sentimento nos olhos claros, percebia que ela sentia que Liz precisava disso, de amor, carinho, ternura, e eu tinha tudo isso, e de maneira alguma media esforços para derramar tudo isso sobre a pequena. 

Hoje era um dia atípico para encontrar Dylan, não seria possível, mesmo que eu quisesse, pois mesmo que o dia seja domingo e a madrugada de amanhã segunda, não poderia. Babi casou no finalzinho da tarde, nunca vi uma noiva grávida mais bonita, ela estava linda e apaixonada, seu relacionamento era maduro e sólido, esse passo foi uma união ao qual meu pai dispensava opinião contrária, ele queria às filha em um cônjuge duradouro, um relacionamento concreto onde a família cresceria porém de forma estruturada. Sua filosofia sempre foi pregada em cada canto da casa: -Não queira que seus filhos passem pelos mesmo caminhos que eu passei, alguns não consegue achar a luz, e assim se torna trevas! O homem era sábio, e por isso tentávamos no máximo seguir seus ensinamentos. 

_ Titia! 

Tinha a intenção de correr dessa vozinha, mas antes que eu pensasse em dar um passo Vitória agarrou nas minhas duas pernas. Estava tão distraída na música lenta e a dança dos noivos que sequer me toquei que devia um mergulho com Vitória.  

_ Você prometeu! 

Faço careta intercalando meu olhar a ela e a piscina. 

_ Sério Toia? 

_ Sim! 

Bateu o pé cruzando os braços e daí percebi que não tinha como voltar atrás, eu teria que nadar com ela. 

_ Tá tá, tudo bem! 

Deixei meu celular e bolsa na cadeira. 

_ Vou trocar de roupa! 

Subir pro quarto e troquei de roupa rapidamente, tirando o vestido rosê de madrinha e colocando um maiô vermelho. Desci encontrando a pequena na ponta da escada me esperando de braços cruzados, a carranca emitia desagrado pelo seu rostinho de criança. 

_ Já ouviu a história da sua criação? 

Comento por alto, ela se interessa pela forma que arqueia as sobrancelhas, nega, então continuo. 

_ Vou te contar!  

Sento no último degrau da escada, ela se aproxima escorando as mãozinhas nos meus joelhos enquanto prende seus olhos nos meus ativando modo super atento. 

_ Você foi criada no céu antes de entrar na barriga da sua mãe! Certo? 

Concorda vidrada em mim, não se permite nem piscar. 

_ Lá no céu tem uma fila para a pessoa passar pelo caldeirão. Tinha a filha da beleza, humildade, impaciência, estresse e paciência! 

Conto mentalmente nos dedos as cinco características, a fito novamente. 

O preço do AmorWhere stories live. Discover now