017

991 116 169
                                    

honest - mali-koa.

Assim que as luzes da minha casa se apagaram, mais ou menos as oito e meia da noite eu saí pela porta da frente e dei de cara com a Range Rover de Taeyong e fiquei me perguntando que tipo de merda aquele garoto tem na cabeça. Como ele vem me buscar na porta de casa sem nem saber se as meninas estariam acordadas ou não?

Mesmo assim abro a porta e entro, o ar-condicionado estava no máximo, com toda certeza.

— Você chegou mais rápido do que eu pensei.— comentou ele girando a chave na ponta dos dedos.

— Eu não contava com a sua aparição repentina na minha porta, eu iria até o centro e de lá a gente se encontrava.— explico esfregando as mãos por conta do frio.— Escuta...você pode desligar esse ar-condicionado?

— A-ah claro.— o mais novo faz o que eu pedi e me encara.

— Que é? Vai ficar me encarando? — pergunto ainda tentando me acostumar com a temperatura.

— Você tá...bonito.— Taeyong diz e suas bochechas ganham um tom avermelhado. Meu estômago revira novamente e eu me sinto um pouco intimidado, admito.

— Obrigado, cara. Você também não está nada mal.— falo morrendo de vergonha e ele dá partida.

●●●

Chegando ao teatro eu notei a presença de vários casais de diversas idades, aos poucos eu me sentia cada vez mais culpado por ter aceitado vir aqui com ele. Não por conta da Chaeyoung mas por possivelmente estar criando expectativas não só em Taeyong mas em mim também, eu sou um grande responsável pela maioria das minhas ilusões.

Lá dentro faz mais frio do que aqui fora e até mesmo dentro do carro dele, fico assustado em como esses lugares investem nesse lance de climatização.

— Jae, você tá bem? — Taeyong me encara mas eu só consigo focar no fato de ele ter me chamado pelo apelido.— Você tá pálido pra caralho, está com frio?

Assinto freneticamente e ele tira sua jaqueta colocando por cima da minha camiseta e me abraçando logo em seguida. Meu Deus, em uma escala 0 á 10 eu não consigo explicar o quão confortante aquele abraço foi, forte o suficiente para quebrar todos os meus ossos mas ao mesmo tempo tão quente quanto um sol de verão.

— T-taeyong, a-as p-pessoas estão o-olhando...— gaguejo ainda por conta do frio.

— Deixe que olhem, você ainda está com frio, huh? — pergunta ele com os olhos nos meus e eu assinto novamente.

E então continuamos ali abraçadinhos, ele me protegendo do frio mesmo com tantas pessoas olhando para nós dois e eu quase morrendo de hipotermia e ao mesmo tempo com medo de me apaixonar pela sensação de segurança que o namorado da minha irmã me transmitia.

— Senhores, nós precisamos fechar as portas, vocês irão entrar ou não? — um homem diz e Taeyong para me abraçar dessa vez segurando minha mão e me puxando para dentro da sala.

— Você prefere ficar nas últimas cadeiras? — pergunta ele e pela segunda vez eu me perco em seus olhos. Como Deus pode ter juntado tanta beleza e posto em uma pessoa só? Isso deveria ser um pecado. E quantos os outros 7 bilhões de seres humanos no mundo? — Jae? Você tá aí? — ele sorri dessa vez e eu sorrio junto erguendo a sobrancelha de forma involuntária.

her boyfriend 💌 jaeyongDonde viven las historias. Descúbrelo ahora