Capítulo II

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- Jeongguk, espere!

Jimin estava correndo o mais rápido que podia, perseguindo não só o garoto, mas seu próprio parceiro. Jeongguk era um borrão, uma sombra deslizando entre os mundanos. Mundanos era o que eles chamavam de pessoas comuns - pessoas sem a visão - aquelas que não conheciam o mundo das sombras. Jimin e Jeongguk eram Caçadores de Sombras, os Nephilins, humanos nascidos com sangue angelical. Eles estavam encarregados de controlar o mundo das sombras e seus habitantes, os habitantes do submundo, e de proteger os mundanos contra os demônios.

- Você tem que correr mais rápido, Park! - Gritou Jeongguk, antes de desaparecer ao virar a esquina em um beco.

Jimin, amaldiçoando em voz baixa, correu, o tremor cheio de flechas batendo contra suas costas. Entrou no beco a tempo de ver Jeongguk subindo uma escada pendurada na parede do prédio. Jimin reajustou seu arco em volta do ombro e pulou, subindo facilmente atrás de Jeongguk. Ainda assim, o moreno estava bem mais rápido, alcançando facilmente o topo.

- Espere por mim, idiota! - Grunhiu Jimin frustrado. - Eu não posso ficar nas suas costas se você fugir o tempo todo. - Jimin e Jeongguk também eram Parabatai, guerreiros ligados por um juramento lutando lado a lado contra as forças do mal.

Jeongguk olhou-o do alto do prédio, as luzes iluminando seu cabelo como se ele tivesse uma auréola, e sorriu antes de baixar a mão. Cedeu-lhe-a e puxou-o para cima.

- Eu pensei que você gostasse de perseguição. - Ele disse provocando. Jimin revirou os olhos. Podiam ver o rapaz chegando ao final do telhado, esse que se virou e piscou para eles antes de pular e pousar no prédio adjacente.

Eles correram atrás dele, pulando facilmente de um prédio para outro. Jeongguk estava eufórico com a emoção da caça, a adrenalina percorrendo suas veias. A próxima lacuna entre os edifícios foi um pouco mais larga, então ele acelerou jogando o corpo no salto. Ele se sentia sem peso, invencível. O garoto estava esperando por ele do outro lado, uma expressão zombeteira no rosto. O Jeon sacou uma lâmina serafim, aproximando-se.

- Ora, ora. - disse ele olhando para o garoto. - Parece que o tempo acabou.

O jovem sorriu, recuando para as sombras.

- Eu não penso assim, nephilim - disse ele, estalando os dedos. De repente, figuras começaram a espreitar nas sombras, formas lentamente emergentes e em torno dele. Criaturas viscosas parecidas com escorpiões se moviam em sua direção, caudas farpadas prontas para atacar, saliva venenosa verde pingando de suas presas. Eram demônios Ravener, um pouco estúpidos, mas mortais, se perto o suficiente para esfaquear ou morder.

- Ah, você trouxe amigos! - Jeongguk exclamou, atacando o primeiro Ravener que o atacara e o cortou ao meio. Icor, o sangue dos demônios, voou como uma névoa manchando seu uniforme preto. Os demônios guincharam e dispararam para frente, as farpas prontas.

Jeongguk sorriu.

Jimin mal tivera tempo de pousar corretamente quando Jeongguk já estava pulando para o prédio ao lado. Ele com certeza gostava de dificultar sua vida. Partira atrás dele, os olhos fixos nas costas para não sentir falta quando seu sensor, um dispositivo criado para detectar atividade demoníaca, começou a vibrar no bolso.

- Guk, espere! - gritou, mas já era tarde demais. Jeongguk já estava pulando, com as pernas chutando no ar e desaparecendo do outro lado.

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