•Série Mulheres- Livro 1
Luz Muller D'Ângelo cresceu, não é mais a garotinha de dez anos que acompanhamos no livro dos seus pais. Hoje em dia, prestes a completar 27 anos, dona de uma beleza singular e encantadora, ela sempre acreditou que um dia se...
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Deixei as cortinas abertas. Esse é o primeiro pensamento que tenho ao tentar abrir os olhos, e fechá-los em seguida pela claridade que quase me deixou cega.
Resmunguei algumas coisas incoerentes, antes de sentar na cama. Me estico ainda de olhos fechados, então por alguns segundos ouço o quê me parece ser barulho do mar, um vislumbre.
Abro meus olhos lentamente, demorei uns 2 minutos para perceber que não estou no meu quarto, e sim em outro com vista para o mar.
Minha respiração se tornou ofegante, forço meu cérebro a recapitular as memórias de ontem, mas só vem borrões estranhos.
Seguro ainda mais forte os lençóis brancos entre meus dedos, olhei ao redor procurando algo que denunciasse o dono dele e o que estou fazendo aqui, mas não encontrei nada.
Procuro alguma fotografia nas mesinhas de cabeceira, mas está tudo vazio, apenas um abajur em cima delas. Bom, me parece ser um quarto de hóspedes, ou a pessoa não gosta de decorar com porta-retratos e objetos pessoais.
Levantei da cama na ponta dos pés. Fecho minha boca quando para não soltar um gritinho de surpresa ao notar que estou vestido uma camiseta masculina branca social que bate abaixo das minhas coxas.
— Luz, eu vou te matar por ter bebido muito. — Murmurei caminhando até uma poltrona em frente a sacada, atrás da minha bolsa que está jogada, quase caindo no chão.
— Não precisa se maltratar tanto, ruiva.
Parei onde estava, antes de virar lentamente em direção a voz atrás de mim. Max Underwood encostado na porta, com uma expressão de quem acabou de acordar e braços cruzados.
Engoli em seco descendo meu olhar para seu peitoral descoberto, com pequenos pêlos na região do abdômen sarado e se perdendo dentro do shorts de malha na cor azul escuro.
Subo meu olhar lentamente tentando não me abalar, até parar no rosto do Max novamente, que carrega um sorriso presunçoso nos lábios como se estivesse gostando da minha reação ao vê-lo.
— Bom dia, ruiva!— Max deu alguns passos para dentro do quarto— Espero que tenha dormido bem.
— O que aconteceu?— Formulei uma frase depois de ficar um minuto o encarando.
