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-JUAN-

- NÓS VAMOS INVADIR AQUELA MERDA E ACABOU.
Digo desesperado eu não consigo mais pensar direito, já faz quase 9 dias. Eu não durmo não como direito, estou igual a um zumbi.

- Calma, assim você só vai morrer e matar seus homens.- Toni diz com a Catherine no colo.

Olho pra ela, deve estar sentindo muito a falta da mãe assim como eu.

- Ok, eu vou dormir e pensar em alguma coisa.

Vou para meu quarto e sento na cama, deito e adormeço.

Acordo em um pulo e já sei o que fazer, acho que só estava precisando descansar a mente um pouco.
Tomo um rápido banho e vou para a sala.

- eu tenho um plano, é o seguinte: eu vou mandar um olheiro, pra saber como tá o movimento, como é as coisas lá, como funciona, quantos vapor fica durante a noite, tudo o que conseguir saber sobre aquele lugar vai ajudar bastante.

- e quem seria?- Toni entra perguntando.

- a Luiza, ela sabe se esconder bem, cabe em qualquer buraco.

- sério? A Luiza? Ela pode saber se esconder,mas é uma anta. Vai entregar tudo.- Toni diz e se senta.

- E o que eu faço então? Me diz, qual sua ideia?- digo o fitando.

- Juan, seu pai é o Lopes, você é chefe do narcotráfico pensa, quantos homens você tem a sua disposição?

Paro e olho pra ele. Pensa Juan é a Lívia.

- Como eu disse, nós vamos invadir aquele lugar, mas primeiro vamos enviar nossa olheira e saber como eles trabalham, eu vou destruir aquele lugar se for preciso. Tenho que falar com meu pai, quer dizer o Lopes. - Pego meu celular e mando uma mensagem pra ele.

preciso falar com você, é o Juan

onde?

vem aqui no morro, você ainda esta no Rio de Janeiro?

chego ai em 1h

Não demora muito pra chegar, ele senta e seus olhos procuram a Catherine.

- ela está dormindo. - digo enquanto levanto e vou até a cozinha.

- yo quiero vê-la. - ele diz calmamente.

- não temos muito tempo, eu preciso achar a Lívia, preciso do máximo de ajuda possível, porque invadir uma favela não é fácil.

- eu sei disso meu filho..- corto ele.

- por favor não me chame de filho o que eu realmente preciso agora é do seu poder, não de sentimentalismos.- ele respira fundo e passa as mãos pelos cabelos, acho que isso é de família.

- posso fazer um café?- a Clarissa diz tentando amenizar o clima.

- deve - Toni responde.

Já estamos há um tempo vendo como vamos invadir aquela desgraça de lugar e tirar inha mulher de lá e até agora nada saiu e isso já está me deixando nervoso. Levanto e ando de um lado para outro, vou até o quarto da Cath e olho a foto da Lívia na parede com nossa filha no colo. Essa espera vai me enlouquecer.

Desço e eles ainda estão parados no mesmo lugar isso me deixa muito irritado.

- já que ninguém se manifesta com algum plano vamos seguir o meu. Nós vamos amanhã invadir aquele lugar, Lopes eu preciso do máximo de homens possíveis que você estiver disponível aqui no Brasil.

- é pra já. - ele diz e se levanta com o celular na mão.

- mas e o plano de mandar a garota lá como olheira? Eu achei que você iria...

- nós não temos tempo, você aqueles vídeos, fotos e aquelas merdas que ele mandou? Nós nem sabemos se ela está viva, eu não quero mais perder tempo. - digo já me exaltando, isso tudo está m enlouquecendo, e eu tô pra matar o primeiro que me tirar do sério.

- tudo bem, vamos. Vou ver se o Diego está dentro, precisamos acabar com aquele cara de vez.- o Toni diz e eu sei o quanto ele também está sofrendo com tudo isso, e realmente é tudo minha culpa.

Peço para reunir todo armamento que tenho disponível no morro e é muita coisa, o Lopes trouxe também e o Diego veio com alguns homens e armas. Diego é um aliado de São Paulo o rei de Paraisópolis.

Não demora muito e estamos a caminho em busca da Lívia.

Estamos na espreita só esperando o momento certo para invadir essa merda, quem atravessar na minha frente hoje vai morrer, e eu quero pegar o Pokémon, ele vai ter o que merece, tô ligado que foi ele.

- quem achar o Pokémon me trás ele vivo, eu sei os planos que eu tenho pra ele.- digo com uma voz baixa e cheia de ódio.

Avisto um vapor de longe e já meto bala, menos um pra contar história. Que vá para o inferno.

- Luan vem comigo, Toni também, vocês - aponto pra o João e alguns outros para ir por outro lado. - vão pelo outro lado, vamos cobrir o maior numero de área possível.

Já estamos há um tempo e eu já tô na metade do morro, procurando onde está minha mulher, avisto outro vapor e dou uma chave de braço nele, ele vai me dizer onde está a Lívia.

- onde está minha mulher? Diz caralho.- aperto o pescoço dele.

-deixa ele falar chefe.- o Luan diz e eu afrouxo mais.

- eu não sei. - ele diz sorrindo.

- não, você tem mãe? irmão? Se você não falar eu vou atrás deles e mato todo mundo, ou eu posso começar por você aqui.- digo e aperto mais, ele dá uns tapinhas no meu braço e eu afrouxo.

-tudo bem eu falo, só não me mata por favor, eu tenho 4 filhos.

- eu não vou te matar, eu prometo, mas onde tá minha mulher?

- eu levo você lá.

Ele nos leva sob a mira da minha fuzil e mais duas armas apontadas pra sua cabeça. Quando isso tudo acabar eu vou embora daqui com a Lívia, esse lugar pra mim já deu.

Entramos em um barraco de madeira e vejo ela deitada no chão, corro em sua direção mas dei mole e escuto um click perto dela e imediatamente paro. Olho e vejo o Lucas com um sorriso no rosto olhando para mim.

- você fez exatamente o que eu queria, veio parar exatamente onde eu queria, agora você vai ver ela morrer na sua frente.

- você é maluco, eu não pensei que existia alguém mis louco do que eu, mas você me supera.- digo enquanto olho pra Lívia.

- você é doente Colômbia, o que você fez com Kelly não é coisa de uma pessoa normal, a sua mulher não sofreu a metade do que Kelly sofreu.- ele parece viajar enquanto fala.

- eu não fiz nada com ela, ela que veio atrás de mim, se oferecendo, me chamando de gostoso, que queria que eu comesse ela, entregando suas paradas, talarica sua mulher, e talarico pra mim só tem um destino depois que eu me diverti me livrei dela. Eu não estuprei ela, eu não bati nela, eu apenas fodi ela com força e depois matei ela.

-MENTIRA, VOCÊ É UM MENTIROSO- ele grita fora de controle.

Aceno pro Toni que agi no mesmo instante, eu dou um chute nele derrubando sua arma, e nós entramos em uma luta corporal feia. Eu dou tanto soco nele quando consigo deixa-lo tonto e depois de desmaia-lo corro em direção a minha mulher.

- Lívia? amor? fala comigo por favor.- seu corpo desacordado me deixa desnorteado.

Mas fico mais tranquilo quando ela abre seus olhos inchados, não tanto quanto estava quando ele me mandou no vídeo.

- Juan. - é a única coisa que ela diz antes de apagar novamente.

ROCINHA Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt