Descobrindo o amor - Completo Até 30/07

Capítulo 2

Preparadas para terem a presença do Daniel durante as segundas e sextas? Haha ♥

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Duas semanasdepois

Em meio a uma manhã turbulenta, já tive três reuniões com empresas nacionais, uma conferência com uma de fora e agora estou assinando mais uma parceria com um grupo alimentício voltado para o público infantil. Como o chefe, nunca paro. Trabalho durante os cinco dias da semana. Sou o primeiro a entrar e o último a sair. Sequer tenho folgas. O que é vantajoso, porque a recompensa é que ganho bem, além de nos finais de semana poder sair para curtir um pouco por aí com quem quiser, sem preocupações.

Sou bem namorador, confesso, mas minha rotina, minha vida, acabam não dando espaço para conhecer alguém melhor, levar um pequeno lance a sério. Tenho minhas prioridades, que incluem trabalho e meus pais, as outras coisas acabam ficando em segundo plano.

— Tudo bem, Carina. Passe esses documentos por e-mail. Assim que responderem, me avise. Depois pode ir embora.

Assentindo, ela vira de costas e caminha para a porta em direção a saída, me dando uma bela visão do seu corpo apertado na saia social e na blusa branca de botões.

Eu sei, funcionárias são território proibido, contudo, apesar de não deixar de admirá-las, mantenho minhas mãos longe o suficiente. Respeito limites e sei ser um bom profissional. Aqui há uma regra que proíbe o envolvimento entre funcionários. Isso inclui todo mundo. Desde o chefe até o cargo mais baixo. Não quero ter dor de cabeça com funcionários se engalfinhando por causa de um relacionamento que não deu certo. Isso já deu muito o que falar, principalmente quando meu sócio, Carlos, deu uma de paquerador e ficou com uma das novatas, que acabou com o coração partido quando o flagrou com outra, tornando a vida dele um inferno. Cancelou viagens, contratos, o fez perder dinheiro. Além do processo por assédio sexual, fazendo Carlos responder por isso.

E eu só desejei arrancar as bolas daquele bastardo.

Abrimos a própria agência de publicidade quando ainda éramos subordinados em outra. Com uma condição de vida melhor do que a minha, ele entrou com boa parte do dinheiro, mas minha experiência era maior, já que mesmo tão novo fui premiado por ter feito uma das melhores campanhas do ano.

Agora, depois de quatro anos, dividimos meio a meio os lucros e direitos. O único problema é que ele não faz questão de sentar na cadeira do chefe e comandar tudo.

O toque do meu celular me faz deixar os pensamentos de lado. Um nome conhecido aparece na tela. Atendo animado.

— Sr. Ferrari, consegui o que me pediu. — Meu advogado fala do outro lado da linha.

— Muito bem! Passe por mensagem. Obrigado.

Desligo e encosto na cadeira, sentindo-me satisfeito por ter conseguido o que há dias tenho lutado atrás.

Sou insistente e determinado quando quero algo. Vou a luta e uso todas as armas possíveis. Não desisto fácil.

Desde que cruzei o caminho com aquela mulher, Giovana, minha cabeça tem ficado a mil. Depois que a bebê nasceu, levei as duas ao hospital mais próximo e permaneci na recepção tentando entrar no quarto, mas não fui autorizado. Pelo contrário, como não era da família, fui dispensado. Sem a mínima chance de poder me despedir da mulher.

Não a vi mais. Não trocamos números, apesar disso nem fazer sentido.

Por que ela daria o número a um desconhecido?