Capítulo 9 "A little time for us"

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~Ehren~

Passaram meses desde que aquele beijo aconteceu. O beijo perseguia-me nos sonhos, na realidade, na escola, em todo o lado!

Ele nunca mais me disse nada... Na escola ignorava-me e não me respondia às mensagens... Isso irritava-me forte e profundamente.

Era um sábado. Um pouco de sol aqui, outro ali, enfim... O Marco convidou-me para tomarmos um café e é claro que eu não recusei. Precisava pensar noutras coisas, espairecer...

- Então borboleta, onde andas com a cabeça?- perguntou o Marco.

- Perdida por aí, a ser chutada por alguém que não se interessa...- respondi melancólico.

O Marco não sabia do beijo. Apesar de tudo, tinha uma certa sensação que ele desconfiava, mas isso agora também não era importante!

Depois de algum tempo, voltei para casa. Os meus pais não estavam em casa porque estavam a trabalhar. Segui para o meu quarto e abri o meu diário, o meu único confidente de confiança.

" Querido diário,

Estou pior... A cada dia que passa a minha doença faz-se notar mais e a única pessoa que me faz sentir bem não me liga, não me fala... Eu sei que errei, mas isto não é justo! As coisas não podiam acontecer deste jeito! Tento conter as lágrimas, mas nem sempre é possível... Tudo o que eu desejava era passar um pouco mais de tempo com ele, esclarecer as coisas e poder sorrir novamente.

Com amor,

Ehren Braveheart".

Assim que fecho o diário o meu telemóvel vibra, o que me fez sentir arrepiado.

"Sim?"- disse eu.

"Oi... À noite estás ocupado?".

Era ele! Ah, como era bom ouvir a voz dele novamente... Mas agora também não podia dar parte fraca!

"Não, então?".- respondi seco.

"Quero levar-te ao cinema, posso?".

"Sim... claro... que... sim..."- disse eu a gagejar.

"Venho tarde demais?".

Eu não conseguia dizer que não, eu era demasiado fraco!

"Não Tyler, não vens tarde...".

Percebi que ele sorriu e aí desligou.

E como estava eu agora? Em plena euforia, prestes a rebentar de alegria.

"Calma Ehren, não lances os foguetes antes da festa..."- pensei eu, acalmando-me.

Entretanto lá em baixo ouvi a porta abrir. Desci para ver quem era e adivinhem quem era? Sim, os meus queridos pais...

- Filho!- disse a minha mãe abraçando-me com força.

- Como correu a viagem?- perguntei dando-lhe um beijo.

- Bem meu anjo... Já não é a primeira vez que uma psicóloga faz parceria com um juiz.

Entretanto o meu pai entra e dá-me também um abraço. Quase que me esmagava.

Subi para o quarto e puxei a minha mãe comigo. Fechei a porta e sentei-me na cama, fazendo ela o mesmo.

- Mãe, queria pedir-te se podia ir ao cinema com o Tyler? Ele convidou-me e...

- Ah, estou a ver... Claro que sim meu anjo, porque não?- disse ela interrompendo-me com um sorriso na cara.

- Mãe, não te ponhas a imaginar coisas! Nós somos só amigos, nada mais...

Dear diary (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora