Adeus

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Primeiramente bom dia galera, desculpa mesmo a demora estava super travada masss, aqui estou aproveitem a leitura escrevam nos comentários caso tenham alguma sugestão ou só sei lá.

Sem mais delongas, espero que gostem.


   O quê? Eu ouvi direito? Me dou conta de que sou eu mesmo quando as pessoas ao meu redor começam a abrir caminho até o palco. Estou completamente em choque, procuro esconder minhas emoções igual a Katniss e o Gale mas, receio de que estou fracassando totalmente, sinto meus olhos ficando úmidos, perfeito, quando os outros tributos assistirem a gravação dessa colheita vão pensar que sou um fracote. Subo os degraus com o máximo de firmeza que posso, embora minhas pernas estejam tremendo feito "vara verde". Tomo meu lugar no palanque tentando me manter firme.

   Effie até pergunta ao povo se voluntaria para assumir meu lugar, quase começo a rir, pois sei que ninguém faria isso por mim, meu pai se pudesse, talvez, minha mãe certeza de que não, tenho dois irmãos, Mark o mais velho já não tem idade porém, sei que não o faria e Sam o mais novo, pelo jeito também não pois, abaixa o rosto envergonhado quando procuro seus olhos em busca de qualquer conforto. Não posso julgá-los, quase ninguém teria coragem de fazer o que aconteceu hoje aqui. Esse tipo de amor é raro nesse lugar.

   Senhor, o que devo fazer? Nosso distrito não ganha a anos, isso precisa mudar e tem a Katniss, eu a amo, nem sei dizer o momento que começou, meus irmãos e amigos chegavam a implicar comigo quando a víamos, era de lei dizerem o mais alto possível: Peeta, não é a sua namoradinha? Até hoje não sei dizer se ela ouviu ou não. Preciso fazer uma escolha, alguns podem considerar extremamente difícil mas, não eu, poderia até colocar na balança as alternativas, porém, não é preciso.

   O prefeito termina a leitura do Tratado de Traição e faz um gesto para que eu e Katniss apertemos as mãos. Olho no fundo de seus olhos e aperto sua mão com confiança absoluta, já sei o que eu preciso fazer. Viro para a multidão enquanto toca o hino da Panem. Nunca considerei esse lugar como um lar, mas sei que sentirei saudades, afinal será a última vez que estarei aqui porque Katniss Everdeen é minha escolha, sei que não tenho chances, então farei o que for preciso para sua sobrevivência na arena.

   Enfim, o hino acaba e somos levados até um corredor dentro do edifício da justiça, lá somos separados pelos pacificadores, são os responsáveis pela "ordem e segurança" no distrito, pelo menos é assim que são chamados, sabemos muito bem como podem ser duros e inflexíveis quando querem, até ouvi falar de um garoto que foi chicoteado na praça por roubar comida, eu e meu pai ficamos horrorizados por tamanha crueldade, não sou a favor de roubo de forma alguma mas, sério, chicotear uma criança?

   Quando entro na sala onde teria a oportunidade de me despedir dos meus entes queridos fico abismado com a riqueza do cômodo, não me levem a mal, não sou extremamente pobre, mas, também não sou rico, se não fosse pela padaria a situação seria bem mais complicada.

   Agora sozinho posso finalmente pensar no que estou metido, torci tanto para esse dia nunca chegar e aqui estou eu. Sento no sofá e olho para a porta. Meu pai é o primeiro a entrar, era um dos únicos que eu tinha certeza que viria, imediatamente me jogo aos seus braços e permito sair as lágrimas que estava segurando com tanto afinco, sei que meu rosto ficará vermelho e inchado só que nesse momento essa é a última das minhas preocupações.

-Pai, você precisa me prometer que cuidará delas, precisa me prometer.

-Não se preocupe filho, olharei a menina, agora você precisa se concentra na arena e no que fará para sair vivo. - Seu rosto parece ter envelhecido uns 10 anos desde de que o vi pela última vez, seus ombros estão caídos como se estivessem carregando todo o peso do mundo, isso faz com que meus olhos voltem a encher de lágrimas, ver meu pai tão frágil simplesmente corta meu coração, ele sempre foi meu alicerce, enfrentando tudo de cabeça erguida e um sorriso no rosto, principalmente quando estávamos sozinhos, minha mãe achava isso um sinal de fraqueza. Enxugo as lágrimas torcendo para pararem de descer e me permito dar um pequeno sorriso para meu velho.

Jogos Vorazes - Versão PeetaOnde histórias criam vida. Descubra agora