Kingdom of Storm

─ nineteen't.j

[751 palavras] capítulo revisado em 12 de setembro, 2020.

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As noticias correm rápido por Archeon, sei do que se trata. A morte do príncipe Cal, o homem do qual Mare falava tanto em seu diário, é passada em vários monitores de Archeon. Como se fosse uma enorme conquista do reizinho.

Olhar seu rosto claramente feliz e ouvir seu discurso de dar dó, é como se eu estivesse assistindo a um show de horrores. Mare claramente parece pálida e provavelmente sente vontade de acabar com a vida de Maven ali mesmo. Me pergunto se ele realmente a ama, ele também amava o irmão. Bom, eu acho.

A comida, as roupas e a recepção que eu tenho aqui, é a melhor do que a que eu receberia em qualquer lugar. Aqui é como um lugar dos deuses, todos dariam tudo para ter uma vida assim. Jane adoraria ter uma vida assim. Ainda penso nela todas as noites e quando Mare não está, o que têm se tornado uma rotina tediosa e sufocante para mim.

Caminho até o lugar onde todos almoçam, no caso, todos aqueles importantes e que têm um titulo alto o suficiente. Ptolemus, Evangeline e outros jovens que costumam treinar comigo estão aqui também. Aproveitando a breve saída de seu reizinho e usando a mesa em que ele se senta com Mare todos os dias.

Me sento ao lado de Ella que me cumprimenta com a cabeça. Não temos nos visto com muita frequência já que eu tenho faltado em alguns treinos e esse é praticamente o hobbie dela.

─ Ora ora, se não temos duas aberrações se juntando a nós neste almoço.─ Ptolemus diz e meu sangue ferve. Os outros nem seguram a risada.

Passo a mão em meus cabelos platinados e respiro fundo, sei bem como responder.

─ Seus pais chegaram, filhinho do papai? Não os vi por aqui, minhas sinceras desculpas por não os ter cumprimentado.─ Meu tom de deboche cala a todos e até mesmo Ella e mantém quieta, mas segurando uma risada.

Percebo os rostos de Ptolemus e Evangeline ficarem pálidos, esse é o modo como os prateados coram. Patéticos.

─ Como ousa falar assim? Não sabe que Whitefire não permite que a ralé entre nele? ─ Dessa vez é uma ninfoide que me dirige a palavra, não sei o seu nome e muito menos me interesso.

─ Vocês realmente só sabem mostrar as asas quando a rainha não está por perto, não é? Os boatos de que todos os prateados não passavam de covardes realmente eram verdadeiros.

Em um piscar de olhos sinto algo prensado levemente em minha garganta, abaixo os olhos e vejo que é uma faca. Evangeline a controla.

─ Diga mais alguma coisa que nos ofenda e eu atravesso sua garganta, e acredite, eu nunca erro.

Sem ela perceber, faço as luzes piscarem até se quebrarem e alguns cacos atingirem a prateada. Ela perde a concentração e o talher rapidamente cai, permitindo que eu me mexa sem nenhum perigo. Todos gritam assustados e Ella me olha com um pequeno sorriso no rosto, sabe o que vou fazer.

Chego perto de Evangeline o suficiente para que eu possa acertar um choque na mesma, poderia matá-la ali mesmo mas apenas lhe dou um pouco de dor. É o suficiente para fazê-la cair, o que me faz rir um pouco. Ptolemus por sua vez, apenas ajuda a irmã a se levantar e me olha como se eu fosse uma aberração. Talvez eu realmente seja.

─ Saibam muio bem como me tratar e como tratar á Ella, da próxima vez não vou hesitar em deixar sangue prateado nesta sala. Vocês têm muita sorte de eu ser uma pessoa paciente e boa-pinta. De onde eu venho, ensinariam a vocês o que realmente são bons modos.─ Digo com desdém, pouco me importa o que eles pensam de mim mas o assunto muda quando me provocam.

Me levanto sem medo algum e Ella me segue, ninguém ousa me contrariar e acho melhor assim. Menos ratos para me incomodar. Quando já estamos no corredor, a garota de mechas azuis ao meu lado interrompe o passo repentinamente.

─ O que houve?

─ Eu espero que você tenha algo para eu comer no seu quarto, sua saída dramática me obrigou a sair também e ainda estou morrendo de fome.─ Ela faz um bico que demonstra toda a sua indignação e não contenho uma risada.

Definitivamente, Ella sabe muito bem descontrair uma situação tensa e agradeço por a ter em minha vida. Ela é a melhor pessoa que ainda tenho em minha vida.

Não sei por quanto tempo.

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