Black Annis

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Os moradores de uma pequena cidade no interior do Rio de Janeiro, acreditavam que no topo da montanha perto de onde havia um poço de pedra antigo, mora uma velha, com aparência repugnante, por vezes chamada até mesmo de bruxa, somente vista a noite muitos moradores optaram por buscar água a penas de dia, pois, se sentiam protegidos pela luz do sol, uma certa noite sem água para preparar a janta uma mulher pediu o marido para buscar água no poço. — Estás louca mulher! Queres que eu suba até lá a esta hora! Perguntou o marido e ela insistiu dizendo que sem água não haveria jantar e seus filhos dormirem famintos, sem como argumentar pegou o balde se dirigindo ao pé do morro olhou a subida e ali ficou imóvel três homens que voltavam do trabalho pararam ao seu lado curioso e o questionando por que seria louco de subir a tal lugar.

Querendo se livrar da tarefa desafiou oferecendo dinheiro aos homens para subi-se até lá e buscarem a água e prontamente recusaram ele novamente insistiu subindo a quantia duas três vezes até que um deles aceitou, seus colegas o olharam e ele sorriu. “Não sou de me acarvada por velhas, e nem tão pouco recusar o dinheiro” esbravejou pegando o balde e subiu já convencido que não devia ter ido, que era tolice subir aquele lugar amaldiçoado, banhado em trevas, já na metade do caminho começava a ouvir ao seu redor, sons inexplicáveis, horripilantes, como tilintar e vozes, parou um segundo agora completamente arrependido, porém, não voltaria já tão longe, pois, ao andar foi quando sentiu uma mão fria esquelética segurar seu tornozelo o puxando fazendo cair no chão úmido, olhou para trás não havia nada, devo ter escorregado, pensou ele, algum galho molhado pelo sereno encostava em minha canela me desequilibrando.

E assim se convenceu, sentiu consigas em sua mão esquerda como se mil perninhas estivessem andando por cima dela, olhando para sua mão apertando os olhos, pode ver dezenas de aranhas magras e marrons subindo por seu braço, desesperado se levantou se batendo olhando o chão percebe que estava repleto delas, apavorada pensou em voltar, porém, percebe estar a alguns centímetros do poço uma linha fina de água escorria de la, respirando fundo engolindo o pânico involuntário, continuou a subir, senti alguém lhe seguir, o vigiando, de frente ao poço colocou o balde no chão e abriu a válvula e a água jorrou o enchendo. Um riso frouxo seguido de um baque o fez cair de joelhos alguém acertar um soco em suas costas se virou enfurecido, mas nada havia ali, apenas uma estátua feita de argila em cima do poço, em forma de uma velha senhora, havia sangue saindo dos olhos, convencido do erro que cometeu pegou o balde e desceu o mais rápido que pode sem derramar a água, alguma coisa corria atrás do homem cantarolando uma melodia satânica parando ao chegar perto dos amigos, soltando o balde ele esbravejou ainda ofegante. “Ai está sua maldita água, agora me dê o dinheiro e seu respeito.” O homem assim fez. O rapaz estava com o rosto com três arranhões que nem ele sabe como conseguira, e uma mancha arroxeada nas costas, pegou seu dinheiro e foi para casa. Uns dizem que o que viu era paranoia de sua mente influenciada pelas lendas, outros que foi atormentado pela Black annis, desde então nunca mais voltou até aquele lugar.

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