Gore - Contos de terror originais

Maldito Domingo

18 de janeiro de 2015.

Era para ser apenas, mas um dia de domingo.

Odeio domingos!

É sempre um tédio, principalmente quando se mora no fim do mundo. Fui obrigada a ir para a casa da amiga de minha avó, pois ela ia à missa de uma conhecida e bom... Eu não queria ir, mas fui não via a hora da noite chegar para assim poder dormir e bem cedo sair ir embora.

A dona da casa era uma velhinha assim como minha avó. Me acomodou no quarto de hóspedes quando já era noite, lá continha várias bonecas, prateleiras cheias. Eu as achava bonitas, porém, algumas tinham um semblante mais sério, incomum. Duas das bonecas da prateleira em minha frente tinham os rostos virados para a esquerda. Eu não sabia mais o que fazer, aquilo estava me incomodando. De fato, eu era perfeccionista! Tudo tinha que estar perfeito, foi então que me levantei andando em passos leves até a prateleira, ajeitei a cabeça de uma das bonecas, assim como as outras, todas olhando para frente. Voltei e deitei na cama. Escutei novamente o mesmo barulho, abri os olhos e olhei direto para a boneca "algum filho da puta deveria estar de sacanagem comigo", pois, a cabeça da boneca voltou a estar olhando para o lado, que dava direto a janela, aquilo me incomodava, então peguei a boneca com as mãos, abri a porta e a joguei no corredor.

Já deitada na cama me virei e a maldita boneca estava ao meu lado. Gritei! Mas quando fui levantar a velha "amiga" de minha avó me prendia na cama, algo me sufocava e não era a "amável velha" até que fui perdendo os sentidos, meus olhos ficaram desfocados.

Foi tudo muito rápido quando dei por mim eu estava sentada na prateleira olhando para a janela. Minha pele era de porcelana eu já não podia me mexer. Eu era parte da coleção.

Eu havia me tornado mais uma boneca de porcelana!

Relato de XXXX A menina citada na história não virou boneca, porém, ela ficou em coma misteriosamente e quando despertou um mês depois jurou para os pais que ela estava este tempo todo no corpo de uma das bonecas de porcelana de sua avó, contando então a história relatada acima.