Capítulo 3 - Carta de São Paulo a Belém

8 0 0
                                    


Leitura obrigatória aos pés da cama.

(Pode ser lido com fundo musical de

Rio Negro e Solimões)

1 - São Paulo ficou pequena e abafada e por isso algué m pegou a nave do Erik Von Dane-se e seguiu para a estrela de Belém, em cuja constelação havia o planeta de um pequeno príncipe. Não, não era aquele que adorava o boi de ouro. Era um pequeno príncipe que gostava de flores e leitura. Por isso a nave foi carregada de livros sobre deuses astronautas. Quem quiser saber mais sobre esta parábola paranoica pode ler o Von Dane-se.

2 - E o profeta volta ao versículo 3, capítulo I e lhe vem à mente a letra da música "Oh pedaço de mim, oh metade afastada de mim". Então vem a dúvida. Porque trazer um morto para ser enterrado na região onde nasceu? Por mais que o conduzam sempre estarão no planeta original. Nasceu e morreu neste mesmo planeta redondinho, que cabe dentro de uma internet. Se ele fosse de outro planeta até faria sentido. Mas o morto teria sentido?

3 - Retrocedendo. Capítulo I, versículo 5 : Era época de esquecimento e fantasia. Época em que NEM DIFERENÇA FAZIA. Mas no fundo, que diferença faz sobre quem puxou o gatilho e quem morreu, quem matou, quem se arrependeu, se o tempo transforma todos em mortos?

4- Lembra do tempo em que o homem ficava 20 anos escrevendo um livro, dez anos cultivando uma árvore, horas para derrubar a árvore, tempos para produzir o papel, muito mais tempo para imprimir o livro e usava intensa estrutura para distribuição?. Hoje o profeta escreveu isso que você está lendo em segundos e salvou em poucos bytes, diretamente on line. Faz sentido ficar rezando para o santo Yuri, matador de dragões que defendia a virgem e usava espada, que nem era de laser? Ou era? Von Dane-se.

5 - Mas um dia o profeta tropeçou e caiu de nariz no chão. Chão sagrado onde o império prosperou com um nariz sangrando. Era tanto sangue daquele nariz, nariz, nariz que virou um chafariz. Mas o sangue era redentor. E veio a redenção!

6 - Teria que começar tudo de novo. Os planetas balançaram na galaxia como se fosse um batida . Uma caipirinha com pinga, limão e gelo. Tudo balançando e entrando cada qual no seu lugar. O sistema se sistematizou. Era a ordem. E o profeta resolveu tirar uma soneca. Bebeu cerveja na caneca. Deu um chute na perereca. E por fim disse "Eca!". O mundo estava estabilizado!

7- Como nada se acaba , nem Limeira ou Sorocaba, vem o banco e o barranco pra tudo se arrebentar. E qual dupla sertaneja, canta fruta, a cereja, até o dia acordar. E se o mundo acabar num barranco, num barranco, vamos todos retornar.

8- Quando a nave escorregou na lama e bateu no barranco, sua memoria eletrônica sofreu pane e ficou parada por muito tempo. Mas um dia ela voltou e mostrou um mundo para o infinito impensável. Agora tudo é possível. Até amar aquele ser que não quer ser amado..

9- Mas a curiosidade de Joab, o novinho, não estava satisfeita. -Mestre, por que o boi piou E o mestre não se fez de rogado.

-Porque ele é bom de bico

-Profeta, por que morrer encostado no barranco?

-Porque se todos morrerem encostados na previdência, não há

reforma que restaure.

10 -Fim do terceiro capítulo, por falta de argumentos, sem arrependimento.

O boi piouOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz