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Um ano depois

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Um ano depois...

Samantha

"Nunca vou ter filhos."

Essa era minha frase favorita na adolescência e até o início da fase adulta. Nunca me imaginei grávida. Menos ainda de pais diferentes. Menos ainda com vinte e cinco anos. Menos ainda sendo traída. No entanto, há mais ou menos um ano, desde que fiquei grávida do segundo filho, minha cabeça mudou. Não sei como seria minha vida sem eles. Eu simplesmente não sei. A mulher que na adolescência achava a gravidez algo horrível, hoje, tem dois filhos. E, sabe onde eu deveria estar agora? Na Disney, curtindo um grande momento na casa dos meus pais, que moram na Flórida. Eu deveria estar proporcionando diversão a minha filha de cinco anos e ao meu bebê. Deveria, sim, estar fazendo um monte de coisas, até mesmo curtindo minhas merecidas férias com as crianças, mas, além de a mera possibilidade de fazer isso ser uma mentira, eu ainda continuo em Las Vegas; deixei as crianças com minha amiga e voltei para casa só para tentar pegar meu namorado no flagra. Me traindo.
Essa é uma atitude infantil? Talvez, mas eu não dou a mínima. Sendo bem sincera? Eu nem planejava uma viagem para a Flórida. Meus pais não podem me receber por lá porque, na verdade, eles não se importam comigo. Sim. Eu sempre fui tratada como um grande nada por minha mãe, que estava separada do meu pai. Depois que me tornei adolescente, eles se reconciliaram, mas meu pai e eu sempre agimos como dois desconhecidos.
Houve o momento em que eu fugi de casa. Minha mãe nunca quis saber, não se importou. Talvez ela amasse mais o meu pai e a bebida que ele lhe proporcionava. Mas, se você quer mesmo saber, eu não me importo. Você não acredita? Talvez nem eu mesma acredite nas minhas próprias palavras. Pode me julgar, mas nunca entendi o que é ter uma família, até dar a vida ao meu segundo filho.

A verdade é que eu não poderia viajar e abandonar a minha empresa. Precisei mentir para meu namorado, mas fiz por uma justa causa. Há indícios de que ele esteja me traindo com a ex, a mesma mulher que o fez se separar de mim há cinco anos, quando eu estava grávida da minha primeira filha. Claro que ele não se eximiu da condição de pai. Christian, embora contrariado, decidiu assumir a criança, mesmo me deixando grávida e sem lugar definido para morar.

Hoje em dia, eu não largaria meus filhos como os meus pais fizeram tantas vezes comigo. Eu não fui, mas agora sou e, certamente, serei a mãe mais presente que eles terão nesta vida. O problema é que, assim como algumas mulheres, burras e cegas, eu o aceitei de volta há mais ou menos dois anos. Engravidei novamente, mas não dele.
Sim, procurei outros homens e acabei engravidando de um idiota. Depois de uma briga, há mais ou menos um ano, Christian me deixou e adivinhe onde fui parar? Em uma festa, bêbada. Estava há dois dias arrasada e então transei com o primeiro homem que vi. Dois meses depois, voltei com o meu namorado, mas não fui capaz de mentir sobre a gravidez. Ele, milagrosamente, aceitou, mas não colocou seu nome na certidão do meu filho.
Nossa relação, desde então, foi a pior possível. O idiota joga na minha cara essa traição que, tecnicamente, não foi bem uma traição, já que estávamos separados quando me enfiei na cama de outra pessoa. O que foi? Fui rápida demais? Galinha demais? Talvez eu tenha sido, mas ele me aceitou de volta, então não deveria reclamar.

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