Capítulo 11

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Damien..

Eu estava certo, no momento em que Lauren cedeu, eu me perdi nela, eu nunca tinha tido uma noite tão intensa, como a de ontem, pela primeira vez tive vontade de experimentar todos os brinquedos daquela caixa, apenas com ela, sinto que ela não apenas amou, como também estava disposta a tudo.
O corpo de Lauren, respondeu a tudo de maneira tão explosiva, que em alguns momentos tive que me controlar ou gozaria apenas a observando.
Prazer, acredito, que ontem foi a definição perfeita do que tivemos juntos, uma conexão que eu nunca tive com nenhuma das mulheres anteriores, é por isso que agora estou assustado pra caramba, deveria ser simples, foi espetacular, para ambos.
Quando acordei hoje ela já tinha ido embora, pelo menos o momento após o sexo, foi evitado ao acordar, mas hoje ainda era sexta-feira, portanto, eu teria que ir ao jornal e em algum momento, a gente se encontraria.
Lembranças de uma Lauren algemada, enquanto eu cobria seu corpo com óleo de massagem, faz com que meu amigo desperte. Pulo rápido da cama e paro quando olho a caixa aberta, ainda havia tanto ali para experimentar com ela, aposto que ela deixaria.
Depois de um banho demorado, me arrumo e desço, amanhã o dia seria corrido para mim, a noite muito mais, era dia do Evento Vip e eu tinha que está presente, lembraria Nicole a hora em que passaria para, pega-la.
Como ainda estou sem empregada, saio em busca do meu café da manhã na cafeteria.
Depois que chego ao jornal ainda não vejo Lauren em nenhum lugar, subo para minha sala e tento focar nos próximos, trabalhos, como estou imerso no trabalho não percebo como a minha caixa de Email, esta cheia.
Começo a abrir um por um examinando, claro que sãos possíveis encontros, analiso e vejo mulheres muito interessantes, mas nem uma me lembra Lauren. Paro de examinar as candidatas, não estou com ânimo ou entusiasmo para jogar com nenhuma, porque toda vez que leio a lista, me pego comparando-as com Lauren, isso não era normal para mim, meus pensamentos estavam bagunçados.
Deixo de lado e volto a focar, examinando as matérias do dia, fico assim por um tempo até meu celular tocar.

— Oi! Eu não sei, estou trabalhando, você sabe disso, não estou evitando ninguém, vocês precisam parar de encher minha paciência, eu sei, tudo que faço é por vocês também, Jenny, eu sei que o papai, precisa de atenção, mas você e a May tem que parar de trata-lo como uma criança, e mais precisam parar de achar, que sou eu, que tenho que ficar sempre me preocupando com ele, eu sou filho também e não é porque assumi os negócios da família, que também assumi o papel de pai, eu sei, mas ele precisa se lembrar que somos seus filhos, mas isso não vai funcionar, se apenas eu, estiver fazendo a minha parte.

As minhas irmãs nunca entenderiam o quanto era difícil para eu carregar, tudo em meus ombros, eu tinha apenas 34 anos, quase 35, mas tinha que lidar com tudo incluindo minhas irmãs, me ligando de tempo em tempo para me lembrar, que eu tinha que voltar para o Natal na Noruega, e tudo isso era para não chatear nosso pai, que mesmo depois de anos ainda estava deprimido pela perda de nossa mãe. Era nossa mãe caramba, a gente também estava presente e sentiu toda a dor, eu mesmo fiquei por dias, tentando consolar meu pai, revesando entre ele e minhas irmãs, tem noção do que foi tudo isso para um garoto de apenas 17 anos, eu vi meus colegas de escola se formarem, entrarem para time de futebol, vi eles aparecem de ressaca no outro dia, porque tinham aproveitado seu final de semana como todo adolescente aos 17 anos, enquanto eu, precisava ficar em casa para ter certeza que minhas irmãs comeriam, para vigiar meu pai, sim, porque meu pai, adquiriu um vício por bebida nada agradável, e eu quase o segui por um tempo, eu não estava feliz e totalmente esgotado, então eu pensei, se meu pai consegue também posso. Acontece, que a primeira coisa que vinha em minha mente era minhas duas irmãs, em algum lar, desses adotivos, assustadas e sem nada ou ninguém para, protege-las.

Foi quando decidi, largar tudo, das minhas escolhas e vida, foi por isso, que criei a página, eu podia ter um relacionamento de apenas uma noite, sem nenhum envolvimento, não enganaria ninguém com falsas promessas. Quando eu conheci Nicole, eu acreditei que pudesse parar tudo e começar um relacionamento de verdade, mas os meus excessos de trabalhos e muitas idas, e vindas de lugares, acabaram nos distanciando, foi quando ela chegou e me disse que nunca funcionaria de verdade, que, o que tínhamos, era apenas encontros de dois amigos, que ficavam por um tempo sem se ver e quando conseguiam se reencontrar, colocávamos o papo em dia, foi assim que acabamos nessa de toda vez, que tinha uma festa ou evento importante ela estava sempre ao meu lado.

— Jenny, quando der eu aviso, agora eu preciso trabalhar.

Desligo o celular, já sentindo a pressão e o cansaço que fazia anos, que eu não sentia. Às vezes eu tento entender de verdade, meu pai era um homem forte e todo elegante, Dominic Bjorn era respeitado pela sociedade, não se falava em sucesso na Noruega, sem citar o nome de meu pai, ele e minha mãe se conheceram numa viagem, sim era uma viagem de negócios e minha mãe era a secretária de seu novo sócio, foi amor a primeira vista, ouvi essa história por anos, minha mãe, era uma mulher linda, doce e encantou meu pai rapidamente, os dois começaram um namoro, e logo meu pai estava pedindo ela em casamento, às vezes, eu acho, que foi tudo no tempo certo, foram anos de felicidade e eu como seu filho, mais velho pude ver e aproveitar a felicidade dos dois por mais tempo. As, coisa se complicaram quando minha mãe começou a sentir fraqueza e tinha dias que passava a maior parte do tempo na cama, ela só levantava, quando meu pai estava perto de chegar do serviço, sei, que ela fazia tudo isso para não preocupa-lo, mas a verdade, era que enquanto isso a doença se alastrava dentro dela, quando não foi mais possível esconder, já era tarde demais, eu vi minha mãe se enfraquecer em poucas semanas, sua pele pálida e frágil e eu não conseguia mais ouvir o som da sua voz, aquela voz doce que cantou por anos, para mim.

Quando chegou o dia, meu pai parecia um zumbi, parecia que sua alma tinha fugido do seu corpo, não falava, não piscava e se trancava por horas no escritório, eu tive que ver minhas irmãs, chorarem encolhidas ao lado da porta, enquanto ele quebrava tudo lá dentro, os dias foram se passando, as contas se acumulando, eu dizia para mim mesmo, que ele precisava de tempo, mas quando estávamos prestes a perder a casa, eu me irritei e gritei com ele, não adiantou nada, meu pai não se importava com nada e ninguém, foi ali que eu descobri, que ele havia se enterrado com nossa mãe e se eu não cuidasse de minhas irmãs, estaríamos todos perdidos. Foi nesse dia em diante que renunciei a qualquer possibilidade de relacionamento, de me entregar nessa armadilha que é o amor. Foi a partir desse momento, que descobri que o amor é um jogo e você é um pião, se não ficar esperto, ele te atropela.

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Você quer brincar? (Sim ou não) Where stories live. Discover now