𝚚𝚞𝚊𝚛𝚎𝚗𝚝𝚊 𝚎 𝚜𝚎𝚒𝚜

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Oiii meninas, ainda preciso explicar?

- Alô? - Patrick disse outra vez, o tom de sua voz aumentou um pouco.

Ellen respirou fortemente por três vezes seguidas, logo ouviu a voz rouca e potente do homem no outro lado da linha. Ele havia ficado impaciente com a demora e ameaçou desligar. A voz da loira falhou, nada saía, então ele desligou.

O coração de Ellen acelerou, com o resto de coragem que havia em si, ela ligou outra vez.

Patrick atendeu ao terceiro toque.

- Oi, sou eu - Disse Ellen, de maneira rápida. - Não desliga não, por favor.

Um suspiro forte foi ouvido do outro lado.

- Faz tanto tempo... - Comentou ele.

- Eu sei... eu sei que sim. Eu mudei de número. Você talvez não tenha tentado me ligar, mas... enfim. Eu preciso tanto conversar com você - Ela estava terrivelmente nervosa.

A falta de ar lhe alcançara. Ela estava temendo que ele não concordasse com a idéia deles se verem outra vez.

- Nós não estamos? - Disfarçou.

- Pessoalmente, Patrick. Precisamos conversar pessoalmente - Ela bufou. - Está ocupado agora?

- Quer me encontrar agora? - Ele deu um risinho.

- Você está muito ocupado? - Questionou, outra vez.

- Não estou em Boston. Chego em três dias. - Disse, de uma vez.

- Tudo bem. Podemos nos ver daqui a três dias? Eu continuo tendo um chalé... - Questionou, docemente.

- Por mim, sim - Sua voz saiu com mais excitação do que ele queria. - Eu gosto do chalé.

- É... ok. Patty... eu senti sua falta!

Ela desligou, sem nem ouvir a resposta dele. O medo de não ouvir algo parecido tomou conta dela. E se ele apenas ficasse mudo? E se ele apenas finalizasse a ligação? Mas... e se ele dissesse que também sentiu falta dela e que demorou para ele se acostumar a viver sem a gargalhada deliciosa costumeira de quando eles se encontravam?

Ela nunca saberia a resposta, por mais uma vez agir covardemente.

Os dias pareciam estar passando arrastados, nunca uma segunda-feira havia demorado tanto.

Chris notara a agitação e impaciência de sua esposa. Até chegara a questionar.

Era uma tarde ensolarada do sábado, Ellen olhava para seu jardim pela sua porta de vidro. Sienna acabara de correr até sua mãe e lhe pedir por mais um chocolate, tirando toda a atenção da mesma para a filha.

Ellen pegou a pequena no colo e a beijou na ponta do nariz, com um sorriso doce. Sienna sorriu e abraçou a mãe. Ellen a olhava com tanto amor que chegava apertar o coração.

Quando Sienna desceu do colo da mãe com um pequeno cochicho de "você já atingiu seu limite de doce por hoje, mocinha." Ela fez um biquinho, quase fazendo sua mãe se derreter. Stella chegou logo, tirando toda a concentração de sua irmã. As duas sumiram pelo jardim a fora e agora Ellen as olhava.

Mas sua mente foi no bendito homem que ela tanto queria encontrar. Ela fechou os olhos por alguns segundos, imaginando ele ali, a beijando como antes. Seu corpo se arrepiou por inteiro.

- Ellen? Você está bem?

Chris a tirou de seus devaneios de uma maneira drástica. Com sua voz desinteressada e arrastada.

- Sim. Está tudo bem. - Respondeu ela, sem nem olhá-lo.

A noite seguiu, então veio o domingo que também passou arrastado, mas havia sido divertido. Passar o tempo com os filhos era tudo para Ellen.

Por fim, chegou a segunda. A noite parece ter demorado mais para chegar do que todos os dias juntos. Mas chegou.

Eles se encontrariam às dez, por conta da ansiedade, Ellen começou a se arrumar às oito. Durante o banho, ela imaginou o que diria, pediu o máximo para si mesma para que ela não travasse.

Ellen vestiu uma saia preta que ia até o meio de suas coxas junto de uma blusinha de seda, também preta. Calçou uma sandália básica e deixou os cabelos soltos com cachos nas pontas, passou somente um gloss e seu perfume favorito.

A loira deixou as crianças que já dormiam, com a babá, Chris havia saído para mais um de seus compromissos secretos.

Às nove e quarenta Ellen saía, o caminho até o chalé não era tão longe, mas parecia uma eternidade. Ela já não suportava ficar sozinha com sua mente cheia de pensamentos.

Logo ela chegou e assim que ela entrou no chalé, às lembranças lhe atingiram em cheio.

O lugar estava muito bem arrumado, certamente Maria havia passado por ali. Ela foi até o quarto e seus dedos tocaram o lençol branco. Lembrou da primeira vez que estivera ali com Patrick. Uma dor forte lhe atingiu.

Ellen voltou para a sala, olhando cada cantinho com muita atenção, como se cada um deles tivessem uma representação importante e na verdade, eles tinham.

Ela ficou ali, absorta em seus pensamentos e não ouviu quando a porta se abriu.

- Olá - Murmurou, dando seu típico sorriso mcdreamy.

Era ele, o objeto de seus sonhos.

💖💖💖
Oiii amores!
Bom sábado pra vocês!
Até logo.
#semrevisão.

Serά que elα voltα?Where stories live. Discover now