❛ 𝗯𝗹𝗮𝗰𝗸 𝗺𝗮𝗴𝗶𝗰 ❜

━━ 𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄.

BLOOM, point of view
los angeles, california

Neste momento eu estou achando que um parafuso acabou caindo da minha cabeça, pois, eu estou realmente no carro do Samuel, fugindo da detenção, indo para um lugar o qual eu não sei onde é? É, eu estou.

- Samuel, está demorando muito, acho que você está me sequestrando para me transformar em sua escrava sexual - Brinquei um pouco nervosa tentando descontrair o clima pesado no carro.

- Essa é uma ótima idéia - Soltou uma gargalhada animada - Mas ainda prefiro que você mesma queira fazer isso comigo.

- Te transformar em um escravo sexual?

- Não! Transar comigo por vontade própria! - Soltou uma risada completamente nervosa e sem graça.

Mordi o lábio inferior querendo desviar do assunto e direcionei meu olhar para o caminho que o carro percorria. O mesmo estava subindo um tipo de morro, e logo o carro parou, me deixando confusa, pois, estávamos no meio do nada.

- O carro estragou? - Perguntei o olhando sem entender, e ele riu da minha expressão.

- Não, já chegamos - Explicou abrindo a sua porta.

- Chegamos no nada, né? - Minha voz soou completamente irônica e ele começou a rir.

- Você vai gostar, eu garanto - Piscou para mim e saiu do carro. Rapidamente fiz o mesmo.

Estávamos em um ponto bem alto, onde dava para ver a cidade por inteira. O vento gélido de final da tarde bateu contra meu corpo, e imediatamente me abracei como pude.

- Aqui, pega - Sammy tirou seu moletom e estendeu até mim, mas neguei com um aceno de cabeça - Não estou com frio, relaxa, pode pegar.

Suspirei e aceitei, vesti o mesmo já sentindo seu perfume que era ótimo, e viciante. De imediato percebo que foi uma péssima idéia vir até aqui com ele, e aceitar seu moletom.

- Por que me trouxe aqui? - Murmuro me sentando no chão, olhando a vista do Sol indo embora aos poucos.

- Queria ficar em um lugar calmo com você - Deu de ombros se sentando ao meu lado - Não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós.

- Não precisam ficar, é apenas nos comportarmos como pessoas normais.

- E qual foi o momento que se apaixonar por alguém é algo de outro mundo que te transforme em alguém anormal? - Arqueou uma sobrancelha me encarando, me deixando sem reação - Eu não escolhi me apaixonar por você, aconteceu.

- Eu sei que você não escolheu - Murmuro baixo sentindo a culpa pesar sobre mim - Mas ainda sim, nunca daria certo, eu gosto do Nathan, e é isso - Tento arranjar uma desculpa para ele parar.

- Posso ser sincero? - Fiz que sim com a cabeça, ele passou a língua entre os lábios os umedecendo - O Nathan é um cara que não se apega em ninguém, não vou dizer que ele nunca ficaria com você, porque ele ficaria sim. Mas depois agiria como se não tivesse acontecido nada - Explicou e eu abri a boca para falar diversas vezes, mas nada saía - Aquela garota do café? Corre atrás dele até hoje, mas depois que ele foi para a cama com ela, não quis mais e partiu para outra. Ele não é cara para um relacionamento sério.

- Eu não quero nada sério - Minto.

- Não se submeta à isso, eu te conheço, e você é uma garota incrível demais para ser usada por ele e ser jogada fora.

- Você não tem nada a ver com isso - Rebato de imediato.

- Ok, eu não tenho, mas eu gosto de você, estou falando isso como seu amigo, e como o cara que faria de tudo para te fazer feliz do jeito que merece.

Vocês eram Flamengo ou River Plate?