damn... the cookie was right

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Mentira, chantagem e traição, são palavras perfeitas para definir as estruturas de High Lake. Olhando para Chaeyoung agora, fingindo não estar soltando fogo pelos olhos nessa expressão de calmaria forçada, diria que ela precisa de consolo, ou de uma namorada menos egocêntrica e mais confiável, mas esses tipos de namoradas não crescem em árvores, pelo menos não nas árvores dos parques privados que Park Chaeyoung frequenta.

A seguir vocês verão o 1 dos motivos de eu ter me encontrado em cacos o resto do dia, mais uma prova de que somos apenas finas fitas de vidros num mundo regado por pedras que se atiram a todo instante. Ali, depois de mais uma evidencia de que Jisoo tinha uma grande inclinação para ser galinha, Chaeyoung começa:

— Serei direta, saiba que eu quero o melhor para você.

Nem queira saber o que eu desejo para você.

— Eu vou te adiantar algumas coisas antes que se machuque feio. Andar com ela não vai te fazer mais legal, só vai fazê-la parecer mais bonita ao seu lado. — ELA (Jennie Kim) — Você vai continuar se sentido deslocada e desarrumada não importa a roupa que estiver usando, nas apresentações você vai descobrir que líderes de torcida não servem apenas para dar piruetas e que ninguém vai ligar para os seus movimentos, porque você não se encaixa no meio da elite, porque o seu lugar de destaque é... quero dizer... seremos realistas, não tem destaque pra você. Ouvirá as pessoas a volta de Jennie falarem coreano e você vai achar que pode falar também, mas não vão te escutar e você também não entenderá ninguém, porque você não serve para esse mundo. Isso só piora porque vão olhar para vocês duas lado a lado e pensar: será que aquela amizade é real ou Jennie só está fazendo caridade porque sentiu pena? E vai continuar... até finalmente entender que Jennies nunca ficam com Lisas. Se desistir agora vai ser muito melhor para você, eu tenho certeza que Jennie vai entender.

Suas ofensas e confiança em dizê-las me deixaram sem palavras. Eu simplesmente abri a boca afim de respondê-la, mas engasguei antes mesmo de começar e me calei. Não me chame de frouxa, é realmente duro ter que lidar com isso. Sabe, se não tem respeito eu imaginei ao menos que Chaeyoung tivesse pena.

— Estou te avisando porque quero te poupar do sofrimento. — Reforçou.

— Você é tão superficial... — Não conseguia esconder a mágoa. — Na próxima, levando em consideração que é sobre minha vida que está opinando, apresenta sua opinião apenas quando for solicitada. Eu não preciso disso.

Dou meia volta e saio da sala, as palavras de Chaeyoung ainda rebobinando na minha mente como um irritante disco arranhado.

O resto do dia se passou com as aulas e atividades extracurriculares, estudar até me fez desviar do sentimento ruim de — segundo Chaeyoung — ser o ser humano mais hiperbolicamente frívolo, mas esporadicamente lembrar do ocorrido ainda me dava um péssimo desconforto constrangedor no estômago. Os meus 15% de conhecimento adquirido (na verdade era 10%, a cena de mama na porta do colégio diminuiu a porcentagem essa manhã) iriam se dissipar assim que Chaeyoung relatasse nosso diálogo no auditório à algum responsável do jornal da escola. E como era pouco não fazia diferença, então eu estava bem.

Caminhando despretensiosa pelo corredor, sinto alguém enlaçar o meu braço.

Ei. — A voz sai sussurrada e calma. Eu sabia de quem era, nem mesmo olhei para ter certeza. Na verdade, eu estava com vergonha de encará-la, Jennie era a última pessoa que gostaria de encontrar aquele dia.

— Oi.

— Você me abandonou, hein. — Ela comenta, caminhando e observando as redondezas que se movimentam entre os corredores de armários e arregalam os olhos para nós. Jennie parece nem mesmo se importar com a atenção, quase como se não percebesse, é até assombroso. — Está pensando em ir ao baile?

the j of my question zUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum